05/09/2023 às 15h46min - Atualizada em 05/09/2023 às 15h46min

A grata experiencia de ser jurado na ExpoQueijo Brasil 2023

A experiência de atuar como jurado na ExpoQueijo Brasil 2023, na sua 3ª edição em Araxá-MG, foi verdadeiramente marcante.

Marco Antônio Cruvinel Lemos Couto
Foto: Divulgação Rica Nata
A experiência de atuar como jurado na Expoqueijo 2023, na sua 3ª edição em Araxá-MG, foi verdadeiramente marcante. O evento, com o apoio fundamental da Epamig, IMA, Sebrae, Emater e Senar, e organizado pela Bonare Eventos, recebeu também um apoio crucial do governo do estado de Minas Gerais. Esse apoio foi de importância indiscutível, uma vez que Minas Gerais é o principal polo de produtores de queijo e o maior produtor de leite do país, respondendo por 27% da produção nacional. Durante o evento, a Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) reconheceu o Queijo Cozido como patrimônio mineiro. Esta iguaria é produzida por mais de 450 famílias localizadas na região norte e nordeste de minas, de acordo com a EMATER-MG.

À medida que a legislação avança, o mercado se expande, criando oportunidades para que os mais produtores valorizem seus queijos. O ponto alto da Expoqueijo foi o Concurso Internacional de Queijos Artesanais, com um recorde de mais de 1200 queijos inscritos, representando diversos países. Essa diversidade impressionante abarcou queijos de todos os tipos, famílias, tamanhos, formatos e texturas, incluindo variedades com e sem mofo, maturados e frescos, filados e prensados, resultando em uma ampla gama de sabores e aromas.

A Expoqueijo está, sem dúvida, consolidando-se como um evento de grande relevância para a cadeia de queijos artesanais brasileiros. Neste ano, tive a honra de avaliar 27 queijos meia cura, produzidos com leite cru, de casca lisa e com até 40 dias de maturação. Esses queijos representam a essência do queijo artesanal mineiro. O processo de avaliação proporcionou uma série de constatações e aprendizados, especialmente durante a interação com os demais jurados da mesa. Mesmo sendo nossa primeira experiência juntos, cada um contribuiu com sua experiência e sensibilidade, culminando na formação de uma equipe de 5 jurados que, sem dúvida, deram o melhor de si naquele momento mágico.

A conclusão mais significativa é que o Brasil possui um potencial gigantesco para figurar entre os melhores produtores de queijos do mundo. Embora nossa indústria láctea tenha apenas 120 anos de história, desde a inauguração da primeira queijaria no país, e que a queijaria artesanal tenha menos de 5 anos de legalização no Brasil, já estamos conquistando inúmeros prêmios internacionais.

Em resumo, fica evidente que a necessidade dos produtores em valorizar seu leite levou todos a produzirem queijos e, agora, essa mesma necessidade de incentivar a perpetuar essa tradição, gerando lucro e assegurando sua continuidade na cadeia do leite. Valorizar o leite é o caminho, e fazer queijo é a estrada mais segura a ser trilhada.

Saudações laticinistas!

Marco Antônio Cruvinel de Lemos Couto
Diretor Administrativo

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