17/11/2013 às 08h19min - Atualizada em 17/11/2013 às 08h19min

Bactérias Lactobacillus casei: caracterização, viabilidade como probióticos em alimentos.

As espécies Lactobacillus casei, Lactobacillus paracasei e Lactobacillus rhamnosus fazem parte do chamado “Grupo Lactobacillus casei” e possuem importante valor comercial para a indústria alimentícia, devido ao seu emprego na produção de leites fermentados e como culturas iniciadoras de fermentação na fabricação de queijos para a melhoria de sua qualidade (1-3). As referidas cepas também são aptas a colonizar vários ambientes naturais e criados pelo homem, como boca, trato intestinal e vagina humanos, laticínios e produtos vegetais, ensilagem, esgoto e alimentos deteriorados.

Tais microrganismos estão especificamente associados à fermentação do pão e algumas fermentações de queijos em salmouras, além de também causarem deterioração de queijos pela fermentação de citrato convertido em dióxido de carbono (2,4,5). Cepas de Lactobacillus casei/paracasei e Lactobacillus rhamnosus têm sido amplamente estudadas com relação a suas propriedades promotoras à saúde, sendo freqüentemente empregadas como probióticos em alimentos industrializados (2-4,6). 

Os probióticos são definidos como microrganismos vivos que, quando administrados em quantidades adequadas, afetam positivamente a saúde do hospedeiro(7). O reconhecimento dos alimentos contendo probióticos como alimentos funcionais que provêem benefícios além da nutrição básica inerente e as emergentes evidências para seu potencial na prevenção de doenças têm incentivado a divulgação e o consumo desses produtos (8,9).

Os efeitos benéficos atribuídos aos microrganismos probióticos têm sido alcançados principalmente através da modulação da população e atividade da microbiota intestinal

(10). As espécies Lactobacillus casei/paracasei e Lactobacillus rhamnosus constituem uma fração substancial da microbiota constituída por Lactobacillus spp. na mucosa intestinal humana (3). 374 ALONSO B. e ISAY S.

A presente revisão discute importantes estudos envolvendo bactérias do grupo Lactobacillus casei, particularmente as espécies Lactobacillus casei, Lactobacillus paracasei e Lactobacillus rhamnosus, relacionados à taxonomia, aplicação em alimentos probióticos e aos efeitos benéficos in vivo atribuídos a essas cepas.

As bactérias láticas, OS Lactobacillus spp. E o grupo Lactobacillus casei Bactérias láticas são microrganismos Gram-positivos, nãoesporulados, catalase-negativos, desprovidos de citocromos, anaeróbios, mas aerotolerantes, ácido-tolerantes e estritamente fermentativos (11). O ácido lático é o principal produto final da fermentação de açúcares (12). Contudo, exceções desta descrição geral ocorrem devido a algumas espécies poderem formar catalase ou citocromos em meio contendo hematina ou compostos relacionados. A produção de uma catalase não-heme, denominada pseudocatalase, por alguns lactobacilos também causa alguma confusão na identificação de bactérias láticas (11).

 

As primeiras definições de bactérias láticas baseavam-se na capacidade de fermentação e coagulação do leite por esse grupo de microrganismos, incluindo também os coliformes.

A descrição de Lactobacillus por Beijerinck em 1901 como bactérias Gram-positivas separou os coliformes das bactérias láticas (4). O interesse pela presença dos lactobacilos na dieta humana aumentou desde o início do século XX, quando Elie Metchnikoff – Instituto Pasteur, Paris – promoveu o uso desses microrganismos para a bacterioprofilaxia e bacterioterapia (4).

Dentre as bactérias láticas, o grupo Lactobacillus casei compreende aquelas fenotipicamente e geneticamente heterogêneas, capazes de manter o equilíbrio de vários ambientes. Destacam-se nesse grupo os lactobacilos típicos do hospedeiro humano, os quais incluem as espécies Lactobacillus casei, Lactobacillus paracasei e Lactobacillus rhamnosus, além de Lactobacillus zeae (11,13).

O gênero Lactobacillus é filogeneticamente diverso (11). No Bergey’s Manual of Systematic Bacteriology, o gênero Lactobacillus é descrito como um grupo heterogêneo de ‘bastonetes regulares, Gram-positivos e não-esporulados’. Com o desenvolvimento das análises filogenéticas nos anos 1980, houve muitas alterações nesse gênero. O gênero Lactobacillus inclui cerca de 80 espécies reconhecidas (12), embora 5 espécies heterofermentativas de Lactobacillus tenham sido transferidas para o gênero Weissella (3).

A divisão clássica dos lactobacilos está baseada em suas características fermentativas: 1 – obrigatoriamente homofermentativos; 2 – facultativamente heterofermentativos; e 3 – obrigatoriamente heterofermentativos (12).

 

Vários lactobacilos obrigatoriamente homofermentativos e facultativamente heterofermentativos e alguns obrigatoriamente heterofermentativos são utilizados em alimentos fermentados. Porém, esse último grupo é comumente associado à deterioração de alimentos (3).

Os lactobacilos obrigatoriamente homofermentativos incluem aqueles que fermentam glicose exclusivamente em ácido lático e não fermentam pentoses ou gliconato (3). Exemplos desse grupo são as espécies Lactobacillus acidophilus, Lactobacillus gasseri, Lactobacillus crispatus, Lactobacillus johnsonii, Lactobacillus delbrükii, Lactobacillus helveticus e Lactobacillus salivarius (11,12).

Os obrigatoriamente heterofermentativos incluem os lactobacilos que fermentam hexoses em ácido lático, ácido acético e/ou etanol e dióxido de carbono, sendo que a produção de gás a partir da glicose é uma característica marcante dessas bactérias (3). São exemplos desse grupo as espécies Lactobacillus brevis, Lactobacillus buchneri, Lactobacillus fermentum e Lactobacillus reuteri (12,13).

Os facultativamente heterofermentativos incluem os lactobacilos que fermentam hexoses em ácido-lático e podem produzir gás a partir de gliconato, mas não através da glicose.

Esses microrganismos também fermentam pentoses, através de uma fosfocetolase induzida para produzir ácidos lático e acético. As espécies Lactobacillus curvatus, Lactobacillus plantarum, Lactobacillus sakei e do grupo Lactobacillus casei são importantes representantes dos lactobacilos facultativamente heterofermentativos (3,12).

Caracterização e classificação de cepas do grupo Lactobacillus casei.

 

As espécies Lactobacillus casei, Lactobacillus paracasei, Lactobacillus zeae e Lactobacillus rhamnosus, que compõem o grupo taxonômico Lactobacillus casei, apresentam comportamento fisiológico e necessidades nutricionais muito similares, multiplicando-se em condições ambientais bastante semelhantes. 

Historicamente, a diferenciação entre cada uma  das espécies pertencentes a esse grupo e a sua sistemática tem apresentado problemas e ajustes têm sido introduzidos baseados em novos métodos taxonômicos que foram se tornando disponíveis gradualmente (2,14).

Felis et al. (2) e Dellaglio et al. (15) relataram que a cepa ATCC 393T foi designada como cepa-referência deLactobacillus casei subsp. casei por Hansen e Lessel em 1971, com base somente em poucos aspectos fenotípicos.

 

Diversos autores citaram os estudos de homologia de DNA  realizados por Collins et al. (16), que ocasionaram a reclassificação da maioria das cepas-referências de Lactobacillus casei subsp. casei, Lactobacillus casei subsp. alactosus e Lactobacillus casei subsp. pseudoplantarum como espécies Lactobacillus paracasei (dada a elevada relação entre 

o DNA dessas espécies, porém não relacionados à cepa ATCC 393T), além da mudança da denominação Lactobacillus casei subsp. rhamnosus para Lactobacillus rhamnosus (2,4,15).  

Dicks et al. (17) verificaram que a cepa Lactobacillus casei subsp. casei ATCC 393T exibia baixos níveis de homologia de DNA com outras cepas de Lactobacillus casei subsp. casei (8 a 46 %) e de Lactobacillus paracasei (30 a 50%), mas exibia 80% de similaridade de DNA com Lactobacillus rhamnosus ATCC 15820, originalmente citada em 1959 por Kuznetsov como cepa-referência de “Lactobacterium zeae”.

 

Dicks et al. (17) forneceram novos indícios a favor da reclassificação da cepa ATCC 334 como a nova cepa-referência de espécies Lactobacillus casei. Segundo esses autores, a cepa ATCC 334 é geneticamente relacionada às cepas Lactobacillus casei subsp. casei (71 a 97%) e Lactobacillus paracasei (71% a 91%), é membro do mesmo perfil de proteína de grupo que estes organismos e divide vários amplicons de DNA com cepas Lactobacillus paracasei. 

Com base nessas investigações, os autores propuseram que as cepas Lactobacillus casei subsp. casei ATCC 393 e Lactobacillus rhamnosus ATCC 15820 fossem reclassificadas como membros da espécie Lactobacillus zeae (cepa-referência ATCC 15820). Propuseram ainda que a cepa ATCC 334 fosse designada como a nova referência para Lactobacillus casei subsp. casei e que o nome Lactobacillus paracasei fosse rejeitado.

 

Felis et al. (2) investigaram a relação filogenética entre espécies e cepas do grupo Lactobacillus casei (Lactobacillus casei – ATCC 334 e ATCC 393T, Lactobacillus paracasei subsp. paracasei – NCDO 151T e LMG 9438, Lactobacillus paracasei subsp. tolerans – LMG 9191T, Lactobacillus  rhamnosus LMG 6400T, Lactobacillus zeae LMG 17315T e Lactobacillus sp. DF1). No referido estudo a distância  filogenética entre Lactobacillus casei ATCC 393T e  Lactobacillus casei ATCC 334 mostrou-se maior que entre  ATCC 393T e a cepa de referência de Lactobacillus zeae.

Contrariamente, as distâncias entre as cepas de Lactobacillus  paracasei e Lactobacillus casei ATCC 334 foram virtualmente  zero, demonstrando que tais microrganismos formam um único  grupo filogenético. Além disso, houve alta similaridade  genética entre Lactobacillus casei ATCC 393T e Lactobacillus zeae LMG 17315T, indicando que tais cepas são membros da  mesma espécie. 

Dessa forma, os autores, juntamente com  DELLAGLIO et al. (15), propuseram à Comissão Judicial (Judicial Commission of the International Committee on  Systematics of Prokaryotes) que considerassem a cepa ATCC 393T inadequada como referência para as espécies  Lactobacillus casei e que a denominação Lactobacillus paracasei fosse rejeitada, uma vez que as cepas ATCC 334 e NCDO 151 são filogeneticamente indistinguíveis de muitas cepas representativas de Lactobacillus casei.

 

Ainda, segundo Dellaglio et al. (15), Lactobacillus casei deveria ser “legítima denominação” das cepas Lactobacillus paracasei, e propuseram que a cepa ATCC 334 fosse designada como a nova cepa-referência para tais espécies, em reforço aos trabalhos de Dicks et al. (17) e Felis et al. (2).

Em estudo anterior realizado por Schillinger (18), envolvendo a identificação de cepas de Lactobacillus presentes em iogurtes e outros produtos probióticos comerciais através 

da técnica de hibridização de DNA, foi revelado que algumas cepas foram incorretamente classificadas.

 

Dentre essas cepas, aquelas designadas pelo fabricante como Lactobacillus casei mostraram ser membros tanto de espécies Lactobacillus casei, como de Lactobacillus paracasei ou de Lactobacillus rhamnosus.
 


Dessa forma, apesar da grande importância para a indústria de alimentos, a taxonomia do grupo Lactobacillus casei ainda permanece confusa (2), uma vez que as requisições referentes à nomenclatura das espécies que compõem esse grupo permanecem pendentes pela Comissão Judicial (14,19). 


Autor: Flávia Carolina Alonso Buriti e Susana Marta Isay Saad

Referências bibliográficas: 

ARCHIVOS LATINOAMERICANOS DE NUTRICION
Organo Oficial de la Sociedad Latinoamericana de Nutrición Vol. 57 Nº 4, 2007
Flávia Carolina Alonso Buriti y Susana Marta Isay Saad
Departamento de Tecnologia Bioquímico-Farmacêutica, Faculdade de Ciências Farmacêuticas, Universidade de São Paulo- São Paulo, SP, Brasil

1. Ferrero M, Cesena C, Morelli L, Scolari G, Vescovo M.Molecular characterization of Lactobacillus casei strains.FEMS Microbiol Lett. 1996; 140 (2-3): 215-219.
2. Felis GE, Dellaglio F, Mizzi L, Torriani S. Comparativesequence analysis of a recA gene fragment brings new evidence for a gange in the taxonomy of the Lactobacillus casei group. Int J Syst Evol Microbiol. 2001; 51 (6): 2113-2117.
3. Vásquez A, Molin G, Pettersson B, Antonsson M, Ahrne S.DNA-based classification and sequence heterogeneities in the 16S rRNA genes of Lactobacillus casei/paracasei and relatedspecies. Syst Appl Microbiol. 2005; 28 (5): 430-441.
4. Stiles ME, Holzapfel WH. Lactic acid bacteria of foods and their current taxonomy. Int J Food Microbiol. 1997; 36 (1): 1-29.
5. Hammes WP, Hertel C. Research approaches for pre- and probiotics: challenges and outlook. Food Res Int. 2002; 35 (2-3): 165-170.
6. Itsaranuwat P, Al-Haddad KSH, Robinson RK. The potential therapeutic benefits of consuming ‘health-promoting’ fermented dairy products: a brief update. Int J Dairy Technol. 2003; 56 (4): 203-210.
7. Food and Agriculture Organization of the United Nations. World Health Organization. Evaluation of health and nutritional properties of probiotics in food including powder milk with live lactic acid bacteria: Report of a Joint FAO/WHO Expert Consultation,Córdoba, Argentina, 2001 [cited 2005 Dec 15]. Available from: ftp://ftp.fao.org/es/esn/food/probio_ report_en.pdf.
8. Patrignani F, Lanciotti R, Mathara JM, Guerzoni ME, Holzapfel WH. Potential of functional strains, isolated from traditional Maasai milk, as starters for the production of fermented milks. Int J Food Microbiol. 2006; 107 (1): 1-11.
9. Phillips M, Kailasapathy K, Tran L. Viability of commercial probiotic cultures (L. acidophilus, Bifidobacterium sp., L. casei, L. paracasei and L. rhamnosus) in cheddar cheese. Int J Food Microbiol. 2006; 108 (2): 276-280.
10. Yeung PSM, Sanders ME, Kitts CL, Cano R, Tong PS. Species-specific identification of commercial probiotic strains. J Dairy Sci. 2002; 85 (5): 1039-1051.
11. Holzapfel WH, Haberer P, Geisen R, Björkroth J, Schillinger U. Taxonomy and important features of probiotic microorganisms in food and nutrition. Am J Clin Nutr. 2001; 73 (2) Suppl: 365S-373S.12. Axelsson L. Lactic acid bacteria: classification and physiology. In: Salminen S, Wright A, Ouwehand A, editors. Lactic acid bacteria: microbiological and functional aspects. 3rd ed. New York: Marcel Dekker; 2004. p.1-66.
13. Holzapfel WH, Schillinger U. Introduction to pre- and probiotics. Food Res Int. 2002; 35 (2-3): 109-116.
14. Desai AR, Shah NP, Powell IB. Discrimination of dairy industry isolates of the Lactobacillus casei group. J Dairy Sci. 2006; 89 (9): 3345-3351.
15. Dellaglio F, Felis GE, Torriani S. The status of the species Lactobacillus casei (Orla-Jensen 1916) Hansen and Lessel 1971 and Lactobacillus paracasei Collins et al. 1989. Request for an opinion. Int J Syst Evol Microbiol. 2002; 52 (1): 285-287.
16. Collins MD, Phillips BA, Zanoni P. Deoxyribonucleic acid homology studies of Lactobacillus casei, Lactobacillus paracasei sp. nov., subsp. paracasei and subsp. tolerans, and
Lactobacillus rhamnosus sp. nov., comb. nov. Int J Syst Bacteriol. 1989; 39 (2): 105-108.
17. Dicks IMT, Plessis EM, Dellaglio F, Lauer E. Reclassification of Lactobacillus casei subsp. casei ATCC 393 and Lactobacillus rhamnosus ATCC 15820 as Lactobacillus zeae nom. rev., designation of ATCC 334 as the Neotype of Lactobacillus casei subsp. casei, and rejection of the name Lactobacillus paracasei. Int J Syst Bacteriol. 1996; 46 (1): 337-340.
18. Schillinger U. Isolation and identification of lactobacilli from novel-type probiotic and mild yoghurts and their stability during refrigerated storage. Int J Food Microbiol. 1999; 47 (1-2): 79-87.
19. De Vos P, Trüper, HG, Tindall BJ. Judicial Commission of the International Committee on Systematics of Prokaryotes, Xth International (IUMS) Congress of Bacteriology and Applied Microbiology, minutes of the meetings, 28, 29 and 31 July and 1 August 2002, Paris, France. Int J Syst Evol Microbiol. 2005; 55 (1): 525-532.
20. Medici M, Vinderola CG, Perdigón G. Gut mucosal immunomodulation by probiotic fresh cheese. Int Dairy J. 2004; 14 (7): 611-618. 
21. Kourkoutas Y, Xolias V, Kallis M, Bezirtzoglou E, Kanellaki M. Lactobacillus casei cell immobilization on fruit pieces for probiotic additive, fermented milk and lactic acid production. Process Biochem. 2005; 40 (1): 411-416.
22. Hoier E, Janzen T, Henriksen CM, Rattray F, Brockmann E, Johansen E. The production, application and action of lactic cheese starter cultures. In: Law BA, editor. Technology of cheesemaking. Boca Raton: CRC; 1999. p.90-131.
23. Moreno Y, Collado MC, Ferrús MA, Cobo JM, Hernández E, Hernández M. Viability assessment of lactic acid bacteria in comercial dairy products stored at 4oC using LIVE/DIED®BacLightTM staining and conventional plate counts. Int J Food Sci Technol. 2006; 41 (3): 275-280.
24. Talwalkar A, Kailasapathy K. Comparison of selective and differential media for the accurate enumeration of strains of Lactobacillus
acidophilus, Bifidobacterium spp. and Lactobacillus casei complex from commercial yoghurts. Int Dairy J. 2004; 14 (2): 143-149.
25. Shortt C. The probiotic century: historical and current perspectives. Trends Food Sci Technol. 1999; 10 (12): 411-417. 
26. Kristo E, Biliaderis CG, Tzanetakis N. Modelling of rheological, microbiological and acidification properties of a fermented milk product containing a probiotic strain of Lactobacillus paracasei. Int Dairy J. 2003; 13 (7): 517-528.
27. Boylston TD, Vinderola CG, Ghoddusi HB, Reinheimer, JA. Incorporation of bifidobacteria into cheeses: challenges and rewards. Int Dairy J. 2004; 14 (5): 375-387.
28. Buriti FCA, Rocha JS, Assis EG, Saad SMI. Probiotic potential of Minas fresh cheese prepared with the addition of Lactobacillus paracasei. LWT-Food Sci Technol. 2005; 38 (2): 173- 180.
29. Buriti FCA, Rocha JS, Saad SMI. Incorporation of Lactobacillus acidophilus in Minas fresh cheese and its implications for textural and sensorial properties during storage. Int Dairy J. 2005; 15 (12): 1279-1288.
30. El Soda M, Madkor SA, Tong PS. Adjunct cultures: recent developments and potential significance to the cheese industry. J Dairy Sci. 2000; 83 (4): 609-619.
31. Menéndez S, Centeno JA, Godínez R, Rodríguez-Otero JL. Effects of Lactobacillus strains on the ripening and organoleptic characteristics of Arzúa-Ulloa cheese. Int J Food Microbiol. 2000; 59 (1-2): 37-46.
32. Vinderola CG, Proselo W, Ghiberto D, Reinheimer JA. Viability of probiotic (Bifidobacterium, Lactobacillus acidophilus and Lactobacillus casei) and nonprobiotic microflora in Argentinian fresco cheese. J Dairy Sci. 2000; 83 (9): 1905-1911.
33. Gardiner G, Ross RP, Collins JK, Fitzgerald G, Stanton C. Development of a probiotic Cheddar cheese containing human derived Lactobacillus paracasei strains. Appl Environ 
Microbiol. 1998; 64 (6): 2192-2199.
34. Dyminski DS, Waszcynskyj N, Ribani RH, Masson ML. Características físico-químicas de musse de maracujá (Passiflora) elaborado com substitutos de gorduras. Bol Cent 
Pesqui Process Aliment. 2000; 18 (2): 267-274.
35. Pinto EP, Teixeira, AM, Sopena, LL, Rosa, VP, Luvielmo, MM. Sucralose no desenvolvimento de sobremesas lácteas light. Bol Cent Pesqui Process Aliment. 2003; 21 (1): 49-60.
36. Aragon-Alegro LC, Alegro JHA, Cardarelli HR, Chiu MC, Saad SMI. Potentially probiotic and synbiotic chocolate mousse. LWT-Food Sci Technol. 2007; 40 (4): 669-675.
37. Fuchs RHB, Borsato D, Bona E, Hauly MCO. “Iogurte” de soja suplementado com oligofrutose e inulina. Cienc Tecnol Aliment. 2005; 25 (1): 175-181. 380 ALONSO B. e ISAY 38. Hauly MCO, Fuchs RHB, Prudencio-Ferreira SH. Suplementação de iogurte de soja com frutooligossacarídeos: características probióticas e aceitabilidade. Rev Nutr. 2005; 18
(5): 613-622.
39. Heenan CN, Adams MC, Hosken RW, Fleet GH. Survival and sensory acceptability of probiotic microorganisms in a nonfermented frozen vegetarian dessert. LWT-Food Sci Technol. 2004; 37 (4): 461-466.
40. Schwenninger SM, von Ah U, Nieder B, Teuber M, Meile L. Detection of antifungal properties in Lactobacillus paracasei subsp paracasei SM20, SM29, and SM63 and molecular typing of the strains. J Food Prot. 2005; 68 (1): 111-119. 
41. Buriti FCA, Cardarelli HR, Saad SMI. Biopreservation by Lactobacillus paracasei in coculture with Streptococcus thermophilus in potentially probiotic and synbiotic fresh cream 
cheeses. J Food Prot. 2007; 70 (1): 228-235.
42. Calderón O, Padilla C, Chaves C, Villalobos L, Arias ML. Evaluación del efecto del cultivo probiótico Lactobacillus rhamnosus adicionado a yogurt natural y con probióticos comerciales sobre poblaciones de Staphylococcus aureus, Escherichia coli O157:H7, Listeria monocytogenes y Salmonella enteritidis. Arch Latinoamer Nutric. 2007; 57 (1): 51-56.
43. Salvatierra M, Molina A, Gamboa MM, Arias ML. Evaluación del efecto de cultivos prebióticos presentes en yogurt sobre Staphylococcus aureus y la producción de termonucleasa. Arch Latinoamer Nutric. 2004; 54 (3): 298-302.
44. Sakhare PZ, Narasimha Rao D. Microbial profiles during lactic fermentation of meat by combined starter cultures at high temperatures.Food Control. 2003; 14 (1): 1-5.
45. Barrantes X, Railey D, Arias ML, Chaves C. Evaluación del efecto de cultivos probióticos adicionados a yogurt comercial,sobre poblaciones conocidas de Listeria monocytogenes y Escherichia coli O157:H7. Arch Latinoamer Nutric. 2004; 54 (3):293-297.
46. Coeuret V, Gueguen M, Vernoux JP. In vitro screening of potential probiotic activities of selected lactobacilli isolated from unpasteurized milk products for incorporation into soft cheese. J Dairy Res. 2004; 71 (4): 451-460.
47. Sameshima T, Magome C, Takeshita K, Arihara K, Itoh M, Kondo Y. Effect of intestinal Lactobacillus starter cultures on the behaviour of Staphylococcus aureus in fermented sausage. Int J Food Microbiol. 1998; 41 (1): 1-7.
48. Ouwehand AC, Kirjavainen PV, Shortt C, Salminen S. Probiotics: mechanisms and established effects. Int Dairy J. 1999; 9 (1): 43-52.
49. Forestier C, De Champs C, Vatoux C, Joly B. Probiotic activities of Lactobacillus casei rhamnosus: in vitro adherence to intestinal cells and antimicrobial properties. Res Microbiol. 2001; 152 (2): 167-173.
50. Hudault S, Liévin V, Bernet-Camard MF, Servin AL. Antagonistic activity exerted in vitro and in vivo by Lactobacillus casei (strain GG) against Salmonella typhimurium C5 infection. Appl Environ Microbiol. 1997; 63 (2): 513-518.
51. Arici M, Bilgin B, Sagdic O, Ozdemir C. Some characteristics of Lactobacillus isolates from infant faeces. Food Microbiol. 2004; 21 (1): 19-24.
52. Guerin-Danan C, Chabanet C, Pedone C, Popot F, Vaissade P,Bouley C, Szyitt O, Andrieux C. Milk fermented with yogurt cultures and Lactobacillus casei compared with yogurt and gelled milk: influence on intestinal microflora in healthy infants. Am J Clin Nutr. 1998; 67 (1): 111-117.
53. Rochet V, Rigottier-Gois L, Sutren M, Krementscki MN, Andrieux C, Furet JP, Tailliez P, Levenez F, Mogenet A, Bresson JL, Méance S, Cayuela C, Leplingard A, Doré J. Effects of orally administered Lactobacillus casei DN-114 001 on the composition or activities of the dominant faecal microbiota in healthy humans. Br J Nutr. 2006; 95 (2): 421-429.
54. Sullivan A, Palmgren AC, Nord CE. Effect of Lactobacillus paracasei on intestinal colonization of lactobacilli, bifidobacteria e Clostridium difficile in eldery persons. Anaerobe. 2001; 7 (2): 67-70.
55. Sarker SA, Sultana S, Fuchs GJ, Alam NH, Azim T, Brüssow H, Hammarström L. Lactobacillus paracasei strain ST11 has no effect on rotavirus but ameliorates the outcome of 
nonrotavirus diarrhea in children from Bangladesh. Pediatrics. 2005; 116 (2): 221-228.
56. Jahreis G, Vogelsang H, Kiessling G, Schubert R, Bunte C, Hammes WP. Influence of probiotic sausage (Lactobacillus paracasei) on blood lipids and immunological parameters of healthy volunteers. Food Res Int. 2002; 35 (2-3): 133-138. 
57. Cano PG, Perdigón G. Probiotics induce resistance to enteropathogens in a re-nourished mouse model. J Dairy Res. 2003; 70 (4): 433-440.
58. Hori T, Kiyoshima J, Shida K, Yasui H. Argumentation of cellular immunity and reduction of influenza virus titer in aged mice fed Lactobacillus casei strain Shirota. Clin Diagn Lab Immunol. 2002; 9 (1): 105-108.
59. Guérin-Danan C, Meslin JC, Chambard A, Charpilienne A, Relano P, Bouley C, Cohen J, Andrieux C. Food supplementation with milk fermented by Lactobacillus casei DN-114 001 protects suckling rats from rotavirus-associated diarrhea. J Nutr. 2001; 131 (1): 111-117.
60. Minelli EB, Benini A, Marzotto M, Sbarbati A, Ruzzenente O, Ferrario R, Hendriks H, Dellaglio F. Assessment of novel probiotic Lactobacillus casei strains for the production of functional dairy foods. Int Dairy J. 2004; 14 (8): 723-736.
61. Djouzi Z, Andrieux C, Degivry MC, Bouley C, Szylit O. The association of yogurt starters with Lactobacillus casei DN 114.001 in fermented milk alters the composition and metabolism of intestinal microflora in germ-free rats and in human flora-associated rats. J Nutr. 1997; 127 (11): 2260-2266.


Link
Tags »
Notícias Relacionadas »
Comentários »
Fale pelo Whatsapp
Atendimento
Precisa de ajuda? fale conosco pelo Whatsapp