O primeiro alimento de todos nós é o leite materno. É absolutamente completo em nutrientes e faz com que um bebê dobre seu peso de nascimento por volta dos 4-5 meses de idade. Isso mesmo. Já pensou em dobrar seu peso atual em 4 meses? Muito difícil, não é mesmo? Pois é. Bebês fazem isso com o leite.
Conforme os bebês vão crescendo, aos poucos o leite vai sendo substituído por outros alimentos como frutas, legumes e outras fontes proteicas e energéticas. Tudo certo.
Para muitos adultos, porém, o leite permanece na rotina alimentar sob as mais variadas formas: integral, desnatado, semidesnatado ou sem lactose, por exemplo. É também consumido sob a forma de derivados como iogurtes, queijos, bolachas e tantos outros mais.
Há quem não saia de casa sem um copo de leite matinal. Em todas as faixas etárias: desde o nascimento até a idade mais avançada. Fato é, portanto, que o leite acaba fazendo parte de toda a extensão da vida de muitas pessoas.
Cabe a pergunta: por que somos os únicos mamíferos que tomamos leite a vida inteira? Mais que isso: tomamos leite de vaca ou de cabra, de outras espécies animais, portanto, e que são destinados, respectivamente, aos bezerros e carneirinhos.
Precisamos tomar leite a vida inteira?
A maior vantagem do leite é sua composição: proteínas, carboidratos, gorduras e minerais fundamentais como o cálcio estão nele contidos.
O cálcio é essencial para a saúde e fortalecimento dos ossos. Ossos sem cálcio ficam “porosos” e fracos, o que aumenta muito a chance de fraturas. Isso é o que se conhece por osteoporose.
A vitamina D, que produzimos no organismo quando o Sol bate na pele, tem a função de “auxiliar” o cálcio que vem da alimentação - do leite, essencialmente - a ser absorvido e entrar na corrente sanguínea. Por isso essa “duplinha” vitamina D + cálcio é essencial para ossos fortes e saudáveis.
Portanto, vamos fazer as contas: para atingir as necessidades diárias de cálcio um adulto teria que tomar, por exemplo, 2 copos de leite por dia e 2 copos de iogurte. Bem mais fácil do que comer 6,8 kg de feijão ou 1280g de brócolis por dia, todos os dias. No entanto, a Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição (SBAN) sugere que a oferta diária de cálcio seja consumida em no máximo 3 porções lácteas e o restante na forma de outros alimentos.
Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), 84% dos homens e 91% das mulheres no Brasil, na faixa etária de 19 a 59 anos, não consomem cálcio na quantidade indicada.
Adultos, portanto, podem não tomar leite se não quiserem, não gostarem ou se tiverem algum impedimento físico para tal, como alergia ou intolerância. Cada um sabe de si. Mas sem o leite e seus derivados, vamos combinar, fica bem mais difícil suprir as necessidades diárias recomendadas de cálcio.
Fora tudo isso, o leite vale a pena porque, para quem gosta, é de fato uma delícia!
Foto: CDC/ Debora Cartagena Fonte: Portal G1.globo.com