11/11/2023 às 12h34min - Atualizada em 11/11/2023 às 12h34min

Alimentos ultraprocessados: quais os benefícios?

Os alimentos ultraprocessados têm se tornado uma parte significativa da dieta moderna; veja os aspectos positivos desses produtos para os consumidores e indústria.

The Food Connection
No cenário dinâmico e inovador da indústria alimentícia, a busca por soluções que atendam às demandas crescentes dos consumidores é uma constante. Entre os diversos produtos que têm feito parte da alimentação dos brasileiros, a categoria dos alimentos ultraprocessados se destaca. Embora sejam muitas vezes objeto de debates, há muito a ser explorado além das opiniões comuns. Neste artigo, vamos apresentar os benefícios associados aos alimentos ultraprocessados e refletir sobre o papel da indústria no desenvolvimento de produtos saudáveis, que também passam pelo processamento industrial, para os consumidores que buscam por essas opções. 

O que são alimentos ultraprocessados? Alimentos ultraprocessados são produtos alimentícios que passaram por diversos processos industriais, geralmente envolvendo a adição de substâncias como açúcares, gorduras, sal, corantes, estabilizantes, aromatizantes, entre outros. Esses produtos são frequentemente encontrados em embalagens prontas para consumo e são altamente convenientes, pois requerem pouco ou nenhum preparo antes do consumo.

O grupo dos alimentos ultraprocessados inclui:
Vários tipos de guloseimas;
Adoçantes artificiais;
Bebidas adoçadas com açúcar (como sucos, refrigerantes e achocolatados);
Pó para o preparo de refrescos;
Produtos embutidos derivados de carne e gordura animal;
Produtos desidratados (como misturas para bolo, sopas em pó e macarrão instantâneo);
Congelados pré-preparados prontos para aquecer;
Salgadinhos;
Cereais matinais;
Barras de cereal;
Bebidas energéticas e uma infinidade de novos produtos que chegam aos mercados todos os meses.

Como são produzidos os alimentos ultraprocessados? A fabricação dos alimentos ultraprocessados é composta por diversas etapas e técnicas e, muitas vezes, a utilização de maquinários específicos. Por isso, é normalmente feita por indústrias de grande porte.  Esses ingredientes são submetidos a uma série de processos mecânicos para criar misturas homogêneas. Durante essa fase, são adicionados diversos aditivos, como corantes, aromatizantes, estabilizantes e conservantes. Eles têm a função de estender a vida útil dos alimentos ou dotá-los de cor, sabor, aroma e/ou textura que os tornem mais atraentes comercialmente. Muitos deles também passam por tratamentos de alta temperatura e pressão para garantir a segurança microbiológica e são submetidos à extrusão para criar formas específicas. Após o processo de produção, esses alimentos são embalados em materiais que preservam a sua frescura e vida útil, muitas vezes permitindo que sejam armazenados por longos períodos. O resultado são produtos convenientes, porém frequentemente carentes de valor nutricional, amplamente encontrados nas prateleiras dos supermercados.

O papel da indústria na promoção da saudabilidade com ultraprocessados Embora pareça pouco provável, a relação entre ultraprocessados e saudabilidade existe. Isso porque, hoje, muitas empresas do setor buscam saídas para oferecer produtos mais saudáveis para o consumidor que procura por essas opções que, apesar dos efeitos, oferecem praticidade no dia a dia. Sobre este assunto, a Engenheira de Alimentos da Superbom, Juliana Paes, em palestra na Fi South America, explica como as marcas têm feito para tornar esse casamento possível. “Hoje temos tecnologia para o processamento, com soluções diferenciadas, a substituição de ingredientes caros importados por produtos nacionais. Precisamos buscar inovação para ter essa integração. Fazer alterações no alimento ultraprocessado para que tenha maior aceitação pelo consumidor. [...] A gente consegue, através da indústria de ingredientes, um produto para atender a necessidade do consumidor. É possível desde que tenhamos pesquisas na área, com soluções diferenciadas”, afirma. Assim, com a combinação certa de inovação e conscientização, é possível transformar a indústria de alimentos ultraprocessados, oferecendo opções que são não apenas convenientes, mas também benéficas para a saúde de quem consome.

Os benefícios dos alimentos ultraprocessados - Na esfera industrial, os alimentos ultraprocessados vieram para agregar valor ao mercado, uma vez que facilitam o reaproveitamento de matéria-prima para criar novos produtos. Como exemplo, podemos citar a indústria frigorífica, que utiliza quase toda a carcaça do boi na produção de alimentos emulsionados, como salsichas e mortadelas, feitas a partir de carne mecanicamente separada (CMS). Além do aproveitamento eficiente de matéria-prima, os ultraprocessados oferecem outro aspecto importante: shelf-life duradoura. Eles podem ser armazenados por meses e até anos, representando uma conquista notável da indústria alimentícia. Com o avanço da tecnologia e dos processos, surgiu a necessidade de criar produtos acessíveis à população, que pudessem ser consumidos a qualquer momento, sem a necessidade de utensílios domésticos ou outras embalagens. A diversidade de processos relacionados à fabricação de novos produtos também enriquece o mercado, oferecendo aos consumidores uma variedade impressionante de opções nas prateleiras dos supermercados e estabelecimentos. Em última análise, a escolha de consumir ou não os alimentos ultraprocessados permanece nas mãos do consumidor, proporcionando liberdade de escolha diante da ampla gama de produtos disponíveis. As empresas do setor, por sua vez, devem seguir veementemente a regulamentação voltada para os produtos alimentícios dessa categoria e continuar investindo em novas tecnologias que possibilitem a criação de ultraprocessados mais saudáveis, com bons ingredientes e bons processos.

Fonte: The Food Connection

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