08/03/2023 às 00h04min - Atualizada em 08/03/2023 às 00h04min

O Empreendedorismo feminino no mercado lácteo

Ningúem segura uma mulher segura! Especial Ciência do Leite: Dia das Mulheres!

Nayara Ferreira Greco

Nesse editorial você terá acesso à entrevista completa de Simone Maria de Andrade Couto, Diretora Administrativa e co-fundadora da empresa Rica Nata. De forma sucinta, Simone nos apresenta é a realidade no meio dos negócios e o valor das nossas decisões se almejamos iniciar um bom empreendimento.

Um pouco sobre a história de Simone:

Simone M. de Andrade Couto, diretora administrativa da Rica Nata, responsável pela gestão de recursos e gestão de processos, está há 23 anos a frente da empresa. Tendo como primeira formação Ciências Contábeis, esteve diante a um desafio, inserir a empresa no mundo digital, tendo então se dedicado ao estudo de inovação e tecnologia, projetando o que seria então o primeiro e-commerce da Rica Nata, em 1999, desde então acompanha as constantes atualizações do mercado digital, para tanto busca estar presente em grandes feiras e eventos tanto do nicho da empresa para a Rica Nata estar sempre presente no mercado agregando valor aos seus produtos e serviços, quanto à tecnologia e informação, sendo recém-graduada em Marketing Digital.

1. Ciência do Leite - O empreendedorismo feminino, de forma geral, vem crescendo a cada ano, no mercado lácteo esta afirmativa também se faz realidade, de tantas possíveis áreas para empreender, por que você escolheu atuar no mercado lácteo?

Simone - Minha escolha foi bem no início das atividades da Rica Nata, como sou formada em contabilidade vi uma oportunidade de ajudar meu esposo Marco Antônio o qual é o fundador e responsável técnico pela empresa que me ensinou a sonhar com um futuro melhor.

Desde o momento da abertura da Rica Nata ingredientes, percebi que a parte financeira é um dos principais setores da empresa e precisava de organização.

Comecei anotando tudo que entrava e que saia, para entendermos o que tínhamos de capital de giro e para as retiradas pessoais.

O que me fez ficar no setor lácteo foi o meu companheirismo com o Marco Antônio, sempre soube que ele ama a profissão, e que tem a visão que é um setor diferenciado e promissor, que poderíamos ajudar cada pequeno produtor que quer beneficiar seu leite transformando em queijos, iogurtes e outros derivados, para ter uma renda melhor e uma qualidade de vida melhor.

A cada ano que foi passando fui gostando cada vez mais deste setor lácteo, fui me apaixonando pela empresa, já passei por cada setor e sei o valor de cada um, sei o quanto é importante ter uma organização e ter pessoas capacitadas e dedicadas para evolução.

Sinto me realizada e agradeço a Deus por me dar saúde e determinação para continuar fazendo chuva ou fazendo sol, estou pronta para administrar e superar cada desafio que cruze nossos caminhos.

Marco Antônio C. Lemos Couto e Simone M. Andrade Couto, 27º Congresso Nacional de Laticínios.

Marco Antônio C. Lemos Couto e Simone M. Andrade Couto, 27º Congresso Nacional de Laticínios.

 

2. Ciência do Leite - São muitos os desafios no universo do empreendedor, desde a gestão de recursos à gestão de pessoas, nesse contexto, você já vivenciou situações em que sofreu resistência à sua liderança por ser mulher?

Resistência de alguns fornecedores que no contato direto com diretores não deram importância ao meu cargo. 

3 - Na sua perspectiva, o que as mulheres precisam fazer para poderem assumir posições de liderança e serem vozes ativas nos negócios?

No meu ponto de vista, a mulher só é frágil porque o psicológico dela faz ela ficar frágil. Somos fortes, somos esforçadas, inteligentes, não era para ter tantas diferenças.

Os tempos evoluíram, a mulher tem seu valor no mercado de trabalho, ainda há resistências de aceitação por parte de alguns homens, mas a mulher que corre atrás e se destaca ela faz a diferença.

 

4 - Desde o início até os dias atuais em que exerce as suas atividades frente a empresa Rica Nata, que contribui para a estruturação, desenvolvimento e surgimento de indústrias, queijarias artesanais e de diversos profissionais do setor lácteo, qual a sua perspectiva sobre o empreendedorismo feminino no mercado lácteo?

Desde o início tenho visto um crescimento no empreendedorismo feminino, agora bem mais.

A Rica Nata tem mais ou menos 45% de Clientes femininas. Isso significa que as mulheres avançam no setor.

5 - Quais foram as maiores dificuldades enfrentadas para gerir a empresa Rica Nata?

O próprio mercado do leite com as altas e baixas demandas.

Outro ponto é que por ser um nicho bem diferente, a concorrência com o meu próprio fornecedor sempre foi sido complicado, fazendo com que os preços não fiquem tão atrativos.

Todos os preços dos produtos dependem do mercado vão segundo o dólar que ultimamente está muito instável.

6 - Se fosse possível voltar ao passado, o que você hoje aconselharia para a Simone que iniciou esta jornada no setor lácteo?

Alguns erros foram mais por não saber planejar corretamente no passado, e por não ter ajuda de nenhum órgão. Tudo que fizemos até hoje foi com determinação e vontade de evoluir, contamos só com os colaboradores, clientes e os fornecedores.

Aconselharia a continuar mesmo sem contar com apoio de terceiros, a confiar em mim e no processo bem como o fiz ao longo dos anos. 

7 - Qual conselho você gostaria de deixar para as mulheres que estão lendo esta entrevista?

Meu conselho é que saiam da zona de conforto, somos mais fortes que pensamos e podemos sim fazer qualquer coisa que quisermos, basta ter um psicológico equilibrado, força de vontade, expediente e planejamento.

Aprendi sobre vendas aos meus 8 anos de idade, de lá pra ca foram muitos desafios percorridos, muitas barreiras ultrapassadas, hoje no comando da Rica Nata e do Ciencia do leite, me sinto uma mulher realizada, almejando o sucesso que os novos tempos trarão.

Nosso mais sincero agradecimento a Simone pela sua disponibilidade de tempo e atenção dada a nossa equipe para o desenvolvimento dessa edição especial ao dia da mulher, desejamos que pela sua contribuição de vida e a entrevista concedida ao nosso portal possamos ter amparado a diversas mulheres que se sentem inseguras no universo empreendedor. 

 

E você querido(a) leitor? Qual a sua opinião sobre o empreendedorismo feminino? Nos conte também se gostou deste editorial! Deixe o seu comentário logo abaixo, teremos prazer em ler. 

 

Lembre-se de acessar no nosso portal a entrevista completa de mais duas grandes mulheres que participaram dessa edição especial de dia das mulheres, Luiza Carvalhaes de Albuquerque e Maria Rosinete Souza Effting.

 

Por: Nayara Ferreira Greco - graduanda de Marketing Digital


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