03/07/2008 às 14h52min - Atualizada em 03/07/2008 às 14h52min

A embalagem como sinônimo de qualidade

As embalagens empregadas na área de alimentos precisam atender a parâmetros legais, tendo certificado de qualidade, de forma que seja possível garantir a inocuidade do material empregado, para que não se comprometa a qualidade do produto que está envolvendo. O segmento de embalagens tem oferecido ao setor de alimentos soluções que possuem praticidade, beleza e proteção. Algumas tecnologias têm sido utilizadas, no sentido de produzir embalagens que retardam a deterioração dos alimentos; assegurando a qualidade e sendo eficazes. O emprego desse tipo de embalagem tem sido impulsionado pela necessidade de garantir a concorrência. Como a competitividade é crescente, é preciso criar diferenciais que sejam capazes de conquistar o consumidor. E oferecendo excelência da qualidade em embalagens, podemos buscar o aprimoramento no sistema de atendimento às solicitações dos clientes mais exigentes. Investir em produtos de qualidade é um processo fundamental para o sucesso de qualquer empresa.

Embalagens que estão em contato direto com o alimento têm como principal objetivo oferecer proteção aos alimentos, conservando-os. Protegem os produtos lácteos contra a luz, já que ela é capaz de destruir vitaminas importantes; contra microorganismos, que são responsáveis pela deterioração e podem ocasionar problemas de saúde; contra o oxigênio presente no ar, que oxida determinadas substâncias, reduzindo a qualidade e a vida útil. Além disso, é essencial que a embalagem seja resistente ao transporte, de forma que não danifique o seu conteúdo, bem como apresente facilidade para ser destruída, ou mesmo, reciclável. 

A toda essa funcionalidade que é desejável em uma embalagem, é interessante ainda, que se agregue valor ao produto, que ela envolva e apresente baixo custo, facilidade de armazenamento e transporte de boa qualidade. Embalagens que permitam um bom sistema de logística e que valorizem o seu conteúdo, atraindo o cliente, são os alvos das indústrias de alimentos. Para tal, é necessário empregar novas tecnologias e desenvolver opções que atendam às necessidades do público consumidor. A embalagem está assumindo valores e funções diferenciadas a cada dia. Inicialmente, ela foi criada para proteger e transportar produtos, mas está se tornando cada vez mais importante, incorporando comunicações, aumentando tempo de vida do produto, proporcionando conveniência e conforto para nossas vidas. 

?As embalagens apresentam uma ampla variedade de formas, modelos e materiais e fazem parte de nossa vida diária de diversas maneiras, algumas reconhecidas e outras de influência bem sutil; todas, porém, proporcionando benefícios que justificam a sua existência. O produto e a embalagem estão se tornando tão inter-relacionados que já não podemos considerar um sem o outro. O produto não pode ser planejado separado da embalagem, que por sua vez, não deve ser definida apenas com base de engenharia, marketing, comunicação, legislação e economia. Além de evitar falhas elementares, o planejamento permite à empresa se beneficiar de fatores de redução de custos, através da adequação da embalagem quanto a tarifas de frete, seguro, dimensionamento apropriado para o manuseio, movimentação e transporte?. (Moura e Banzato, 1990). Podemos então concluir que a embalagem, nos dias atuais, agrega valor ao produto, logo se o comunicador final ou intermediário enxergar a embalagem como a própria imagem do produto, então ele agregará valor a marca e conseqüentemente se isso for imagem positiva ele passará a pagar o preço que a empresa achar justo para aquele determinado produto ou serviço. 

Na verdade a primeira função é despertar o entusiasmo da empresa pelo seu produto, fazendo com que toda a organização se dedique com maior vigor. Quando o design da embalagem é bonito e de qualidade, isto tem um efeito muito positivo sobre o produto e não apenas sobre o consumidor. A força de vendas, por exemplo, acredita mais no produto e o apresenta com convicção ao departamento de marketing. Este por sua vez tende a ver os produtos com bom design de embalagem como mais fáceis de comercializar o que acaba facilitando a entrada do produto no mercado. 

Um dos maiores especialistas em design de embalagem do Brasil, Fábio Mestriner, integrante do Núcleo de Estudos da Embalagem da ESPM de São Paulo e que acaba de lançar o livro "Gestão Estratégica da Embalagem" editado pela Editora Pearson afirma que não é preciso dizer o quanto à embalagem é importante para as empresas que atuam no segmento de consumo. No entanto, ele reforça que ainda não é possível estabelecer com facilidade qual é o grau de importância que as empresas atribuem a este fundamental componente de seus produtos de sua própria marca. Mestriner explica que a embalagem é uma poderosa ferramenta de Marketing permitindo que empresas de todos os tamanhos possam participar do mercado cada vez mais sofisticado valendo-se, exclusivamente, das embalagens de seus produtos para se comunicar com o consumidor, chamar sua atenção e conquistar sua preferência na hora da compra. 

A embalagem é a própria imagem da empresa. Essa afirmativa permite dizer que a venda de um determinado produto ou serviço depende quase que ?exclusivamente? de como a embalagem se mostra para o consumidor. Constatando essa informação, verificamos que a embalagem é um auto-serviço essencial para toda empresa. Nossa economia tem uma estrutura muito complexa, e a importância da embalagem dentro desse sistema está se tornando cada vez mais significativa. Ela contribui tanto para a diminuição das perdas de produtos primários, quanto para a preservação do padrão de vida do homem moderno. As embalagens são um grande diferencial competitivo, afinal, as grandes empresas podem usar a embalagem na comunicação e na mídia para apoiar seus produtos na competição de mercado. Vale lembrar que o consumidor forma conceito sobre o produto e seu fabricante através da embalagem, uma vez que a grande maioria das empresas de menor porte não conta com recursos para investir em propaganda intensiva. 

Não podemos tratar a embalagem como mais um insumo de produção, relegá-la a departamentos não especializados ou buscar apenas reduzir custos com este item - alerta Mestriner. ?A embalagem é um fator decisivo no novo cenário competitivo e as empresas que pretendem ter um lugar de destaque no futuro em suas áreas de atividade precisarão fazer dela algo realmente importante em sua gestão empresarial?. 

Segundo Rafaela Munaretto, especialista em embalagens, em artigo na Revista Agromais, devemos prestar atenção aos produtos nos pontos de venda. A temperatura de armazenamento e sistema de estocagem adequados são fatores importantes a serem cumpridos, para manter a boa aparência e a funcionalidade da embalagem. Uma outra alternativa interessante, largamente utilizada na indústria de laticínios é a embalagem a vácuo. Este tipo de embalagem, por não permitir que exista ar em contato com o produto, retarda a deterioração do alimento. Em geral, faz-se uso de um material termoencolhível que, além de dar melhor acabamento, elimina o oxigênio residual. No intuito ainda de prolongar a vida útil dos produtos, aplica-se o uso de atmosfera modificada em embalagens. Continuando a descrição feita por Rafaela Munaretto, o sistema consiste em retirar a maior parte do oxigênio presente nas embalagens, introduzindo uma mistura de gases composta por nitrogênio e dióxido de carbono. O objetivo é inibir a proliferação de microorganismos, crescimento de fungos e retardar a ação enzimática natural. Além do período prolongado de preservação, a embalagem com atmosfera modificada permite a redução e até eliminação de conservantes, fator que para o consumidor pode ser decisivo na hora da compra. 

Na área de lácteos, não podemos deixar de citar a embalagem longa vida. Desenvolvida pela empresa Tetra Pak é um tipo de embalagem cartonada, asséptica que emprega alta tecnologia e segue rigorosos padrões de qualidade. Além de conferir proteção e assegurar a qualidade do produto, facilita o processo de logística. Diante das variadas opções que o mercado de embalagens vem oferecendo, é importante analisar qual é a mais viável para o negócio da empresa, lembrando sempre do impacto e do poder que tem uma embalagem. 

No setor de alimentos, é preciso observar as tendências que o mercado vem impondo. Com o surgimento de famílias cada vez menores, onde as mulheres ocupam grande parte do seu tempo com a vida profissional, além do crescente número de pessoas que moram sozinhas, a indústria laticinista deve se atentar para isso. É necessário criar embalagens individuais, com porções reduzidas, onde o desembolso para aquisição é, também, relativamente menor. Esse tipo de preocupação faz com que a empresa se imponha no mercado e aumente a sua participação. Iogurtes em embalagens individuais, queijos em porções bem pequenas, requeijões em potes menores; todos esses produtos, que já existem no mercado, vêm inovando sempre mais para fazer parte da mesa do consumidor. 

Além disso, o desenvolvimento de embalagens que podem ser reaproveitadas pelo consumidor, é uma forte tendência. Copos que podem virar porta-lápis; latas em formatos diferenciados e com painel temático, usadas em decoração; caixas de papelão, que possuem impressão de joguinhos, palavras-cruzadas, quebra-cabeça, dicas... Tudo isso vale na hora de atrair o nicho mercadológico a que a empresa se propõe. E neste âmbito, é importante ressaltar o mercado infantil, que pode ser facilmente trabalhado, se as ferramentas corretas forem utilizadas.

Reciclagem de Embalagens 

Segundo a Associação Brasileira de Embalagens (ABRE), o Brasil apresenta elevados índices de reciclagem. O país desenvolveu métodos próprios para incrementar essa atividade e o maior engajamento da população pode contribuir ainda mais, para o aumento do índice de embalagens reaproveitadas. Os principais materiais de embalagens recicláveis são o plástico, o vidro, o alumínio, o papelão, o aço, as garrafas PET e as embalagens longa vida. 

Os plásticos compõem cerca de 10% do lixo brasileiro, ocupando considerável espaço no meio ambiente, por isso devem ser recuperados e reciclados. Atualmente no Brasil recicla-se apenas 15% do total de plásticos produzidos. Como o processo de reciclagem exige apenas 10% da energia utilizada no processo de produção primária, reciclar plástico é uma atividade viável. Porém, a contaminação do material com a matéria orgânica, areia ou óleo e a mistura de polímeros que não são quimicamente compatíveis prejudicam o processo de reciclagem. Sendo assim, os vários tipos de polímeros precisam ser identificados e separados para a reciclagem.

No caso do vidro, atualmente a taxa de reciclagem está em torno de 50%. Com um quilo de vidro se faz outro quilo de vidro, com perda zero e sem poluição para o meio ambiente. Além da vantagem do reaproveitamento de 100%, a reciclagem permite poupar matérias primas naturais. Esse material reciclado pode ser aplicado em segmentos como pavimentação de estradas, fibra de vidro, bijuterias e muitos outros. A reciclagem desse material não é maior devido ao seu peso, o que encarece o custo do transporte da sucata. O alumínio é reciclável sem perder as suas características, por isso latas e outros tipos de sucata, podem ser reutilizados como outros produtos semi-manufaturados de alumínio, com características técnicas necessárias para atender às diversas aplicações. Cerca de 96% da produção de latas de alumínio são recicladas no Brasil nos últimos anos. Contudo a contaminação com matéria orgânica, a mistura com outros materiais ou até mesmo excesso de umidade interferem na reciclagem do alumínio, dificultando sua recuperação para usos mais nobres.

No caso do papelão, aproximadamente 80% do volume produzido tem sido reciclado no Brasil e como as caixas de papelão normalmente não cabem em cestas de lixo, são coletadas separadamente diminuindo o risco de contaminação do material. Porém, a contaminação com outros materiais (plástico, óleo, ceras, e outros) prejudica muito a reciclagem.

As latas de aço devem estar livres das impurezas contidas no lixo, principalmente terra e outros materiais metálicos. O estanho em concentração elevada pode dificultar a reciclagem fazendo-se necessária à retirada deste por processos metalúrgicos que encarecem o processo de reciclagem. Se somarmos todos os segmentos do aço, o Brasil recicla cerca de 70% de todo o aço produzido anualmente. Dezenas de indústrias processam o PET pós-consumo, produzindo bens como embalagens para não-alimentícios, fibra de poliéster para indústria têxtil, mantas para obras de geotecnia, vassouras e escovas, cordas, produtos de uso doméstico, tubos para esgotamento predial, telhas, filmes e chapas. O índice de reciclagem brasileiro do PET é de 48%, um dos maiores do mundo, porém, o consumidor ainda não está totalmente informado sobre a possibilidade de reciclagem e o conseqüente valor econômico da garrafa PET pós-consumo. Com isso, as embalagens acabam descartadas no lixo comum. Por outro lado, a falta de sistemas eficientes de coleta seletiva impede a recuperação das garrafas, que acabam perdidas em aterros sanitários.

Os produtos longa vida apresentam a vantagem de poderem ser armazenados sem refrigeração, possuem embalagem com formato prático e seguro; por isso, estão sendo cada vez mais consumidos em todo território nacional. Contudo, merece atenção especial, a quantidade de lixo gerada pela embalagem. Uma solução para o problema é a reciclagem das embalagens. As embalagens longa vida são feitas em geral de papel, plástico e alumínio. O papel cartão corresponde a aproximadamente 75% da embalagem, o plástico polietileno de baixa densidade a 20% e o alumínio a 5%. Ou seja, todos os seus componentes podem ser reciclados.

A reciclagem do material das embalagens começa em fábricas de papel, onde as embalagens são agitadas com certa quantidade de água, separando-se assim, as fibras de papel dos demais componentes da embalagem. Após purificação do papel este está pronto para ser reutilizado. O material restante (alumínio e polietileno) pode ser reciclado por processos como a rotomoldagem ou a termo-injeção, originando diversos produtos como canetas, réguas, pallets, etc. A reciclagem das embalagens pode ainda originar placas e telhas, pela trituração das embalagens que depois serão prensadas com aquecimento, adquirindo a forma desejada. Pode-se ainda recuperar o alumínio das embalagens; através da queima controlada, eliminam-se os demais compostos, obtendo um lingote de alumínio.

Reciclar embalagens longa vida é uma alternativa viável, pois o papel cartão é valorizado em indústrias de reciclagem de papel, o polietileno é um substituto do polietileno de alta densidade em indústrias de plástico e o alumínio possui alto valor no mercado. Empresas que optam por empregar materiais de embalagens que são recicláveis agregam para si um apelo ambiental muito interessante. A imagem que a empresa transmite ao ser ?amiga do ambiente?, certamente atrai o consumidor. Assim, avalia-se que a reciclagem das embalagens longa vida é, sem dúvidas, uma alternativa válida para reduzir a quantidade de lixo produzida, reduzir o consumo de recursos naturais, além de ser considerado mais um ponto positivo pelo consumidor.

A embalagem que faz a diferença

Além da função de proteção que a embalagem possui, a verdadeira embalagem também promove o produto e estimula a sua venda. Ela age como ferramenta de marketing para as empresas alimentícias, chamando a atenção para a qualidade e característica do produto, visando criar interesse por parte do consumidor através da apresentação (logotipo, formato, material empregado, funcionalidade, facilidade de transporte). A embalagem, que é chamada de ?vendedor silencioso?, deve incentivar o público para a compra do produto. E ela o faz atraindo a atenção, identificando o produto para ligá-lo à publicidade geral, persuadindo-o à compra e colaborando na luta contra os concorrentes. A venda de um produto depende do modo pelo qual ele é visto no local de venda, por isso vale investir numa embalagem bem feita e que seja destaque não só pela sua qualidade, mas também pelo seu espírito criativo.

Os fatores que mais determinam o sucesso de uma embalagem, além da qualidade da mesma, são o formato, a praticidade do invólucro, a beleza de sua apresentação e o material utilizado, entre outros.

A eficiência do ponto de vista promocional da embalagem, depende dos seguintes preceitos: ter aparência atrativa e original que a individualiza e faça ressaltar na exposição; ser facilmente reconhecida pelo consumidor; ser, por si mesma, um incentivo à compra; ser facilmente descrita pelo consumidor; ter formas, desenhos e cores adequadas ao produto; levar em conta o estilo em voga nos produtos similares; adaptar-se ao principal incentivo do produto; utilidade, economia, luxo ou novidade; levar em conta o gosto médio do público a que se destina o produto; e possibilidade de ser aproveitada depois de vazia. Especialistas no assunto admitem que a embalagem perfeita é aquela que descreve o produto com exatidão, abre-se com facilidade, fecha-se quase que hermeticamente, acondicione o produto e permite o uso fácil, ser tão atraente aberta quanto fechada, contém tanto quanto foi anunciado, é tão funcional quanto decorativa, tão higiênica quanto prática e custa tão pouco quanto deveria custar. Resumindo: uma embalagem que, com qualidade, faz a diferença!

Boa parcela da produção de embalagem tem por destino a indústria de alimentos, que representa 37% do mercado de embalagens em toneladas, sem considerar as bebidas, de acordo com a Datamark (www.datamark.com.br). Das embalagens utilizadas, lideram em volume as embalagens metálicas, seguidas pelas embalagens plásticas e flexíveis. Embalagens de vidro e papel, excluindo o papelão ondulado, seguem empatadas. Vamos descrever um pouco sobre cada uma delas e as suas utilizações.

Cartão - As embalagens de cartão, para o mercado de alimentos, são utilizadas principalmente na forma de cartuchos, em muitos casos como embalagem secundária, e cartelas. Como cartucho, embala principalmente os alimentos congelados, os cereais, biscoitos, mistura para bolos, temperos e condimentos, sobremesas em pó, e chocolates. Podemos destacar os alimentos congelados, prontos para uso, nos quais as indústrias apostam em apresentações mais sofisticadas, com novos pratos e receitas.

Vidro - A embalagem de vidro, para a industria de alimentos, tem participação em segmentos como o de vegetais e doces em conserva, os mais representativos. As maioneses vêm a seguir; café; alguns tipos de vegetais e legumes; queijos; temperos e condimentos; geléias e cremes; alimentos infantis e doces de leite, entre outros. Produtos como o requeijão e a maionese tiveram no último ano o avanço de embalagens plásticas em polipropileno e PET, mas o vidro representa o maior volume de participação, com grande parte do mercado em volume de produto envasado do requeijão e de maioneses. Na categoria dos cafés a embalagem de vidro predomina no acondicionamento do café solúvel.

Metálicas - As latas de folhas de flandres tem seu principal mercado em volume no segmento de óleos comestíveis, gordura e leite em pó, principalmente. O consumo de óleo comestível, principalmente o de soja, continua a crescer no Brasil, que utiliza a fritura como a principal maneira de cozinhar. O leite em pó também é um importante produto para a lata de folha de flandres, com uma demanda de quase 70 mil toneladas de embalagens metálicas. Algumas das principais inovações apresentadas pelo setor de embalagens metálicas para alimentos foram criadas exatamente para produtos como achocolatados, leite condensado e café.

Flexíveis - As embalagens flexíveis se caracterizam por sua abrangência e variedade de aplicações e de estruturas de embalagens. O relatório da Datamark considera embalagem flexível qualquer estrutura, laminado ou combinação composta de dois ou mais materiais, inclusive as caixas assépticas. As chamadas ?monowebs?, compostas por um só material, não se incluem como flexíveis, mas como plásticos, papel monolúcido ou folha de alumínio. Uma gama de materiais, como alumínio, BOPP, celofane, papel, PEBD, poliamida, poliéster, polipropileno, PVC, PVDC se combinam possibilitando a produção de embalagens com as mais diversas características como barreira à umidade, à luz, ao oxigênio, às altas temperaturas, ao aroma e odores, à gordura, dependendo das necessidades de cada produto. O aspecto visual da embalagem também abrange variedade de possibilidades: transparente, metalizado, opaco, em forma de sache, envelopes, stand up pouches, almofadas, flow pack, além do volume utilizado sob a forma de rótulos, tampas, bisnagas, blisters, etc. A diversidade de produtos acondicionados em flexíveis é bastante abrangente. Podemos citar biscoitos, alimentos congelados, café, balas e doces, rações, massas, carnes industrializadas, chocolates, queijos, sorvetes, pães e bolos, desidratados, etc. As bisnagas laminadas, apesar de ainda pouco utilizados no setor de alimentos, começam a aparecer com maior freqüência em produtos como coberturas, maioneses, molhos, catchups e leite condensado, entre outros.

Plásticas rígidas - Separadas, injetadas ou termoformadas, as embalagens plásticas rígidas ganham constantemente novas aplicações no segmento de alimentos. Termoplásticos como o PEAD, polipropileno (PP), PET e PVC são os mais empregados, além de poliestireno (OS) sob a forma de garrafas, potes, copos, baldes, bombonas, entre outros. No segmento de margarinas, o pote de PP tem uma participação quase total. Com a evolução dos sistemas de injeção de parede fina, o PP está ampliando seus nichos de aplicação, aumentando a produtividade das linhas. Apesar do PET encontrar sua grande aplicação entre bebidas de todos os tipos, no segmento de alimentos, o PET conquistou larga participação em óleos comestíveis. Outros produtos, como molhos, catchup, vinagre, maionese, adoçantes entre outros, também incrementam a demanda pelo PET. O poliestireno (PS) é empregado em bandejas para carnes, aves e ovos, entre outros e também na produção de copos e potes para iogurtes e sobremesas. 

Palavras de Guilherme Lyra, fundador e sócio-diretor da Esboço Designers, empresa paulistana de vinte anos que atua na área de comunicação visual de embalagem: ?O empresariado está acordando para a importância da comunicação visual por embalagens como instrumento valioso e eficiente do design no fortalecimento da confiabilidade do produto e na expansão das vendas?. Até bem pouco tempo, as empresas eram forçadas a relegar a segundo plano a preocupação com marca, embalagem e visual do produto ? preocupação quase exclusiva de multinacionais e de grandes empresas ? para dedicar total e permanente atenção à quantidade de medidas e planos governamentais e as dificuldades econômicas que a todo instante exigiam enormes esforços dos setores produtivos. Hoje, uma estrutura econômica mais estável permite ao empresário pensar e planejar e dedicar-se unicamente à sua área de atuação. O consumidor compra a embalagem por vários motivos, destacando-se a marca e a qualidade do produto. No ponto de venda, o produto nacional vai concorrer, lado a lado, com outros, incluindo estrangeiros, em preço, qualidade, marca, imagem e apresentação.


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