01/02/2011 às 16h46min - Atualizada em 01/02/2011 às 16h46min

Índice Cepea aponta aumento de 3% da captação de leite em 2010

Cepea

O Índice de Captação de Leite calculado pelo Cepea (ICAP-Leite) fechou 2010 com aumento de 3,05% em relação a 2009 - são apurados, por amostragem, os volumes médios diários nos estados do RS, PR, SP, MG, GO e BA. Em Minas Gerais, São Paulo, Rio Grande do Sul e Paraná houve aumentos entre 4% e 6% na captação de leite no período, ao passo que, em Goiás, verificou-se diminuição.

Em dezembro/10, o ICAP-Leite aumentou apenas 0,4% frente ao mês anterior – média dos seis estados desta pesquisa. Houve leves recuos na captação diária nos mercados paranaense e gaúcho. Em Minas Gerais, o índice se manteve praticamente estável. Em Goiás, a captação aumentou 2,5% e, em São Paulo, 1,3%.

As adversidades climáticas continuaram limitando a oferta de leite em algumas regiões em janeiro. No sul do Rio Grande do Sul, a seca devido ao fenômeno La Niña afetou as pastagens e, com isso, a captação de leite. No Sudeste, em algumas regiões, as chuvas em excesso dificultaram principalmente o transporte do leite.

Em janeiro, o preço médio pago pelo leite aos produtores teve leve aumento de 1,2% (0,9 centavo por litro) frente a dezembro/10, indo para R$ 0,7294/litro (valor bruto). Em relação a janeiro/10, o valor atual (janeiro/11) apresenta valorização (nominal) de 22%. Desde setembro/10, quando as fortes quedas deram espaço à estabilidade ou mesmo a pequenas altas, o valor médio subiu 5,4% em termos nominais (sem descontar a inflação). Entre maio e agosto, entretanto, mesmo sendo período de entressafra na maior parte do País, o preço pago ao produtor caiu aproximadamente 13%.

A expectativa de agentes do setor é de mercado firme. Para o pagamento de fevereiro (referente à produção entregue em janeiro), 63% dos compradores entrevistados – que representam 74,2% do volume de leite amostrado – acreditam em estabilidade de preços. A parcela de 22% dos representantes de laticínios/cooperativas (que respondem por 16% do volume da amostra) acredita em nova alta, enquanto 15% dos entrevistados (responsáveis por cerca de 10% do volume amostrado) esperam queda de preços.

No mercado spot (comercialização entre as empresas/cooperativas), o leite cru continua nos mesmos patamares, o que reitera a expectativa da maioria dos compradores sobre preços firmes aos produtores.


JANEIRO 

O Rio Grande do Sul foi o estado que obteve a maior alta de preços em janeiro, de 4,6% (ou cerca de 3 centavos por litro) frente a dezembro/10, com litro indo para R$ 0,6815 – valor bruto. O preço médio em Santa Catarina teve aumento de 1,9% (1,4 centavo por litro), passando para R$ 0,7514/litro. No Paraná, houve alta de 1,1% (0,8 centavo por litro), com média de R$ 0,7553/litro.

Em São Paulo, o preço médio teve aumento de 1,2% (0,9 centavo por litro), com o litro a R$ 0,7146. Em Goiás e Minas Gerais, os preços se mantiveram praticamente estáveis. No estado goiano, houve leve alta de 0,4%, a R$ 0,7397/litro e, em Minas Gerais, os preços tiveram leve recuo de 0,3%, a R$ 0,7211/litro. Na Bahia, houve queda de 2,5% (1,6 centavo por litro), com a média caindo para R$ 0,6373/litro.

 


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