17/08/2016 às 14h11min - Atualizada em 17/08/2016 às 14h11min

Avanços genéticos na produção do gado zebu atraem criadores da Índia

Uma exposição em Uberaba, Minas Gerais, revela os avanços genéticos do gado zebu no Brasil. Os bons resultados estão atraindo criadores da Índia, que conhecem esse gado há milênios.

A maior parte do rebanho brasileiro é formada de raças de origem indiana. Pioneiros cruzaram o oceano em busca do gado zebu. Ao longo de mais de um século, essas raças evoluíram muito no Brasil.

O gado gir, por exemplo, não tinha toda aptidão leiteira de hoje quando foi trazido da Índia. Desde então, o Brasil aprimorou tanto a genética desses animais que atualmente uma vaca gir, criada a pasto e com pouca suplementação, produz uma média de 20 quilos de leite por dia. Em um torneio leiteiro com alta suplementação, esses animais conseguem produzir até 70 quilos de leite por dia.

Agora os indianos estão atrás desse aprimoramento. Eles querem a genética brasileira para melhorar a pecuária indiana, especialmente a de leite. Por isso, fazem o caminho inverso. Uma comitiva do país asiático esteve esta semana em Uberaba, no triângulo mineiro, durante a Expogenética. O pecuarista indiano Gopal Bharadada explicou porque a genética bovina brasileira tem chamado a atenção na Índia. “É por causa da procedência, do fato do gado ter registro e avaliações. E também pelo clima tropical na índia, que é parecido com o Brasil. Por isso buscar genética daqui é uma boa ideia”, diz.

A visita não ficou só na observação. Foram negociadas 40 mil doses de sêmen de gado gir. Cada dose saiu a R$ 70. Parte do dinheiro vai direto para o bolso dos pecuaristas brasileiros.

Segundo a Associação Brasileira de Criadores de Gado Zebu – ABCZ o interesse dos indianos pelo zebu brasileiro abrange várias raças além do gir, como o guzerá, o sindi e as linhagens de nelore com aptidão para leite.

Fonte: Cenário MT


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