24/03/2014 às 07h35min - Atualizada em 24/03/2014 às 07h35min

Oferta menor eleva o preço do leite em Santa Catarina, destaca Faesc

CNA

A base produtiva rural reduziu a oferta de leite, as indústrias estão processando menos matéria-prima e o volume geral de lácteos que chega ao varejo está menor. Resultado: o preço do leite começa a subir.

Essa alta será – neste mês – de pelo menos 6,7% para o produtor rural e deve ter repercussão correspondente no preço final pago pelo consumidor, no varejo, de acordo com o vice-presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina - Faesc, Nelton Rogério de Souza.

“Esse movimento é absolutamente normal para esta época do ano. Depois de cinco meses de queda era esperado que em março iniciasse a escalada de recuperação da renda daqueles que se dedicam à pecuária leiteira”, expõe.

A conjugação de vários fatores resulta, a partir deste mês, na elevação do preço do leite recolhido nos estabelecimentos rurais. A seca que atingiu o oeste provocou queda de 20% na produção catarinense. As pastagens de verão já foram consumidas e o excesso de calor reduziu o volume de ingestão das vacas que, comendo menos, produziram menos leite. Agora, a temperatura começa a cair e a influenciar a produtividade do rebanho leiteiro.

As exportações de lácteos não cessaram e, por outro lado, as importações baixaram em face da valorização do dólar. Assim, é a redução da oferta de leite que faz o preço subir, assinala Nelton.

Os valores de referência dessa matéria-prima, projetados para este mês de março pelo Conselho Paritário Produtor/Indústria de Leite do Estado (Conseleite), confirmam aumento de 6,7%. De acordo com projeção do Conseleite, os valores de referência sobem 6,7%, neste mês de março para o leite-padrão (R$ 0,8174 o litro), para o leite de qualidade acima do padrão (R$ 0,9400) e para o leite abaixo do padrão (R$ 0,7431).

Na segunda quinzena de abril, o Conselho volta a se reunir para anunciar os números definitivos de março e a nova projeção mensal. Embora tenha esses valores como referência negocial, o mercado – como de praxe – está praticando preços levemente superiores, em torno de R$ 0,90/litro.

Santa Catarina é o quinto produtor nacional, o Estado gera 2,7 bilhões de litros/ano. Praticamente, todos os estabelecimentos agropecuários produzem leite, o que gera renda mensal às famílias rurais e contribui para o controle do êxodo rural. O oeste catarinense responde por 73,8% da produção. Os 80.000 produtores de leite (dos quais, 60.000 são produtores comerciais) geram 7,4 milhões de litros/dia.

 


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