A queijaria artesanal da Fazenda Coqueiral, propriedade do diretor do grupo Jornal de Brasília Comunicação LTDA, Lourenço Peixoto, recebeu a visita da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Estado de Goiás (Seapa-GO). A ida da pasta até o local marca a aproximação do governo não somente com a fazenda, mas também com outros produtores rurais da região, valorizando os produtos agrícolas de pequenos produtores do estado.
Sendo a primeira queijaria do estado a receber o Selo Arte do Ministério de Estado da Agricultura, certificado vindo diretamente das mãos da ministra Tereza Christina, a Fazenda Coqueiral se tornou, portanto, referência para outros produtores da região que desejam ter a fabricação e distribuição do próprio queijo – e de outros produtos – tanto no Centro-Oeste quanto a nível nacional e internacional.
Segundo Lourenço, é possível alcançar o patamar dos queijos artesanais Sofia e Rosália, ambos tipo A, produzidos na Fazenda Coqueiral, deixando para trás as antigas comparações com grandes empresas de laticínios e valorizando o potencial do estado. “Esta [a produção de queijos da Fazenda Coqueiral] é a representação dessa localidade. Estamos no pé da Serra dos Pirineus e esse é o queijo que não precisa dar nome para outros estados. Podemos garantir que é de Goiás”, afirmou.
“Tenho muito orgulho de dizer que quando coloco meus rótulos eu não preciso dizer que é um tipo ou outro. E eu acredito que esse tipo de representação vai ajudar outras pequenas queijarias, que estão à margem da possibilidade de vender para fora de Goiás. Estou aberto para mostrar o que nos levou a ser o primeiro Selo Arte do estado”, continuou.
“A Fazenda Coqueiral demonstra que é possível o produtor rural se especializar e produzir sem ser um laticínio, mas sim uma queijaria; e ter acesso ao mercado. Isso traz nossa cultura, nossas raízes e facilita o turismo rural, mostrando onde e como a gente produz, tendo muito orgulho do nosso estado”, disse Donalvam. Há a expectativa de ser promovido, ainda este ano, uma espécie de torneio regional de produtores de queijo, iniciando o incentivo da economia local.
Os empecilhos para a realização do Turismo Rural no Caminho de Cora Coralina – trilha de longo curso, com mais de 300 quilômetros de extensão, que liga cidades turísticas goianas, desde Corumbá até Cidade de Goiás – são estruturais, uma vez que muitos produtores possuem boas oportunidades de turismo, mas que estão mal aproveitadas por despreparo para receber visitantes.
“Por muito tempo o estado ficou inerte, sendo que temos muitas riquezas. O Turismo Rural, por exemplo, nunca foi discutido. E o que fizemos agora foi algumas secretarias do estado e mapeamos as propriedades que estão na rota Cora Coralina para fornecer alternativas econômicas por meio do turismo. Experiências com voltas a cavalo, cafés da manhã, e queijos, por exemplo, vendem”, disse Donalvam sobre a iniciativa do estado de Goiás.
De acordo com o superintendente, foi possível mapear as propriedades dentro do Caminho de Cora Coralina e identificar os problemas existentes, como falta de acessibilidade, despreparo de ambientes, etc. O próximo passo é contactar as prefeituras para procurar uma solução em conjunto sobre as dificuldades encontradas. “É algo mínimo, mas que é muito importante para ligar turistas aos produtores locais”, destacou. “Tem muita oportunidade que podemos aproveitar melhor.”
Já inserida dentro dos 300 quilômetros da trilha, a Fazenda Coqueiral também foi aprovada pela equipe da Superintendência como sendo um ponto preparado para receber turistas e ciclistas que se aventuram na rota rural.
Com pouco mais de 800 hectares, a fazenda é a responsável pela produção dos queijos artesanais Sofia e Rosália, batizados em homenagem à filha e à esposa de Lourenço, respectivamente. Todo o processo de desde a ordenha das vacas até o armazenamento e início da produção não há contato humano direto com o leite, que perpassa um sistema moderno de canos de aço inoxidável e armazenamento com capacidade para até 300 litros. Os queijos da fazenda são conhecidos pelo sabor suave e maciez.
“Quando você o morde, sente o ranger dos dentes, e aí está a diferença principal do queijo da Coqueiral. É um queijo que vai maturando ao longo do tempo, cada vez melhor. Tem várias fases e o pessoal entendeu que é único, que não é curado, como o da Serra da Canastra. Esse é o queijo da Coqueiral. Isso me deixou muito feliz. Entenderam o nosso diferencial”, destacou Lourenço ao Jornal de Brasília ao receber o Selo Arte.
Fonte: Jornal de Brasília
