20/02/2014 às 10h57min - Atualizada em 20/02/2014 às 10h57min

Lácteos- consumo maior, saúde melhor

Alto consumo de lácteos pode melhorar resistência à insulina, sem afetar o peso corporal e o estado dos lipídios. Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Buffalo e da Universidade de Manitoba descobriu que o consumo de alimentos lácteos de baixo teor de gordura em grandes quantidades durante um período de seis meses melhorou o marcador de resistência à insulina em adultos saudáveis. 

Além disso, não teve efeito negativo sobre o peso corporal e composição, gasto de energia, pressão arterial, glicemia e respostas dos lipídios e lipoproteínas no sangue. 

O estudo, publicado no Journal Nutrition, teve como organizador Todd C. Rideout. PhD e professor assistente do Departamento de Exercícios e Ciências da Nutrição da Escola de Saúde Pública e Profissões de saúde da Universidade de Buffalo. 

“Descobriu com a pesquisa que aqueles que consumiram quatro porções de produtos lácteos por dia durante um período de seis meses responderam com uma redução de 9% na insulina plasmática e 11% de redução em um marcador de resistência à insulina, que é a incapacidade do organismo em utilizar adequadamente a insulina”., disse Rideout. 

Síndrome de resistência à insulina ou síndrome metabólica é uma combinação que aumenta o risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares e da diabetes. 25% dos estadunidenses têm a síndrome e sua predominância aumenta coma idade. “Nosso estudo foi projetado para examinar especialmente os efeitos do leite desnatado e iogurte com baixo teor de gordura. 

É importante distinguir os produtos e definir como os diferentes alimentos lácteos têm mostrado distintas respostas metabólicas. Determinar os benefícios específicos para a saúde humana motivado pelo consumo de cada produto lácteo e de seus componentes bioativos será crítico para futuras investigações baseadas em lácteos”, afirmou o pesquisador. 

O estudo utilizou 23 indivíduos considerados saudáveis antes da pesquisa e que tinham entre 18 e 75 anos. “Eles completaram o estudo aleatório e cruzado em 12 meses”, relatou Rideout. 

Durante os primeiros seis meses, o grupo de “alto consumo” teve a sua dieta com quatro porções diária de lácteos (restrita a leite ou iogurte com baixo teor de gordura) e o outro, com baixa quantidade de cálcio, apresentava sua dieta com no máximo duas porções de lácteos desnatados por dia. 

No segundo semestre do estudo, os grupos trocavam de tratamento, ou seja, os que estavam consumindo quatro porções de lácteos passaram a consumir pouco e vice-versa. Durante ambas as partes do estudo sempre foram avaliadas as respostas metabólicas no começo, no meio e no fim dos períodos. 

“Nos grupos com alto consumo de lácteos, os níveis de insulina plasmática diminuíram aproximadamente em 9% e a resistência à insulina foi reduzida em 11% quando comparados com o outro grupo. 

No entanto, esses resultados requerem uma verificação com estudos adicionais de longo prazo, medidas adequadas para aumentar as pesquisas sobre o assunto e estudos futuros que devem também ser projetados para examinar melhor os efeitos metabólicos específicos dos produtos lácteos e dos componentes bioativos derivados deles”, conclui Rideout.




Autor: Pat Donovan

Referências bibliográficas: 

Revista + Leite a revista do setor lácteo 
Ano III n 35


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