20/02/2014 às 10h57min - Atualizada em 20/02/2014 às 10h57min

Leite nas alturas

Um copo diário de leite durante a gravidez faz com que o filho seja mais alto.

A ingestão de leite pela mãe é utilizada na promoção do crescimento de bebês recém-nascidos, no entanto, pesquisa mais recente sugerem que os benefícios duram até o início da idade adulta. Ou seja, crianças nascidas de mulheres que bebem leite durante a gravidez são mais propensas a serem altas quando forem adolescentes, mostrou nova pesquisa do European Journal of Clinical Nutrition. 

Uma equipe de cientistas que conduz bebês nascidos no final dos anos oitenta concluiu que a altura durante a adolescência estava diretamente relacionada com a quantidade de leite que suas mães consumiram quando estavam grávidas. 

Na década de 80, especialistas em nutrição da Islândia, Dinamarca e EUA quiseram descobrir se os benefícios observados nos primeiros estágios da vida do leite seriam ampliados aos anos posteriores. Eles seguiram os bebês nascidos de 809 mulheres na Dinamarca, entre 1988 e 1989, depois de monitorar o quanto de leite as mulheres haviam consumido durante a gravidez. Os bebês foram medidos por peso e comprimento ao nascer e quase 20 anos depois. 

Os resultados, publicados no European Journal of Clinical Nutrition, mostram que adolescentes de ambos os sexos eram geralmente mais altos, quando suas mães tinham bebido mais de 150 mililitros por dia durante a gravidez, em comparação com crianças oriundas de mulheres que bebiam menor quantidade. 

Ao final da adolescência, o grupo de jovens estudado também tinha níveis mais elevados de insulina na corrente sanguínea, o que sugere que eles apresentariam menos risco de contrair diabetes tipo 2. 

Em um relatório sobre as condições, pesquisadores disseram que o de leite materno pode ter um efeito de promoção do crescimento com relação ao peso e comprimento do bebê ao nascer. Esses resultados também fornecem uma insinuação de que o efeito pode até mesmo acompanhar o indivíduo na idade adulta.

No início deste ano, cientistas britânicos descobriram que mulheres grávidas poderiam aumentar o QI de seus bebês ao beber mais leite, pois, o alimento é rico em iodo. Eles analisaram mais de mil mulheres grávidas e descobriram que aqueles que consumiram menor quantidade de iodo (também encontrado em outros produtos lácteos e peixes) foram mais propensos a ter filhos com QI mais baixo e menores habilidades de leitura. O iodo é essencial para a produção de hormônios produzidos pela glândula tiróide, o que tem um efeito direto sobre o desenvolvimento do cérebro do feto.            




Autor: Pat Hagan

Referências bibliográficas: 

Revista + Leite - A revista do setor lácteo 
Ano III n 35


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