15/08/2012 às 08h10min - Atualizada em 15/08/2012 às 08h10min

Leite com sabor: uma alternativa nutritiva para crianças - parte 1

A obesidade/sobrepeso infantil é uma séria preocupação de saúde pública nos Estados Unidos (1-4). Em um esforço para lidar com a epidemia de obesidade infantil no país, tem sido dada atenção a uma melhora nas opções de alimentos para as crianças, particularmente aumentando a ingestão de alimentos densos em nutrientes e reduzindo a ingestão de bebidas com adição de açúcar que contribuem para o excesso de calorias e fornecem poucos nutrientes essenciais (1). As preocupações sobre calorias e adição de açúcar como componentes de alimentos e bebidas individuais, ao invés de focar no teor total de nutrientes do alimento ou da dieta total, tem colocado o leite desnatado com sabor (achocolatados, por exemplo), um alimento rico em nutrientes, em risco e não será oferecido às crianças, especialmente nos programas de lanche escolar. Algumas escolas dos Estados Unidos, em resposta a debates relacionados ao leite com sabor feito por campanhas locais contra a obesidade, mídia massiva ou pais, eliminaram o leite com sabor dos lanches escolares (5).

O leite com sabor é o leite puro de vaca com algum sabor (como chocolate, morango) e uma pequena quantidade açúcar adicionado (6,7). Recentemente, leites com sabor com menos adição de açúcar e menos calorias foram lançados no mercado (8). Um exemplo é o leite com chocolate, desnatado, fornecendo 143 calorias e 24 gramas de açúcares totais (isto é, 12 gramas de lactose, açúcar naturalmente presente no leite, e 12 gramas de açúcar adicionado) por porção de 8 onças (236,58 mililitros). 

As recomendações para eliminar o acesso das crianças ao leite com sabor nos lanches escolares podem ter sido feitas sem a consideração das potenciais consequências inesperadas com relação à ingestão de nutrientes pelas crianças e saúde e a ciência apoia os benefícios nutricionais do leite com sabor para as crianças. Embora a obesidade infantil tenha alcançado proporções epidêmicas, muitas crianças não estão consumindo o número recomendado de porções de alimentos densos em nutrientes de importantes grupos de alimentos, reduzindo, dessa forma, a ingestão de nutrientes essenciais para o crescimento e o desenvolvimento (1,2,9-12). É importante que qualquer intervenção feita para ajudar as crianças a alcançar e manter um peso saudável seja balanceada com as necessidades delas por nutrientes essenciais para o crescimento e o desenvolvimento.

Esse artigo revisa o bem-estar nutricional das crianças; a ciência que apoia os benefícios nutricionais do consumo de leite com sabor pelas crianças; o impacto negativo da eliminação do leite com sabor dos programas de lanches escolares na ingestão de leite e disponibilidade de nutrientes; uma prospectiva sobre as preocupações relacionadas ao leite com sabor e o compromisso da indústria de lácteos para reformular os leites com sabor para conter menos açúcares adicionados e menos calorias; e o suporte científico e de organizações de saúde ao leite com sabor.

Bem estar nutricional das crianças em risco

Quase 32% das crianças e adolescentes dos Estados Unidos com idade de 2 a 19 anos estão com sobrepeso ou obesos e quase 17% estão obesos, de acordo com dados nacionais recentes (3). No Brasil, a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF 2008-2009) realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em parceria com o Ministério da Saúde, apresentou um aumento importante no número de crianças acima do peso no país, principalmente na faixa etária entre 5 e 9 anos de idade. O número de meninos acima do peso mais que dobrou entre 1989 e 2009, passando de 15% para 34,8%, respectivamente. Já o número de obesos teve um aumento de mais de 300% nesse mesmo grupo etário, indo de 4,1% em 1989 para 16,6% em 2008-2009. Entre as meninas esta variação foi ainda maior. Mesmo tendo sido utilizadas curvas diferentes para diagnóstico nos anos de 1989 e 2008-2009 e isso possa ter influenciado em números tão alarmantes, o crescimento não foi de igual proporção na faixa etária entre 10 e 15 anos, que também usou as mesmas curvas, indicando uma real gravidade nos números - veracidade reforçada ainda pelo aumento da mediana do peso no grupo entre 5 e 9 anos de idade (52). Além disso, muitas crianças não consomem as porções recomendadas diárias de alimentos densos em nutrientes dos grupos alimentares básicos, como alimentos lácteos, frutas, vegetais e grãos integrais (2,9-12). Com resultado disso, as crianças estão em risco de terem ingestões menores do que o recomendado de nutrientes específicos como cálcio, vitamina D, potássio e fibras (1). As recomendações dietéticas recentemente divulgadas pelo Instituto de Medicina dos Estados Unidos para cálcio e vitamina D identificam as meninas adolescentes de idade de 9 a 18 anos como grupo de risco de deficiência de cálcio, um nutriente essencial para a saúde dos ossos (13).

O Guia Dietético para Americanos de 2010 reconhece a importância dos alimentos lácteos como parte de uma dieta saudável e recomenda 2 copos de leite desnatado e produtos lácteos por dia para crianças com idade de 2 a 3 anos, 2 copos e meio para crianças de 4 a 8 anos e 3 copos para crianças de 9 anos ou mais (1). Infelizmente, muitas crianças consomem quantidades menores de lácteos do que o recomendado (2,10,12). De acordo com dados da Pesquisa Nacional de Avaliação Nutricional e de Saúde (NHANES, sigla em inglês) de 2007-08, mais de 50% dos meninos com idade de 9 a 18 anos e mais de 90% das meninas dessa idade não consomem as quantidades recomendadas de leite e produtos lácteos (2). Os dados da pesquisa nacional revelam que a diferença entre as porções recomendadas e o consumo médio diário de produtos lácteos começa já aos 4 anos de idade (12).

Nas últimas décadas, grandes mudanças no consumo de bebidas entre crianças dos Estados Unidos com idade de 2 a 18 anos ocorreram, com um aumento nas bebidas adoçadas com baixo teor de nutrientes (refrigerantes, sucos de fruta) e uma redução no consumo de leite (14,15). De acordo com dados recentes do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), o consumo de leite pelas crianças no final da década de setenta era mais de três vezes o consumo de refrigerantes, enquanto em 2003-2006, as crianças consumiam quantidades aproximadamente iguais de cada bebida (15). Dados da NHANES 2005-2006 indicam que as bebidas adoçadas com açúcar (refrigerante e sucos de fruta) eram a principal fonte de calorias devido ao açúcar adicionado e que essas bebidas contribuíam com 173 calorias por dia e 22% de calorias vazias (calorias de açúcar adicionado e gordura sólida) para a dieta das crianças (16). Não somente o consumo de bebida das crianças mudou nas últimas décadas, mas também, à medida que as crianças entram na adolescência, sua ingestão de leite geralmente cai, enquanto sua ingestão de bebidas densas em calorias, mas pobres em nutrientes, aumenta (17,18).

Benefícios do consumo de leite com sabor pelas crianças

Pesquisas mostram que o consumo de leite com sabor pode ajudar a reduzir as diferenças entre as ingestões reais e recomendadas de leite e produtos lácteos e de nutrientes do leite, necessários para o crescimento e o desenvolvimento. As crianças que bebem leite com sabor tendem de forma geral a beber mais leite e menos refrigerantes e sucos de frutas do que aquelas que não bebem leite com sabor, de acordo com dados de quase 4.000 crianças em idade escolar e adolescentes que participaram de uma pesquisa feita pelo USDA em 1994-96 e 1998 (19). Da mesma forma, crianças e adolescentes que consomem leite com sabor reportaram maiores ingestões totais de leite do que aquelas que bebem apenas leite puro, de acordo com dados de mais de 7.500 crianças e adolescentes com idade de 2 a 18 anos que participaram da NHANES 1999-2000 (20). 

O sabor é um importante fator que influencia a preferência das crianças por leite com sabor. O leite com sabor, sendo a maioria oferecida nas escolas americanos na forma desnatada (18,21,22), é a escolha mais popular entre as crianças estudantes, sendo responsável por quase 70% do leite escolhido pelas crianças que participaram do Programa Nacional de Lanche Escolar (21). Em alguns grupos étnicos, como entre os hispânicos que estão acostumados com o leite integral, o leite com sabor, como o de chocolate e de laranja, ajuda a aumentar a aceitação do menor teor de gordura do leite pelas crianças e adolescentes (23). 

A capacidade do leite com sabor de aumentar o consumo de leite pelas crianças é importante considerando a recomendação do guia americano de 2010 de aumentar o atual consumo de lácteos desnatados para os níveis recomendados (1). Além disso, o guia afirma que evidências moderadas indicam que a ingestão de leite e produtos lácteos está positivamente associada com a saúde dos ossos, especialmente em crianças e adolescentes, e aqueles que consomem leite logo no começo da vida tem mais chances de continuar consumindo quando adultos (1).

Assim como o leite puro, o leite com sabor fornece nove nutrientes essenciais: cálcio, potássio, fósforo, proteína, vitaminas A, D e B12, riboflavina e niacina (equivalentes de niacina) (6). Os estudos mostram que o consumo de leite com baixo teor de gordura ajuda as crianças a aumentar sua ingestão de nutrientes do leite (19,20,24). Por exemplo, um estudo mostrou que as ingestões - com a quantidade de energia ingerida ajustada - de vitamina A, cálcio, fósforo, magnésio e potássio foram significantemente maiores para crianças que bebem leite com sabor ou leite puro do que entre as crianças que não bebem leite (20). Entre as meninas de 12 a 18 anos, a ingestão de cálcio entre os consumidores de leite com sabor e exclusivamente consumidores de leite puro era quase o dobro da ingestão de cálcio entre os não consumidores de leite (20). Uma porção de 8 onças (236,58 mililitros) de leite fornece 300 miligramas de cálcio, que é 42% dos 800 miligramas de cálcio recomendado para crianças de 1 a 3 anos, 33% dos 1.000 miligramas de cálcio recomendadas para crianças de 4 a 8 anos e 23% das 1.200 miligramas de cálcio recomendadas para crianças de 9 a 18 anos (6,13). 

O consumo de leite com sabor (e puro) pelas crianças aumenta a ingestão de cálcio e potássio, nutrientes identificados pelo Guia Dietético dos Estados Unidos de 2010 como nutrientes deficientes nas dietas das crianças (1,19,20). De fato, o leite fluido é a fonte alimentícia número um desses nutrientes na dieta americana (25). Uma análise retrospectiva das dietas de mais de 3.000 crianças com idade de 6 a 17 anos mostrou que as dietas gerais das crianças foram melhoradas quando elas escolheram o leite com sabor e o iogurte ao invés de refrigerantes e bebidas adoçadas (24).

Consequências inesperadas da eliminação do leite com sabor da dieta das crianças

Estudos recentes mostram que quando o leite com sabor, como o leite com chocolate, é eliminado das refeições escolares, existe uma redução no consumo de leite (26,27). Quando o leite com sabor foi removido dos lanches escolares e das ofertas à la carte e somente o leite puro estava disponível nas escolas de um distrito em Connecticut, as vendas de leite medidas durante um período de três meses caíram em todas as séries, de 37% a 63% dependendo da série (26). Em um grande estudo em 58 escolas primárias e secundárias em sete escolas dos Estados Unidos mostraram que quando os estudantes não tinham a opção de leite com sabor, o consumo de leite caia dramaticamente (27). Além disso, os pesquisadores mostraram que seria difícil e caro para as escolas substituir os nutrientes perdidos com a menor ingestão de leite. Esse estudo incluiu quase 700 medições diárias durante mais de três meses. O consumo de leite entre os estudantes caiu em média em 35% quando somente o leite puro foi oferecido, com algumas escolas vendo um declínio em mais de 50%. O decréscimo no consumo de leite entre os estudantes persistiu durante mais de um ano. Nas escolas em seu segundo ano, os estudantes consumiram 37% menos leite em média comparado com quando o leite com sabor estava disponível (27).

Para substituir os nutrientes perdidos pelo declínio no consumo de leite, os pesquisadores estimaram que seriam necessários três a quatro itens alimentícios diferentes para ser comparável à contribuição de nutrientes do leite, adicionando mais calorias e gordura do que tinham sido reduzidas e custando às escolas até US$ 4.600 mais anualmente por 100 estudantes (27).

Sobre a autora: Juliana Santin    Piracicaba - São Paulo

Médica veterinária formada pela FMVZ/USP em 1999. Contribue com a geração de conteúdo nos portais da AgriPoint nas áreas de mercado internacional e Leite/Carne & Saúde.


 

 




Autor: Juliana Santin

Referências bibliográficas: 

1. U.S. Department of Agriculture and U.S. Department of Health and Human Services. Dietary Guidelines for Americans, 2010. 7th Edition. Washington, DC: U.S. Government Printing Office, December 2010. www.dietaryguidelines.gov. Accessed May 6, 2011.
2. 2010 Dietary Guidelines Advisory Committee. Report of the Dietary Guidelines Advisory Committee on the Dietary Guidelines for Americans, 2010. www.cnpp.usda.gov/DGAs 2010-DGACReport.htm. Accessed May 6, 2011.
3. Ogden, C.L., M.D. Carroll, L.R. Curtin, et al. JAMA 303: 242, 2010.
4. American Dietetic Association. J. Am. Diet. Assoc. 108: 1038, 2008.
5. Artemis Strategy Group for Dairy Management, Inc.T Flavored Milk in Schools: A Case Study of Four Local Markets. January 7, 2010.
6. U.S. Department of Agriculture, Agricultural Research Service. USDA National Nutrient Database for Standard Reference, Release 23, 2010 www.ars.usda.gov/ba/bhnrc.ndl. Accessed
May 6, 2011.
7. U.S. Department of Agriculture, Agricultural Research Service. USDA Database for the Added Sugars Content of Selected Foods. Release 1. February 2006. www.ars.usda.gov/nutrientdata. Accessed May 6, 2011.
8. Dairy Management, Inc.T New lower-calorie flavored milk formulations address nutrition issues and win kids' approval. www.innovatewithdairy.com. Accessed May 6, 2011.
9. U.S. Department of Agriculture, Center for Nutrition Policy and Promotion. The Quality of Children's Diets in 2003-04 As Measured by the Healthy Eating Index-2005. Nutrition Insight 43, April 2009.
10. Krebs-Smith, S.M., P.M. Guenther, A.F. Subar, et al. J. Nutr. 140: 1832, 2010.
11. U.S. Department of Agriculture. What We Eat in America, NHANES 2007-2008: Nutrient Intakes from Food: Mean Amounts Consumed Per Individual, by Gender and Age, 2010. www.ars.usda.gov/ba/bhnrc/fsrg. Accessed May 6, 2011.
12. Dairy Research InstituteT (NHANES 2007-2008). Data Source: Centers for Disease Control and Prevention, National Center for Health Statistics, National Health and Nutrition Examination Survey Data. Hyattsville, MD: U.S. Department of Health and Human Services, Centers for Disease Control and Prevention, [2007-2008]. http://www.cdc.gov/nchs/nhanes.htm. Accessed April 9, 2011.
13. Institute of Medicine. Dietary Reference Intakes for Calcium and Vitamin D.Washington, DC: The National Academies Press, 2011.
14. Popkin, B.M. Physiol. Behav. 100: 4, 2010.
15. Smith, T.A., B.-H. Lin, and J.-Y. Lee. Taxing Caloric Sweetened Beverages: Potential Effects on Beverage Consumption, Calorie Intake, and Obesity. ERR-100, U.S. Department of Agriculture, Economic Research Service, July 2010. http://tinyurl.com/38s6276. Accessed May 6, 2011.
16. Reedy, J., and S.M. Krebs-Smith. J. Am. Diet. Assoc. 110: 1477, 2010.
17. American Academy of Pediatrics, Committee on School Health. Pediatrics 113: 152, 2004.
18. U.S. Department of Agriculture, Food and Nutrition Service. School Nutrition Dietary Assessment Study - III. Alexandria, VA: Food and Nutrition Service, USDA, November 2007.
www.fns.usda.gov (under Research, Child Nutrition Studies). Accessed May 6, 2011.
19. Johnson, R.K., C. Frary, and M.Q. Wang. J. Am. Diet. Assoc. 102: 853, 2002.
20. Murphy, M.M., J.S. Douglass, R.K. Johnson, et al. J. Am. Diet. Assoc. 108: 631, 2008.
21. School Nutrition Association and National Dairy Council. School Milk: Fat Content Has Declined Dramatically Since the Early 1990s. ENVIRON International Corporation for SNA and NDC, December 2008. www.nationaldairycouncil.org. Accessed May 6, 2011.
22. 2009-2010 "Annual School Channel Survey." Final Report. Funded by the Milk Processor Education Program (MilkPEP) and conducted by Prime Consulting Group, July 2009.
23. American Dietetic Association. ADA's comments on the USDA proposed rules on "Nutrition Standards in the National School Lunch (NSLP) and School Breakfast Programs (SBP)." Page 18, April 13, 2011.
24. Frary, C.D., R.K. Johnson, and M.Q. Wang. J. Adol. Health 34: 56, 2004.
25. Fulgoni, V.L., III, D.R. Keast, E.E. Quann, et al. FASEB J. 24: 325.1 (abstr.), April 2010.
26. Patterson, J., and M. Saidel. J. Am. Diet. Assoc. 109: A97 (abstr.), 2009.
27. "The Impact on Student Milk Consumption and Nutrient Intakes from Eliminating Flavored Milk in Schools." 2009 Study funded by the Milk Processor Education Program (MilkPEP) and conducted by Prime Consulting Group, presented at the School Nutrition Association Annual National Conference, July 2010. www.milkdelivers.org/schools/flavored-milk/ Accessed May 6, 2011.
29. Dairy Research InstituteT, NHANES (2003-2006), Ages 2 to 18 years. Data Source: Centers for Disease Control and Prevention, National Center for Health Statistics, National Health and Nutrition Examination Survey. Hyattsville, MD: U.S. Department of Health and Human Services, Centers for Disease Control and Prevention, 2003-2004; 2005-2006. www.cdc.gov/nchs/nhanes.htm. Accessed May 6, 2011.
30. Johnson, R.K., L.J. Appel, M. Brands, et al. Circulation 120: 1011, 2009.
31. Van Horn, L., R.K. Johnson, B.D. Flickinger, et al. Circulation 122: 2470, 2010.
32. Johnson, R.K., and B.A. Yon. J. Am. Diet. Assoc. 110: 1296, 2010.
33. Institute of Medicine, Food and Nutrition Board. Dietary Reference Intakes for Energy, Carbohydrate, Fiber, Fat, Fatty Acids, Cholesterol, Protein and Amino Acids (Macronutrients).Washington, DC: National Academies Press, 2005.
34. Marriott, B.P., L. Olsho, L. Hadden, et al. Crit. Rev. Food Sci. Nutr. 50: 228, 2010.
35. Fulgoni, V., III. Am. J. Clin. Nutr. 88(suppl.): 1715s, 2008.
36. International Food Information Council Foundation. The Science of Sugars. April 2010. www.foodinsight.org. Accessed May 6, 2011.
37. American Dietetic Association. Hot Topics "High Fructose Corn Syrup." December 2008.
38. American Medical Association, Council on Science and Public Health. The Health Effects of High Fructose Syrup. Report 3 of the Council on Science and Public Health (A-08). June 19, 2008. www.ama-assn.org/ Accessed May 6, 2011. ISSN
39. U.S. Department of Agriculture, Food and Nutrition Service. Guidance Memo: Child Nutrition
Reauthorization 2010: Nutrition Requirements for Fluid Milk, April 14, 2011. www.fns.usda.gov/
cnd/Governance/Policy-Memos/2011/SP_29-2011-os.pdf. Accessed May 6, 2011.
40. Yon, B.A., R. Johnson, and T. Stickle. FASEB J. 25: 781.1 (abstr.), 2011.
41. Greer, F.R., and N.R. Krebs for the American Academy of Pediatrics Committee on Nutrition. Pediatrics 117: 578, 2006.
42. Institute of Medicine, National Academy of Sciences, Committee on Nutrition Standards for
Foods in Schools. V.A. Stallings and A.L. Yaktine (Eds). Nutrition Standards for Foods in Schools: Leading the Way Toward Healthier Youth. Washington, DC: National Academies Press, 2007.
43. School Nutrition Association. Fat-free flavored milk - helping students meet their critical nutrition needs. SNA News, April, 13, 2011. www.schoolnutrition. org. Accessed May 9, 2011.
44. American Dietetic Association. Science supports the important role of milk, including flavored milk, in children's nutrition. Press release. November 11, 2009. www.eatright.org. Accessed May 9, 2011.
45. American Academy of Pediatric Dentistry. AAPD Fast Facts. Diet and Dental Health. 2010.
www.aapd.org/media/FastFacts.pdf. Accessed May 6, 2011.
46. Bhatia, J.J.S., and F.R. Greer. AAP News 28 (June): 15, 2007. www.aapnews.org.
Accessed May 6, 2011.
47. Motivequest for Dairy Management, Inc.T Flavored Milk Online Anthropology 08/1/2009 -09/30/2010, February 28, 2011.
48. Artemis Strategy Group for Dairy Management, Inc.T Activating Moms: Flavored Milk in Schools. Review of Qualitative Research. December 8, 2010.
49. Fisher, J.O., D.C. Mitchell, H. Smiciklas-Wright, et al. J. Nutr. 131: 246, 2011.
50. Fisher, J.O., D.C. Mitchell, H. Smiciklas-Wright, et al. Am. J. Clin. Nutr. 79: 698, 2004.
51. Briefel, R.R., A. Wilson, and P.M. Gleason. J. Am. Diet. Assoc. 109(suppl 1): 79s, 2009.
52. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). POF 2008 2009 - Antropometria e estado nutricional de crianças, adolescentes e adultos no Brasil. 2010.


Link
Tags »
Notícias Relacionadas »
Comentários »
Fale pelo Whatsapp
Atendimento
Precisa de ajuda? fale conosco pelo Whatsapp