07/08/2008 às 12h46min - Atualizada em 07/08/2008 às 12h46min

Vaca Louca

Boletim Agropecuário

"DOENÇA DA VACA LOUCA" é o termo vulgar denominado da enfermidade Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB). É uma doença infecciosa que causa lesões neurodegenerativas (degenera o cérebro) progressivas e levam o animal à morte. Supõe-se que a epdemia da Vaca Louca, teve início na Inglaterra em 1985, porém, além da Grã-Bretanha, a doença já foi diagnosticada na Irlanda, Reino Unido, Suíça, França, Portugal, Holanda, Alemanha, etc. Sua principal forma de transmissão nos bovinos, é com a ingestão de rações contaminadas à base de proteína animal, como por exemplo, farinha de carne e a suplementação mineral como farinha de ossos, provenientes de outros ruminantes doentes, tendo a possibilidade de transmissão de animais gestantes para o feto. Pesquisas são realizadas em todo o mundo, com o sentido de suprimir dúvidas ainda existentes a serem esclarecidas sobre tal enfermidade e seus sinais clínicos mais aparentes são: - AGRESSIVIDADE DO ANIMAL; - DEMÊNCIA; - AGITAÇÃO E APREENSÃO; - EXCESSIVOS MOVIMENTOS NAS ORELHAS E FLANCO; - FALTA DE COORDENAÇÃO NOS MEMBROS POSTERIORES. A confirmação da enfermidade, faz-se através de exames laboratoriais como a histopatologia. No Brasil, existem laboratórios especializados, para o diagnostico dessa doença. Essa enfermidade ainda não muito esclarecida, é causada por um suposto vírus pertencente ao GRUPO 2 - que é onde se encontram os vírus dessa natureza sem classificação definida - tendo características muito próprias. Alguns pesquisadores que os denominam de viróides (assemenlham-se ao vírus) e outros que os chamam de virinos. A incubação das infeccões causadas por esse vírus é longa e sua resistência a altas temperaturas é grande, chegando a suportar 99,5oC, durante 2 (duas) horas e sem perder sua atividade. Para o controle da doença, os animais infectados devem ser sacrificados, com aviso prévio e obrigatório para controles das autoridades sanitárias. Fica proibido o trânsito de animais infectados com formação de barreiras sanitárias em postos de fiscalização. É de obrigação da propriedade afetada entrar em quarentena com observação dos animais assintomáticos ou que apresentem algum sinal clínico aparente e dessa forma, fica proibido a comercialização de cortes de carne com osso e miúdos. Posteriormente faz-se um acompanhamento sorológico em todo rebanho envolvido, todavia, não existem registros (evidencias) da presença de agentes infectados no leite, ou em cortes desossados. Recentemente os Estados Unidos da América do Norte e Canadá boicotaram as importações de carne brasileira, provavelmente por motivo de carência de informações destes governos, principalmente do governo canadense desde 1998 que desconhecia que os rebanhos brasileiros , estavam isentos dessa doença do Mal da Vaca Louca. Colocando assim o Brasil na lista de países com risco 2 (nível intermediário) para incidência da enfermidade. Por esse motivo, as autoridades governamentais federais tomaram providências para a intensificação das medidas garantindo a proteção do território brasileiro contra esse mal. Em nosso país, já foram feitos os devidos rastreamentos de bovinos importados do Reino Unido na década de 80 e fez-se iniciar o monitoramento de animais vindos da Europa entre os anos de 1990 e 1994. O programa nacional do controle dessa doença proíbe o uso na alimentação de ruminantes com rações à base de proteína animal como: farinhas de carne e gordura de quaisquer mamífero. O governo ampliará ainda o números de laboratórios para exames em animais mortos com problemas neurológicos. Outra doença muito semelhante ao da "vaca louca", é a "scrapie", atingindo as ovelhas, e provocam degeneração do sistema nervoso. Ovinos como scrapie podem apresentar desorientação e descoordenação dos membros, por outro lado apresentam discordância em relação entre as duas doenças. Não se sabe ainda os ricos gerais zoonóticos, entretanto alguns dados mostram que a doença de Creutzfeld-Jakob (CDJ) que é a forma de encefalopatia espongiforme que afeta a espécie humana, causando também degeneração do cérebro, sem mesmo provocar uma reação imune contra o agente infeccioso, com resultados fatais, produzindo uma demência que, geralmente, aparece entre os 50 e 65 anos de idade, afetando tanto homens quanto mulheres e uma outra enfermidade chamada de "Kuru" entre as tribos da Nova Guiné, que é uma doença transmissível, experimentalmente, a chimpanzés que adoecem anos após terem recebido injeções de material colhido na hipófise de pessoas que morreram com a doença. Causam lesões semelhantes a EEB (Encefalopatia Espongiforme Bovina) e a SCRAPIE dos ovinos. Essas evidências circunstanciais levam a envolver as neuropatias raras no homem e, tem levado hipóteses sobre as relações entre agentes causadores da EEB e estas patologias.


Referências bibliográficas: 


Não constam


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