20/03/2012 às 14h16min - Atualizada em 20/03/2012 às 14h16min

Maior desafio da indústria de laticínios na atualidade

Marco Antonio Cruvinel de Lemos Couto
É um tema interessante e que foi proposta para discussão pelo Chefe do Centro de Administração, Produção e Comércio - Instituto de Laticínios Cândido Tostes, Prof. Nelson Tenchini Macêdo. Qual o maior desafio da indústria de laticínios na atualidade: qualidade da matéria prima, mão de obra qualificada, melhoria e controle de processos ou inovação e novos mercados?

A questão da inovação e novos mercados são pontos importantes. Tão importantes que as principais empresas do mundo, não somente do segmento lácteo, têm como um dos seus principais pilares a inovação de produtos, embalagens e processos, mas impreterivelmente tudo isso passa pela qualificação da mão de obra. Para se ter uma idéia, a Dupont, com seus 60 mil funcionários, lança, a cada dia, cinco novos produtos no mercado.

A melhoria e controle de processos também podem ser apontados como um dos pilares da indústria que pretende conseguir padrões de qualidade. A qualidade da matéria prima talvez seja 40% do sucesso de um produto. Até costumamos dizer que é mais fácil fazer um produto lácteo ruim com um leite bom que fazer um produto lácteo bom com um leite ruim, assim, a qualidade da matéria prima tem destaque especial. 

Se considerarmos que há vários anos estamos procurando atingir esta meta, não somente através de leis e instruções normativas, mas também através de orientações no campo e na indústria, podemos considerar que não é o quesito mais difícil de se obter, uma vez que para se conseguir um produto de qualidade devemos ter foco na higiene e limpeza para diminuir a CBT e também no manejo que irá controlar a CCS, o antibiótico e a temperatura adequada de armazenamento, sendo que tudo isso passa pela qualificação da mão de obra empregada.

Desta forma podemos dizer que a mão de obra mal qualificada é o nosso maior problema na atualidade, pois como melhorar processos, desenvolver novos produtos para abrir novos mercados ou simplesmente conseguir matéria prima de qualidade se não houver formação adequada de mão de obra? 

Não existe uma escola de formação de queijeiros no Brasil. Não existem cursos para vendedores de lácteos. Os vendedores-técnicos de ingredientes na sua maioria são técnicos em laticínios, e muitos recém formados, ou seja, eles nem são técnicos ainda e muito menos vendedores de ingredientes, pois no curso de formação técnica não existe uma matéria sobre vendas.

Ressaltamos um comentário feito pelo Sr. Marcos Macedo, gerente técnico da Coopatos-MG, “atualmente não temos equipes de vendas preparadas, pois nossos vendedores de lácteos são meros especuladores, não fazendo juízo de valores”.

Portanto precisamos urgentemente focar nos treinamentos de todos os setores da cadeia láctea para que possamos resolver, de uma só vez, a maioria das questões propostas.

Saudações Laticinistas
Marco Antonio Cruvinel de Lemos Couto

 


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