Após os flagrantes de adição de soda cáustica e água oxigenada, entre outras substâncias, em marcas de leite produzidos em Minas Gerais, o consumidor terá mais uma forma de saber se o produto que toma é ou não de boa qualidade.
O presidente do Sindicato da Indústrias de Laticínios de Minas, Celso Moreira, afirmou que o setor já está credenciando uma agência para fazer o monitoramento paralelo da qualidade do leite. A previsão é de que em 2008 seja criado um selo de qualidade do leite, para que as indústrias que apresentarem irregularidades possam ser descredenciadas pelo sindicato.
Esta é uma das iniciativas para tentar conter a crise que se instalou no setor depois da descoberta das fraudes. Segundo Moreira, a venda do leite em caixinha em Minas caiu em até 50%. O anúncio foi feito durante uma audiência pública realizada pela Comissão de Saúde da Assembléia Legislativa para discutir o assunto.
A partir do primeiro trimestre de 2008, estará disponível para consulta o site do Centro Integrado de Monitoramento da Qualidade do Leite (CQuali-Leite), que vai mostrar a qualidade do produto comercializado em todo o Brasil. O novo serviço é resultado de uma parceria entre o Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC) do Ministério da Justiça, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e o Ministério da Agricultura.
Para a gerente de Alimentos da Anvisa, Denise Resende, a maior novidade é o consumidor poder saber, apenas acessando um site, se o leite que comprou foi aprovado ou não em inspeções da Anvisa ou se já foi constatada alguma irregularidade na composição do produto.
