30/08/2014 às 09h19min - Atualizada em 30/08/2014 às 09h19min

Faeg e Senar Goiás participam da Tecnoleite 2014, em Morrinhos

Sistema Faeg/Senar

A cidade de Morrinhos se transformou em alvo dos olhares de quem vive ou quem se interessa pelo mercado do leite, tudo em virtude da Tecnoleite 2014, cuja proposta é apresentar oportunidades para o agropecuarista aperfeiçoar a produção. 

O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), Leonardo Ribeiro, e o superintendente do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) Goiás, Eurípedes Bassamurfo, compareceram na abertura oficial do evento e teceram elogios à iniciativa que chega este ano a sua quarta edição.

Eles foram recebidos pelo presidente do Conselho Administrativo da Complem, Joaquim Guilherme Barbosa que fez questão de ratificar que "o agro caminha, cada vez mais, rumo à tecnologia e a sustentabilidade". Ele disse, ao discursar para uma plateia composta de produtores, representantes do setor e autoridades, que "aproximar o produtor de leite das novas tecnologias é o papel da feira. A produção de leite, que era levado no amadorismo agora exige profissionais capacitados, mudanças de hábitos e um modelo específico de gestão".

De acordo com a assessoria da feira, este ano é esperado cerca de doze mil participantes durante os quatro dias de evento. Ano passado foram movimentados aproximadamente R$ 16 milhões, e nesta edição, a expectativa é superar esse valor em negócios. Para atrair o público, haverá palestras com técnicos de renome nacional, uma exposição de produtos e tecnologias que auxiliam no aperfeiçoamento de métodos destinados ao aumento de produção e da produtividade, além de linhas de crédito específicas para financiar a produção.

Para o presidente da Faeg, Leonardo Ribeiro, é preciso auxiliar os produtores de leite, mudando sua realidade. "Temos que exaltar a atividade leiteira de acordo com sua importância e para nós, fica muito claro que isso é possível". Ribeiro disse ainda que levar renda e dignidade ao homem do campo, além de fixá-lo à terra é papel de todo órgão que trabalha no setor agropecuário.

Nesta quarta edição, além das novidades tecnológicas relacionadas à pecuária de leite que são apresentadas a cada ano, a feira contará com uma série de novas ferramentas voltadas para agropecuária. Vão ser contempladas no evento, as pecuárias de leite e corte, e a produção agrícola. Porém, o principal foco da feira continua sendo a otimização da produção de leite, de modo que resulte em maior rendimento para o produtor.

Faeg e Senar
Além de palestrantes que falam, ao longo dos quatro dias de feira, sobre temas diversos ligados à pecuária leiteira e a agropecuária como um todo, Faeg e Senar Goiás oferecem aos visitantes oficinas demonstrativas de Produção de Rapadura e Cachaça, Construção de Cerca Elétrica, Artesanato de Produção de flores com fibras naturais, Trançado em Couro, Olericultura Básica / Hidroponia, Operação e Manutenção de Ordenha Mecânica e Inseminação Artificial de Bovinos de leite.

Também foi instalado um Game com perguntas sobre o universo do leite.

Teoria e prática
Durante a solenidade, Faeg, Senar Goiás e Complem assinaram um protocolo de intenções que objetiva levar os cursos de capacitação das entidades para a fazenda modelo da cooperativa. Em meados de setembro um termo de cooperação será assinado e o lugar poderá começar a receber produtores cooperados e a sociedade rural em geral.

Torneio Leiteiro
O primeiro dia começou ao nascer do sol, às 6 horas, com o Torneio Leiteiro. Ao todo, foram inscritos oito produtores com 13 vacas e uma novilha. Os animais são ordenhados duas vezes ao dia – sempre às 6 e às 18 horas –, na sexta-feira (22) todo leite será somado e o proprietário do animal que mais tiver produzido leva o prêmio no valor R$3 mil. Mas a opinião de que o dinheiro representa um atrativo secundário é unânime. Para os produtores, mias valiosa é a oportunidade de divulgar as fazendas e, posteriormente, vender litros e mais litros de leite.

Ao final do torneio, todo o leite ordenhado será pasteurizado pela cooperativa e doado para instituições de caridade do município, como parte das ações do Dia de Cooperar do Sistema OCB/Sescoop. Segundo o coordenador técnico do Torneio, Jurandir Cardoso, o objetivo é avaliar a produção dos animais. "O produtor prepara as vacas e novilhas para trazê-las até aqui e isso é positivo porque a propriedade sente como um todo". Ele explica que desta vez, o proprietário da única novilha cadastrada não poderá concorrer, mas só participar.

Cada produtor pode cadastrar dois animais e recebe uma ajuda de custo para participar do torneio. Exemplo é o casal João Batista e Lílian Santana. Cada um cadastrou dois animais e eles dividem a tarefa da ordenha enquanto contam como deram a volta por cima na vida retirada do leite. "Quase desisti de criar gado leiteiro, mas conheci Balde Cheio e a história começou a mudar", disse João ao se referir à metodologia que integra o programa Goiás Mais Leite do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) Goiás.

João, que tem uma propriedade de 17 hectares na zona rural de Morrinhos, ingressou no programa em 2010 e hoje, com a ajuda de uma ordenhadeira mecânica tira 270 litros de leite/dia das 27 vacas. "O Balde Cheio é muito bom porque presta assistência técnica a quem precisa muito dela", pontua. No Torneio, ele aposta nas vacas Biquinha, Boneca, Fortuna e Amazonas.

Morrinhos
Nestes quatro anos, a trajetória de crescimento da feira acompanhou a evolução do mercado e o aumento na produção de leite do município. Morrinhos passou do quarto lugar para o primeiro no ranking de produtor de leite do Estado, e aumentou o volume produzido de 128,8 milhões de litros por ano, para 144,1 milhões de litros, o que representou um acréscimo de 11,9%.

Presente nos 246 municípios do Estado de Goiás, pecuária de leite ainda é uma atividade primária, mas que a cada ano tem avançado, com a adoção de tecnologias e práticas de manejo, que resultam em um produto de melhor qualidade ofertado para o mercado.

 


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