22/04/2008 às 14h38min - Atualizada em 22/04/2008 às 14h38min

Lançamentos e inovações tecnológicas marcam a Mercoláctea

Fonte: MB Comunicação. Assessoria de Imprensa

Da genética à equipamentos, de embalagens à transportes, uma série de lançamentos marcaram a Mercoláctea 2008 Milk Fair, realizada em Chapecó, reunindo fornecedores da cadeia produtiva do leite do Brasil e do exterior.

A Tectron Nutrição e Saúde Animal, de Toledo (PR), apresentou o PrimoLeite Bezerros, um sucedâneo lácteo para alimentação líquida de terneiros. O PrimoLeite Bezerros foi desenvolvido com alta tecnologia, possuindo níveis nutricionais diferenciados, com alto nível de lactose e proteínas, conferindo altíssima digestibilidade. O uso do PrimoLeite possibilita a venda do leite natural das vacas à indústria, com aumento direto no faturamento do produtor, além de garantir redução na propagação de enfermidades com: brucelose, tuberculose, leptospirose, leucose e algumas enfermidades.

Outra empresa de ponta, a Nutron, de Campinas (SP), em parceria com a Igenity (divisão de serviços genéticos da Merial), lançou o marcador molecular. Os marcadores moleculares permitem identificar, por meio de análises de DNA, bovinos com maior e menor potencial genético para determinadas características produtivas, como produção de leite, gordura e proteína, percentuais de gordura e proteína no leite, longevidade produtiva, fertilidade, proteínas do queijo, doenças genéticas, entre outros. Informações que podem guiar o manejo, nutrição e potenciais desse animal, além de oferecer para indústria leiteira um produto adequado para cada fim, de acordo com as características do leite produzido. "Essa ferramenta permite aos produtores de leite a possibilidade de
obter conhecimento antecipado sobre o potencial produtivo dos animais, ao invés de descobri-lo apenas após ou sucesso ou fracasso na produção", explica o diretor da Nutron Celso Mello.

As embalagens usadas do leite longa-vida podem se transformar em canetas, vassouras, material escolar, tapetes, porta-retratos e em muitos outros materiais. A Tetra Pak demonstrou, na Mercoláctea, que as embalagens longa-vida são 100% recicláveis. Apresentou um equipamento chamado micropulper que desagrega e separa o papel, o plástico e o alumínio das embalagens. O alumínio é transformado em lingotes e reaproveitado em máquinas, motores e equipamentos.

Um tanque reboque autoportante para o transporte de leite é a inovação que a Jardinox, de Três de Maio (RS), trouxe para a Mercoláctea. Por ter eixos independentes, o reboque tem peso 2.000 kg menor e carga mais baixa, o que proporciona estabilidade no trânsito e economia no transporte de leite cru. Trata-se de uma tecnologia que a empresa aperfeiçoou e lança agora no mercado. A unidade exposta na feira já está vendida ao preço de R$ 100 mil reais, informa o representante Marcos Fritz.

Atuando no segmento de codificação e inspeção, a Domino Sul, de Chapecó, apresentou pela primeira vez no Brasil uma codificadora de embalagens para marcar à jato de tinta qualquer tipo de superfície: papel, papelão, madeira, plástico, metais etc. Com preço de R$ 16,5 mil reais, esse equipamento é intensamente empregado em todos os ramos industriais para imprimir nas embalagens - de produtos, peças, insumos etc - informações como data de validade e códigos de identificação e rastreamento, expõe o diretor Gustavo Martins. As empresas também lançaram serviços e produtos para produção de queijos, preservação ambiental, criação de ovinos, nutrição de animais e embalagens.

Mercoláctea abre novo canal de integração entre Brasil e Argentina

Uma nova fase de cooperação entre Brasil e Argentina, na área do leite, está nascendo na Mercoláctea 2008 Milk Fair - a feira internacional do leite realizada em Chapecó. A ministra Maria Renée Diaz de Brito, coordenadora do programa de apoio ao comércio exterior do Ministério das Relações Exteriores da República Argentina, que chefia uma missão empresarial na Mercoláctea, disse que a feira estabeleceu novas possibilidades de cooperação e integração econômica - especialmente na transferência de conhecimento por parte do Instituto Nacional de Tecnologia Agropecuária (INTA) e no fornecimento de máquinas e equipamentos para processamento e intercâmbio entre feiras congêneres. Observa que a indústria Argentina de lácteos é um dos setores mais dinâmicos e competitivos, sustentando o desenvolvimento regional de várias Províncias, especialmente Santa Fé, Córdoba e Buenos Aires. O país exporta 25% da produção de laticínios para mais de 100 destinos.

A ministra Maria Diaz de Brito assinalou o impressionante crescimento da cadeia produtiva de lácteos no Brasil e a demanda por equipamentos de uso nos estabelecimentos industriais e nos laticínios. Essa é uma área de excelência na Argentina, que detém liderança mundial na fabricação de ordenhadeiras e resfriadores de leite, pasteurizadores e pré-processadores do leite, equipamento para produção de queijos, leite em pó e leites fermentados, soro em pó, concentrados protéicos, entre outros. A organização de missões empresariais é uma das propostas da ministra.

Quatro empresas argentinas participam da Mercoláctea: a El Mastro Quesero, de Córdoba, com tecnologia de alta temperatura para o fabrico de queijos e evaporador para concentração de soro. A Refmar, de Buenos Aires, com projetos de câmaras frigoríficas, separadores de líquidos e evaporadores. A Plásticos Rafaela, de Santa Fé, trouxe moldes plásticos microperfurados para elaboração de queijos. A Omega Solari, também de Santa Fé, expôs ordenhadeiras e equipamentos de refrigeração. O diretor da Plásticos Rafaela, Gustavo Fourcade, manifestou-se impressionado com a procura por equipamentos para micro, pequenos e médios laticínios, "sintoma de expansão da base industrial no sul do Brasil." Ele prevê que a próxima edição da Mercoláctea dobrará de tamanho e terá maiôs presença de empresas do Mercosul.


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