Fonte: EMBRAPA Gado de Leite
Na primeira quinzena de janeiro, Paulo do Carmo Martins (chefe geral da Embrapa Gado de Leite) e Marne Moreira (chefe adjunto de Comunicação e Negócios da instituição) estiveram em Angola para discutir futuras ações conjuntas entre o Brasil e aquele país africano. Há alguns anos técnicos da Embrapa Gado de Leite e dos institutos de Agronomia e Veterinária da Angola têm se encontrado para discutir um acordo de cooperação técnica entre as instituições.
?Temos muito que aprender com a África, continente de origem das principais gramíneas tropicais utilizadas na pecuária de leite brasileira?, diz Martins. Segundo ele, entre as ações a serem realizadas futuramente estão pesquisas a respeito das gramíneas africanas.
Outra ação importante que deve surgir é o treinamento de técnicos africanos por pesquisadores brasileiros por meio de cursos de capacitação. Os cursos seriam realizados tanto no Brasil quanto na África e os técnicos seriam multiplicadores de tecnologia em seu país.
A Angola é hoje o principal mercado para o leite brasileiro no continente africano. Martins diz que o país tem um enorme potencial para adquirir insumos agropecuários produzidos no Brasil. Além disso, com a expansão da pecuária angolana, o país pode se tornar um grande comprador da genética bovina desenvolvida no Brasil, já que as condições climáticas dos dois países são bastante semelhantes.
Atualmente, a pecuária na Angola quase inexiste. O leite é um produto raro e caro. O país, que sofreu com 27 anos de guerra civil, teve sua agricultura dizimada. No entanto, a Angola é bastante rica em petróleo, diamante e minério de ferro. Uma riqueza suficiente para erguer a agricultura angolana se investimentos em pesquisa e tecnologia forem destinados para esse fim.
