05/02/2011 às 16h58min - Atualizada em 05/02/2011 às 16h58min

Queijo de coalho nordestino poderá ter status internacional

Walmir Andrade

O I Encontro da Cadeia Produtiva de Queijo Coalho do Nordeste, teve inicio na sede da Embrapa Agroindústria Tropical, em Fortaleza, no Ceará. Até aí nada de anormal, mas o que se destaca durante esse encontro é o propósito, porque os debates serão fundamentais para mudar o status do queijo mais conhecido da região.

O queijo de coalho nordestino pode obter status semelhante ao de produtos como o café do cerrado, a cachaça de Paraty, o vinho do Vale dos Vinhedos, além do presunto de Parma, do champagne ou do charuto Havana. 

Para discutir o processo de indicação geográfica do produto, pesquisadores e produtores estarão reunidos para esse encontro onde serão abordados diversos aspectos da indicação geográfica, as normas do Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) e demonstrados casos de sucesso do Brasil, França e Portugal.

Como explica a coordenadora do evento e pesquisadora da Embrapa, Socorro Bastos, o selo de indicação geográfica tem como função tornar explícitos para o consumidor os padrões de qualidade de determinado produto, associados às características geográficas e culturais de determinada região, além de proteger a tradição de fabricação. 

No Brasil, até agora, apenas os vinhos do Vale dos Vinhedos, a cachaça de Paraty, o café do Cerrado e a carne dos Pampas Gaúchos obtiveram a certificação.

Para obter o selo é preciso que o produto cumpra com uma série de exigências, que envolvem organização dos produtores, Boas Práticas Agropecuárias, fama, reputação e cumprimento da legislação vigente. 

A pesquisadora Socorro Bastos lidera, há dois anos, um projeto de pesquisa da Embrapa que busca a valorização do queijo de coalho nordestino por meio da indicação geográfica. 

 


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