04/11/2023 às 12h44min - Atualizada em 04/11/2023 às 12h44min

O doce de leite foi escolhido como uma das melhores sobremesas do mundo

O guia gastronômico Taste Atlas divulgou a lista das "dez sobremesas mais bem avaliadas do mundo", e entre elas estão, da Argentina e do Uruguai, o doce de leite e alfajor

Publicado por Valéria Hamann
Agroverdad e eDairyNews
Foto Divulgação FreePik
O Taste Atlas se dedica a analisar e classificar pratos de todo o mundo e, para essa classificação, eles totalizaram 75.283 classificações, das quais 55.308 foram reconhecidas pelo sistema como legítimas. É claro que eles deixam claro que essas listagens não significam uma conclusão geral final sobre a comida e alertam que seu objetivo é “promover a excelente comida local, instilar orgulho em pratos tradicionais e deixar os leitores curiosos sobre pratos que ainda não experimentaram”.
As dez melhores sobremesas são as seguintes:
10- Sernik (Polônia): É um cheesecake que tem origem nas antigas tradições cristãs e judaicas. É feito de ovos, açúcar e twaróg, um tipo de queijo cottage que tem sido usado em sobremesas há centenas de anos.
9- Suflê de chocolate (França): Sobremesa francesa requintada que combina chocolate amargo com uma base cremosa de gema de ovo e clara de ovo batida.
8- Dulce de leche: o Taste Atlas o descreve como “originário da Argentina e do Uruguai”.
7- Alfajores: descritos como “duas coberturas redondas de massa doce que, como um sanduíche, são unidas com um recheio de doce de leite ou geleia entre elas”.
6- Dondurma (Kahramanmaras, Turquia): Esse é um sorvete turco originário da cidade de Maraş (daí o nome) e o que realmente o diferencia de outras variedades é sua resistência ao derretimento e uma textura particularmente densa e mastigável.
5- Crème Brûlée: sobremesa tradicional feita com gemas de ovos, creme, açúcar e baunilha, coberta com uma crosta dura de caramelo queimado.
4- Tiramisu (Itália): uma sobremesa de pão de ló embebido em café com camadas de creme de mascarpone tem fãs em todo o mundo.
3- Queso helado (Arequipa, Peru): sobremesa peruana muito semelhante ao sorvete. Originária de Arequipa, geralmente é feita com uma combinação de leite integral, leite evaporado, canela, cravo, coco ralado, açúcar e gemas de ovos. Ambos os tipos de leite são cozidos em fogo brando com canela, cravo, coco e açúcar.
2- Bombocado (Brasil): Feito com parmesão ralado, coco ralado, farinha, leite, manteiga, ovos e açúcar. A mistura é assada, resfriada e depois cortada em fatias.
1- Crepes (Bretanha, França): panquecas finas feitas de farinha de trigo, originárias da região da Bretanha, na França. Elas são feitas com farinha, ovos, leite e manteiga batidos em uma massa semilíquida, que é então despejada em uma frigideira de crepes e frita.

Nota do Site Ciência do Leite
História do doce - A história do doce de leite remonta a muitos séculos atrás, com registros de produtos semelhantes em diversas culturas ao redor do mundo. Acredita-se que a origem do doce esteja ligada à domesticação do gado e à produção de leite. A partir do momento em que o homem começou a criar animais para obtenção de leite, ele passou a utilizar esse ingrediente de diversas formas, inclusive para a produção de doces. Antigamente, os povos do Oriente Médio e do Mediterrâneo já produziam doces de leite utilizando técnicas rudimentares de cozimento do leite com açúcar ou mel, resultando em uma mistura densa e doce. Na Índia, por exemplo, o “khoya” é um doce tradicional feito a partir do leite fervido até que todo o líquido evapore, resultando em uma massa sólida doce. Na Idade Média, a produção de doce de leite se espalhou pela Europa e ganhou popularidade em países como Espanha, Portugal e França, onde era conhecido como “cajeta” ou “leite condensado”. Nessa época, era considerado uma iguaria de luxo, devido ao alto custo do açúcar e do leite na época.

Origem
A origem do doce de leite é motivo de disputa entre países da América Latina, principalmente entre Argentina e Uruguai. Ambos os países reivindicam a autoria do doce de leite como uma de suas iguarias tradicionais, havendo, assim, divergências sobre a sua origem. Na Argentina, o doce de leite é conhecido como “dulce de leche” e é considerado um símbolo da cultura argentina. Acredita-se que ele tenha surgido no século XIX. Há um relato popular de que o doce teria sido inventado pela criada do governador Juan Manuel de Rosas, que esqueceu o leite com açúcar no fogo, resultando no doce de leite. No entanto, há também a hipótese de que o doce de leite já era produzido na região antes da chegada dos espanhóis, por influência dos povos indígenas locais. No Uruguai, o “dulce de leche” também é considerado uma iguaria tradicional. Os uruguaios afirmam que ele foi trazido ao país por imigrantes espanhóis e que sua produção se consolidou na região no século XIX. Apesar da disputa entre Argentina e Uruguai, a verdade é que o doce de leite é uma iguaria presente em muitos países ao redor do mundo, com diferentes variações e nomes, mas com a mesma base: leite e açúcar cozidos juntos até obter uma consistência cremosa e doce. Fonte: Blog Bendize

História do Alfajor: Nome comum a diversos tipos e formatos de doces feitos na Espanha e na América Latina, o “Alfajor” é na realidade um invento antiqüíssimo dos árabes. Nasceu em Medina Sidonia, na Andaluzia, em meados de 711 e trazido para a Espanha durante a dominação muçulmana, já com o nome de “alfajor” ou “alfachor”. Era conhecido originalmente como “al hasú” que em árabe, quer dizer recheado, habitualmente composto de dois ou três discos pequenos de uma massa especial, grudados entre si por doce de leite ou geléia e banhados de um glacê especial. Ele passou em seguida a se chamar “alaju” e ganhou várias regiões, as vezes com formatos ou recheios diferentes, mas sempre com a mesma base, razão pela qual ele continuou com o mesmo nome. As primeiras referências de sua presença na América Latina foram na Venezuela e no Peru, onde era servido como refeição aos exércitos espanhóis. Mais tarde, chegou à Bacia da Prata, provavelmente trazido pelos imigrantes andaluzes e, portanto se assemelha a muitos outros produtos da cozinha árabe.

Na região de Valverde era também comparado à hóstia distribuída durante a missa. Têm contribuído à sua fama as “alfajoreiras”, mulheres de Valverde que os levariam a festas e romarias da região com outros doces; passavam pela Feira de Sevilha e terminavam, na época de Todos os Santos, na Feira de Niebla. Os melhores cantores mencionavam essa delícia em suas músicas românticas. O Alfajor pode ainda ser encontrado, sob diversas formas e acabamentos, nas regiões do Equador, Paraguai, Chile, México etc... mas principalmente no Uruguai e na Argentina. Apesar de não ser um produto de primeira necessidade, fala-se brincando que os consumidores de Mar del Plata são até capazes de levantar-se da cama à noite para procurar e consumi-lo. No aeroporto do balneário há uma lojinha fornecendo esta delícia até a meia-noite e a caminho do centro um supermercado aberto durante 24h para fornecê-lo. O mercado de alfajores em Mar del Plata é muito disputado entre várias marcas. Assim como a carne, o couro e a lã, se tornou uma instituição nacional. Ele sobreviveu às crises econômicas críticas e também aos rigorosos regimes de emagrecimento das mulheres de lá.Na Argentina também ele está tão presente e famoso como o pão de queijo brasileiro, e motivo de orgulho nacional.

O pioneiro na confecção deste doce, na Argentina, foi Dr. Augusto Chammas (químico francês) em 1869. Ele acabou se transformando no doce mais tradicional do país. A qualquer hora e em qualquer bairro, tem sempre um café aberto servindo esta guloseima. É costume pedir para os viajantes retornarem trazendo alfajores “Traé alfajores” diz a tradição. Foi exportado com grande sucesso para regiões de cultura diferente como para Europa ou Estados Unidos, onde ele se mantém como produto meio artesanal e meio industrializado. Chegou mesmo a sofrer com a grande crise econômica argentina em 2001, quando os dirigentes tiveram que ir à televisão, provar que não tinha diminuído de tamanho. Hoje em dia, aqui no Brasil, é fácil encontrar esta delícia em prateleiras de supermercados e casas de doce, embrulhado com grande capricho para dar-lhe uma aparência chique e grã-fina. E muitas lojas de diversas marcas do produto estão proliferando. Fonte: Viviane Bigio [email protected]

Fonte: Adaptado do Wickipédia e do Jornal de Cafeicultura
Publicado por Valéria Hamann
Fonte: Agroverdad​
*Traduzido e adaptado para eDairyNews

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