01/10/2023 às 12h30min - Atualizada em 01/10/2023 às 12h30min

Sorvete é mais antigo que a geladeira; veja curiosidades

Os refrigeradores e geladeiras são invenções do final do século 19 e começo do século 20.

Correio de Carajás e Laticínios Holandês
Foto Divulgação Correio de Carajás

Os refrigeradores e geladeiras são invenções do final do século 19 e começo do século 20. Já o sorvete é bem mais antigo: existe há três mil anos, quando os chineses tiveram a ideia de misturar neve, mel e suco de frutas. O gelo do inverno era coberto por serragem e armazenado em depósitos subterrâneos revestidos em madeira. Assim, a sobremesa era consumida também no verão, e não apenas no inverno. Os ingredientes básicos são leite, gordura e açúcar; tem mais gordura que o gelato; contém conservantes. 
Gelato: Os ingredientes básicos também são leite, gordura e açúcar; usa produtos naturais; não contém conservantes. 
Sorbet: Não usa leite e sim água na composição.

Dia do Sorvete: O Dia Nacional do Sorvete foi criado em 2002 pela Associação Brasileira das Indústrias de Sorvetes (ABIS). A data foi escolhida por marcar o início da primavera. Nas estações mais quentes do ano aumenta o consumo da sobremesa no país. 

Indústria brasileira: As primeiras sorveterias do Brasil surgiram em 1834, quando 217 toneladas de gelo chegaram de navio. A carga foi comprada foi dois comerciantes cariocas, que começaram a produzir sorvetes com frutas brasileiras. Nessa época, as sorveterias anunciavam o horário em que a sobremesa estaria pronta. Como não havia jeito de conservar o sorvete gelado, ele tinha que ser consumido logo depois de pronto. A primeira indústria de sorvetes surgiu apenas na década de 1940, no Rio de Janeiro.

Mas até hoje, segundo a ABIS, a maioria de empresas do setor é de pequeno porte: 11 mil empresas estão ligadas ao setor (9 em cada 10 são micro e pequenas); o faturamento é de R$ 14 bilhões por ano; o setor gera 100 mil empregos diretos. Cada brasileiro consome, em média, 4,9 litros de sorvete por ano (metade do consumo dos argentinos e chilenos).

Entenda a diferença entre sorvete, gelato e sorbet. — Foto: Lama Roscu/ Unsplash

Entenda a diferença entre sorvete, gelato e sorbet. — Foto: Lama Roscu/ Unsplash

 Foto: Lama Roscu/ Unsplash
 

Fonte: Correio de Carajás
Nota do Site Ciência do Leite

Segundo o Laticínios Holandês, com o calor do Verão, nada como tomar um sorvete bem cremoso para refrescar. Por sorte, hoje podemos contar com essa iguaria. Mas nem sempre foi assim. No Brasil, por exemplo, o sorvete só teria se popularizado a partir de 1941. Chineses teriam criado o sorvete há 3 mil anos. O primeiro relato sobre a origem do sorvete data de mais de 3 mil anos atrás, no Oriente. Os chineses costumavam preparar uma pasta de leite de arroz misturado à neve, algo parecido com a atual raspadinha. Num passado mais recente, há cerca de 1900 anos, no Império Romano, o Imperador Nero mandava que os seus escravos fossem às montanhas para buscar neve, que era utilizada para o congelamento do mel, sucos e polpas de frutas. Mas foi Alexandre, o Grande (356-323 a.C.), da Macedônia, que ficou conhecido como o introdutor do sorvete na Europa. Acredita-se que o líder teria trazido do Oriente uma mistura de salada de frutas embebida em mel, que era guardada em potes de barro enterrados no chão e mantida fria com a neve do inverno.

No século 14, quando famoso explorador veneziano Marco Polo voltou de sua viagem ao Oriente, ele trouxe uma receita para fazer sorvetes que era muito parecida com a atual. No século 17, quando o monarca Francisco I esteve em campanha na Itália, ele decidiu levar para o seu filho, o Duque de Orleans, uma noiva, a nobre italiana Catarina de Médicis. A ela é atribuída a introdução do sorvete na França. Nesse mesmo país, em 1660, Procopio Coltelli inaugurou, em Paris, a primeira sorveteria do mundo. A neta de Catarina de Médicis casou-se em 1630 com Carlos I da Inglaterra e, segundo a tradição da avó, também introduziu o sorvete entre os ingleses. Os colonizadores britânicos levaram então o sorvete para os Estados Unidos. 

Em 1851, os Estados Unidos viveram um dos momentos mais importantes da história do sorvete: o leiteiro Jacob Fussel abriu em Baltimore a primeira fábrica de sorvetes a produzir em grande escala. Em seguida, ele foi copiado por outros em Washington, Boston e Nova York. Em 1879, também nos Estados Unidos, foi inventado o “Ice Cream Soda”, que depois ficaria conhecido no Brasil como Vaca Preta. Já o aparecimento da casquinha tem duas versões: uma de que teria surgido em 1896, na Itália, e outra que ela teria sido inventada em 1904 nos EUA. O picolé apareceu na Itália no início do século 20. 

Chegada do sorvete no Brasil 
A primeira sorveteria brasileira foi aberta em 1835, quando um navio norte-americano aportou no Rio de Janeiro com 270 toneladas de gelo. Dois comerciantes compraram o carregamento e passaram a vender sorvetes de frutas. Na época, não havia como conservar o sorvete gelado, por isso ele tinha que ser consumido logo após o preparo. As sorveterias anunciavam a hora certa de tomá-lo. Outra curiosidade ocorrida no Brasil é que o sorvete chegou a ser considerado o precursor do movimento de liberação feminina. Isso porque, para saboreá-lo, as mulheres tiveram de praticar um de seus primeiros atos de rebeldia contra a estrutura social vigente, invadindo bares e confeitarias, lugares ocupados até então quase que exclusivamente pelos homens. Evoluindo a passos curtos, essa guloseima passou a ser distribuída em escala industrial no País em 1941, quando a U.S. Harkson do Brasil foi fundada no Rio de Janeiro, nos galpões alugados da falida fábrica de sorvetes Gato Preto. O seu primeiro produto lançado, já com o selo Kibon, foi o Eski-bom.


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