No futuro, mais da metade das fazendas leiteiras chinesas terão mais de 1.000 vacas

A China é o terceiro maior produtor de leite do mundo e o maior importador.

Foto Divulgação Todo Lecheria

A China é o terceiro maior produtor de leite do mundo e o maior importador. Nos últimos 20 anos, a sua produção triplicou, passando de 13 Mt em 2002 para 39 Mt em 2022. Este aumento foi impulsionado por um investimento significativo no sector para promover a segurança alimentar nacional, de acordo com um relatório do Rabobank.

Desde 2019, o crescimento aumentou a um ritmo ainda mais rápido, à medida que o governo chinês colocou ênfase na auto-suficiência, incentivando o desenvolvimento de explorações leiteiras em grande escala e dando prioridade à produção de erva forrageira de alta qualidade. A ascensão do rebanho leiteiro chinês foi significativamente auxiliada pelas importações de gado vivo, com um recorde de 232 mil cabeças importadas da Austrália e da Nova Zelândia combinadas em 2022.

A percentagem de rebanhos leiteiros chineses em explorações com mais de 1.000 cabeças aumentou de 24% em 2015 para 44% em 2020, à medida que o sector avançava para uma produção em maior escala. O Rabobank estima que esta tendência se mantenha e que a percentagem do rebanho nacional em explorações com mais de 1.000 cabeças aumente novamente para 56% em 2025.

Por outro lado, o Rabobank estima um défice de importações de 11,9 Mt de equivalente líquido de leite (LME) em 2023. O défice de importações deverá aumentar nos próximos dez anos, à medida que a procura na China aumenta a um ritmo superior ao da oferta interna.

Fonte: Agrodigital.com e Todo Lecheria