21/11/2010 às 12h42min - Atualizada em 21/11/2010 às 12h42min

Pastejo rotacionado triplica produção de leite em Recreio, Minas Gerais

Governo de Minas Gerais

Experiência desenvolvida em uma unidade demonstrativa de Recreio, na Zona da Mata, está provando que, com a utilização de técnicas adequadas, é possível até triplicar a produção de leite nas propriedades rurais do município. A unidade, implantada em uma propriedade particular, pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG), na comunidade rural de Agaturama, conseguiu saltar de uma produção inicial de 60 litros diários de leite, em média, para 180 litros/dia, conforme informações do extensionista local, Rodrigo Junqueira. 

Segundo Junqueira, o objetivo do projeto é melhorar a qualidade e a quantidade da alimentação oferecida aos rebanhos, de forma que os produtores do município adotem a iniciativa em suas propriedades. De acordo o técnico, “o projeto desencadeou outras melhorias, como o aumento no índice de sanidade animal e um melhor desempenho reprodutivo do gado”. 

A manutenção da unidade demonstrativa fica a cargo dos produtores locais. Mas, segundo Junqueira, “a Emater-MG presta assistência técnica e auxilia aqueles que se interessam pelo pastejo rotacionado”. Ainda de acordo o extensionista, o local tem atraído a atenção de produtores de outros municípios como Leopoldina, Itamarati de Minas e Santana de Cataguases, recebendo a visita de muitos deles. 

Desde 2007, ano de implantação do projeto, dez propriedades rurais de Recreio adotaram o sistema de pastejo rotacionado. O extensionista lembra que o projeto foi implementado após visitas às propriedades do município. O levantamento constatou naquela época, a precariedade na alimentação oferecida aos bovinos da redondeza e por isso a técnica foi incentivada pela empresa. 

O pastejo rotacionado consiste em dividir a pastagem em três ou mais partes (denominadas piquetes), protegidas por cercas, para que o gado possa se alimentar em sistema de rodízio. Isso permite a recuperação do capim, enquanto uma determinada área fica em repouso. Mas para o funcionamento correto do sistema, “o produtor deve tomar outros cuidados, como a correção do solo e o respeito aos períodos de descanso das plantas forrageiras, fontes de alimentação para os animais”, alerta Junqueira. Ele completa que “as gramíneas mais comuns, capim braquiarão e capim mombaça, por exemplo, exigem respectivamente de 30 a 28 dias para se recuperarem no pasto”.

 


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