Antes da ideia da queijaria, a família tinha a produção de leite, só que o retorno não era tão rentável, pois a venda por litro ficava em torno de R$ 2,5o. Com a ajuda da Secretaria de Agricultura, o casal começou a pensar em outros tipo de produção. Agora, o valor subiu para R$ 5 por litro em formato de queijo e os produtores estão pensando em expandir a produção. Antes faltava muitos recursos, então veio o pessoal da secretaria, fez uma reunião com a comunidade e apresentou o projeto. Não tinhamos experiência com queijo. A gente foi, participou de todos os cursos que eles deram e também agora hoje em dia temos internet. A Veridiana pesquisou bastante, estudou, também fez vários cursos on-line para se aperfeiçoar.
Os dois mergulharam no ‘universo’ dos queijos e diversificaram a produção. Os clientes podem escolher desde o tradicional, até o minas frescal, temperados com chimichurry, orégano, recheados com goiabada, doce de leite e o queijo ao vinho. Cada sabor é pensado desde o momento da alimentação do rebanho. Conforme a produtora Veridiana, o rebanho come apenas pastagem pois é o que garante o sabor único do queijo. Por enquanto estamos vendendo só particular, e não estamos dando conta da demanda. Um amigo passa pro outro e vão passando nossos contatos e vão fazendo os pedidos. Toda semana, quando tem uma boa quantidade a gente vai e entrega nas residências do pessoal. Nosso primeiro passo agora é aumentar nosso rebanho, estamos com sete [vacas] em lactação e uma para criar. Precisamos aumentar para umas 15 ou 20, até mais. A capacidade nossa agora está de 12 a 13 quilos de queijo por dia.
Para chegar abrir as portas pela primeira vez hoje, o casal precisou de um pontapé inicial com apoio do projeto de Implantação de Agroindústria da Agricultura Familiar. A Secretaria de Agricultura fornece apoio aos produtores de Guarapuava, dando toda a assistência têcnica na cadeia de produção. Isso inclui da orientação da pastagem, nutrição animal, boas práticas, processamento, transformação da matéria-prima e comercialização. Conforme a nutricionista e coordenadora, Nivian Ross, nesta primeira etapa, são sete queijarias e uma agroindústria de polpa de frutas que integram o projeto. A legislação prevê que as agroindústrias tenham um responsável técnico na produção. Por isso, a secretaria também está cedendo uma médica veterinária para ser responsável técnica e atuar com os produtores. Além disso, eles recebem um kit de equipamentos necessários, no valor de aproximadamente R$ 25 mil. Em contrapartida, o produtor é responsável pela instalação física dentro das normas sanitárias para o registro de inspeção.
Autoras: Valeria Hamann e Vallery Nascimento
Fonte: Rede Sul de Notícias