18/09/2023 às 09h06min - Atualizada em 18/09/2023 às 09h06min

“Nosso negócio é fazer queijo”, diz casal de produtores da Palmeirinha em Guarapuava - PR

Queijaria Bella Luz abriu as portas, mas os produtores dizem que não estão dando conta da demanda.

Valeria Hamann e Vallery Nascimento
Rede Sul de Notícias
Foto: Vallery Nascimento/RSN

Queijaria Bella Luz abriu suas portas em 14 de setembro, mas os produtores dizem que não estão dando conta da demanda. Toda a família ajuda na produção. Desde às 6h, a Veridiana Gunha já está lidando com a produção do leite que vai se transformar em queijo. Ela só volta para casa às 13h30 para ajudar em outras partes da produção. Ela e o marido Jeferson de Oliveira, decidiram ficar no campo e fazer do rebanho um meio de garantir o sustento da família. Há dois anos o sonho de ter a marca parecia distante, mas após tantos investimentos, o casal agora é dono da Queijaria Bella LuzDe acordo com a família, Jeferson trabalhava em uma rede de supermercados, mas o coração queria ficar na propriedade na Comunidade Gramados no Distrito da Palmeirinha em Guarapuava. Com a queijaria, o casal, a sogra e outros familiares ajudam na produção. Inclusive, até o filho de 10 anos dos produtores ajudou escolhendo o nome do negócio. Meu filho chegou um dia e disse vai se chamar ‘Bella Luz’ e deixamos esse nome. É muito bom ter um negócio em família, é a nossa casa, é família! Todo mundo sempre junto, onde precisa de um o outro vai. 

DIVERSIDADE DE SABORES

Antes da ideia da queijaria, a família tinha a produção de leite, só que o retorno não era tão rentável, pois a venda por litro ficava em torno de R$ 2,5o. Com a ajuda da Secretaria de Agricultura, o casal começou a pensar em outros tipo de produção. Agora, o valor subiu para R$ 5 por litro em formato de queijo e os produtores estão pensando em expandir a produção. Antes faltava muitos recursos, então veio o pessoal da secretaria, fez uma reunião com a comunidade e apresentou o projeto. Não tinhamos experiência com queijo. A gente foi, participou de todos os cursos que eles deram e também agora hoje em dia temos internet. A Veridiana pesquisou bastante, estudou, também fez vários cursos on-line para se aperfeiçoar. 

 

Os dois mergulharam no ‘universo’ dos queijos e diversificaram a produção. Os clientes podem escolher desde o tradicional, até o minas frescal, temperados com chimichurry, orégano, recheados com goiabada, doce de leite e o queijo ao vinho. Cada sabor é pensado desde o momento da alimentação do rebanho. Conforme a produtora Veridiana, o rebanho come apenas pastagem pois é o que garante o sabor único do queijo. Por enquanto estamos vendendo só particular, e não estamos dando conta da demanda. Um amigo passa pro outro e vão passando nossos contatos e vão fazendo os pedidos. Toda semana, quando tem uma boa quantidade a gente vai e entrega nas residências do pessoal. Nosso primeiro passo agora é aumentar nosso rebanho, estamos com sete [vacas] em lactação e uma para criar. Precisamos aumentar para umas 15 ou 20, até mais. A capacidade nossa agora está de 12 a 13 quilos de queijo por dia.

(Foto: Vallery Nascimento/Portal RSN)

PROJETO MUNICIPAL 

Para chegar abrir as portas pela primeira vez hoje, o casal precisou de um pontapé inicial com apoio do projeto de Implantação de Agroindústria da Agricultura Familiar. A Secretaria de Agricultura fornece apoio aos produtores de Guarapuava, dando toda a assistência têcnica na cadeia de produção. Isso inclui da orientação da pastagem, nutrição animal, boas práticas, processamento, transformação da matéria-prima e comercialização. Conforme a nutricionista e coordenadora, Nivian Ross, nesta primeira etapa, são sete queijarias e uma agroindústria de polpa de frutas que integram o projeto. A legislação prevê que as agroindústrias tenham um responsável técnico na produção. Por isso, a secretaria também está cedendo uma médica veterinária para ser responsável técnica e atuar com os produtores. Além disso, eles recebem um kit de equipamentos necessários, no valor de aproximadamente R$ 25 mil. Em contrapartida, o produtor é responsável pela instalação física dentro das normas sanitárias para o registro de inspeção.

Autoras: 
Valeria Hamann e Vallery Nascimento
Fonte: Rede Sul de Notícias


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