15/06/2023 às 09h17min - Atualizada em 15/06/2023 às 09h17min

O déficit da balança comercial brasileira de produtos lácteos cresce novamente em maio.

O resultado da balança comercial brasileira de lácteos no mês de maio, em equivalente litros de leite, é o segundo maior da série histórica iniciada em 2006

Terra Viva com dados do MIDC - Ministério da Economia

Balança comercial – O resultado da balança comercial brasileira de lácteos no mês de maio, em equivalente litros de leite, é o segundo maior da série histórica iniciada em 2006, e só foi superado pelo recorde de março de 2023. Em dólares é o maior resultado negativo.

 

O déficit acumulado nos últimos 12 meses também é o maior da história e superou os US$ 900 milhões.

As importações de produtos da categoria NCM0402, especialmente leite em pó integral, são as responsáveis pelo crescimento.

Na esteira dessa avalanche de importações está a queda da produção interna de leite, refletida na aquisição de leite pela indústria. Desde 2021 está havendo redução na captação de leite pelas fábricas, conforme revelado nos números divulgados pela Pesquisa Trimestral do Leite do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE).

Acompanhando o gráfico, observa-se que a aquisição de leite pela indústria vem perdendo sustentação, e isto se reflete na disponibilidade de produtos lácteos para o mercado interno. Essa lacuna vem sendo preenchida pelas importações, que estão mantendo consistentes níveis elevados desde meados de 2022.

Em análise recente foi constatado que o leite adquirido pela indústria mostra estagnação. Em 2022, os 23,7 bilhões de litros captados ficaram muito próximos dos 23,5 bilhões de litros de 2013, e é o menor valor desde 2016.

Matéria divulgada pela SuperVarejo diz: “A indisponibilidade do leite longa vida nas gôndolas dos supermercados atingiu o maior patamar desde julho de 2022, chegando a 18,4% em abril de 2023”. Portanto, as importações estão sendo insuficientes para o total abastecimento do mercado interno.

O gráfico sobre a evolução do comércio brasileiro de lácteos mostra que nem o aumento do preço do leite ao produtor ocorrido no segundo semestre de 2022 foi capaz de reduzir as importações. Os últimos censos agropecuários do IBGE mostram que o rebanho leiteiro do Brasil atingiu o pico em 2012, e em 2021 já havia caído em mais de 30%.

Até bem pouco tempo, a concentração da produção e o aumento da produtividade animal estavam cobrindo a redução do rebanho. Mas, ao que tudo indica, esse modelo já está sendo superado, e novas alternativas precisam ser encontradas, para que o Brasil volte a ser autossuficiente na produção de leite.  O gráfico sobre a evolução do comércio brasileiro de lácteos mostra que nem o aumento do preço do leite ao produtor ocorrido no segundo semestre de 2022 foi capaz de reduzir as importações. Os últimos censos agropecuários do IBGE mostram que o rebanho leiteiro do Brasil atingiu o pico em 2012, e em 2021 já havia caído em mais de 30%.
Até bem pouco tempo, a concentração da produção e o aumento da produtividade animal estavam cobrindo a redução do rebanho. Mas, ao que tudo indica, esse modelo já está sendo superado, e novas alternativas precisam ser encontradas, para que o Brasil volte a ser autossuficiente na produção de leite.  

Fonte: Terra Viva com dados do MIDC - Ministério da Economia


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