18/05/2023 às 20h41min - Atualizada em 18/05/2023 às 20h41min

O modo certo de fazer queijos artesanais de Minas será registrado pelo IEPHA/MG

Modo de Fazer o Queijo Artesanal da Região do Serro pelo Instituto Periférico

Redação Nordeste Rural

O processo de ampliação do reconhecimento dos modos de fazer os queijos artesanais mineiros como patrimônio cultural. A ampliação do registro dos modos de fazer os queijos começou este mês em Araxá. Atualmente, há reconhecimento na esfera estadual, pelo IEPHA/MG, somente do Modo de Fazer o Queijo Artesanal da Região do Serro. Agora Minas Gerais pretende ampliar o registro dos saberes relacionados à produção de queijo artesanal de leite cru feito em todo estado. O processo de ampliação começa pela região de Araxá, que será a primeira a ter os estudos elaborados. Durante o processo serão feitas pesquisas, registros audiovisuais e outras ações.

O trabalho será realizado pelo Instituto Periférico. Para marcar o início do trabalho, foi realizado um grande encontro reunindo o secretário de Desenvolvimento Econômico, Inovação e Turismo de Araxá, Juliano César da Silva, e a presidente da Fundação Cultural Calmon Barreto, Cynthia Rocha Verçosa, além de representantes da CBMM, uma das patrocinadoras do projeto. Foram estreitados laços importantes que vão facilitar o acesso da equipe a documentos históricos, acervo e outras informações sobre os detentores dos saberes locais. De acordo com Cynthia, sob tutela da Fundação, existe um acervo importante relacionado à história da cidade, incluindo itens de fazendeiros e de produção do queijo ao longo dos anos.

O Instituto Periférico também organizou uma audiência pública com produtores e representantes de instituições envolvidas na cadeia produtiva do queijo, como a Emater e o Sebrae, em um momento de troca de informações e escuta, importante para melhor entendimento sobre o setor, processos, distribuição e consumo do queijo na região.

Para a extensionista da Emater-MG em Araxá, Silvia Passos, é importante trabalhar a questão do Queijo Minas Artesanal na região, com seu resgate e identificação, valorizando a tradição e a cultura envolvida na fabricação do queijo. “Historicamente, o queijo artesanal fez parte da construção da sociedade de Araxá, foi e continua sendo muito importante economicamente. Muitas famílias têm o queijo como fonte de renda. Esse resgate vai envolver as novas gerações e trazer novas pessoas para esse cenário, promovendo um desenvolvimento ainda maior do setor”.

De acordo com a coordenadora do projeto, Luciana Praxedes, conhecer de perto o trabalho de alguns produtores e ouvir os desafios que se encontram no processo produtivo foi de extrema importância para a equipe gestora e para as pesquisadoras que desenvolverão os inventários da região de Araxá. “A oportunidade de partilhar expectativas e a compreensão sobre a centralidade do queijo na vida dos produtores e demais profissionais do setor permitirão ao projeto realizar ações que, de fato, correspondam à realidade da cadeia produtiva”.

Fonte: Redação Nordeste Rural


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