27/04/2023 às 17h49min - Atualizada em 27/04/2023 às 17h49min

Embrapa: Custo de produção de leite cresce em março

Após uma queda no custo de produção de leite em fevereiro, o mês de março fechou em ligeira elevação de 0,2%

Centro de Inteligência do Leite (CILeite/Embrapa)
EMBRAPA
Após uma queda no custo de produção de leite em fevereiro, o mês de março fechou em ligeira elevação de 0,2%. Mas, em 2023, a inflação de custos acumulada nos dois primeiros meses do ano está em 1,4%, enquanto a variação anual de custos de produção de leite registrou uma deflação de -3,5%.

Custo da mão de obra impactou a inflação de custos em março

O custo do grupo “Mão de obra” registrou expressiva elevação de 4,6%, puxado pela elevação do custo da mão de obra variável; ou seja, os diaristas, que cresceu 25% em apenas um mês. Este grupo tem peso significativo na composição do índice final e impactou sobremaneira o cálculo final da inflação de custos. Também ocorreu elevação no grupo “Energia e combustível” (1,6%) dada a elevação do preço da gasolina nos postos. Os grupos “Sanidade e reprodução” e “Qualidade do leite” também pressionaram a inflação ao produtor de em março.

Em um outro extremo, os grupos relacionados à alimentação do rebanho continuaram mantendo a tendência de queda. O grupo “Minerais” registrou variação expressiva de -6,3% somente em março. Também os grupos “Volumosos” e “Concentrado” tiveram quedas expressivas de preços. Respectivamente, registraram -1,9% e -0,7%. Os dados constam do Gráfico 1.

 


O primeiro trimestre do ano fechou com elevação acumulada no custo de produção de 1,4%. O Custo do grupo “Mão de obra” subiu 10,9%, seguido pela "Qualidade do leite", que acumulou 9,2% de alta. Foram elevações percentuais expressivas para um período de apenas três meses. Dois outros grupos também contribuíram para a elevação do custo: “Energia e combustível” e “Sanidade e reprodução”. Mas, com menor impacto, registraram elevação de 2,2% e 1,0%, respectivamente. Por outro lado, a alimentação registrou deflação. O grupo “Minerais” acumulou queda de preços, o mesmo ocorrendo com os grupos “Volumosos” e “Concentrado”. Os dados constam do Gráfico 2.
 

 

Na comparação de custos verificados em doze meses, houve uma variação acumulada de -3,5%. Isso se deveu à forte elevação dos custos de produção em março de 2022, quando o impacto da guerra da Ucrânia chegou até às fazendas de leite, e à posterior acomodação dos preços de insumos importantes para a produção de leite.

Os grupos que geraram a inflação nos custos foram aqueles com formação de preços no mercado internacional. Passado o soluço inflacionário, foram também estes grupos tiveram quedas: “Volumosos” (-19,6%), “Energia e combustível” (-13,4%), “Concentrado” (-7,6%) e “Minerais” (-1,1%). Outros três grupos apresentaram variação positiva de preços: “Qualidade do leite” (28,8%), “Mão de obra” (17,9%) e “Sanidade e reprodução” (9,8%). Os dados são apresentados no Gráfico 3. 
 

 

Fonte: Centro de Inteligência do Leite (CILeite/Embrapa)


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