21/03/2023 às 09h06min - Atualizada em 21/03/2023 às 09h06min

Epamig e Senai debate possibilidades para integração entre pesquisa e empresas

A colaboração entre a Epamig e o setor produtivo não é algo inédito. “O Programa Estadual de Pesquisa em Leite e Derivados é o que possui maior interação com a agroindústria, mas isso acontece em diversas outras áreas.

A Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) e o Serviço Nacional da Indústria (Senai) promoveram em Belo Horizonte, um Workshop sobre Agroindústria. O objetivo foi buscar a interação entre as ações dos programas de pesquisa da Epamig ligadas à agroindústria, com o setor produtivo, em áreas como cafeicultura, olivicultura, produção de leite e derivados, vitivinicultura, iniciativas carbono zero, hortaliças não convencionais, plantas medicinais e macaúba; e apresentar as principais linhas de fomento à inovação do Senai.

“A inovação é a atividade fim da Epamig, daí a importância de buscarmos estabelecer boas relações com instituições dispostas a fomentar o desenvolvimento dessas tecnologias, como o Senai, e também com startups e empresas que queiram ser parceiras na proposição e na validação de novas ferramentas e produtos”, destacou a diretora-presidente da Epamig, Nilda Soares, que também exaltou a parceria com a extensão rural no atendimento às demandas dos produtores. “A pesquisa, o ensino e a extensão compõem o tripé da evolução da agropecuária na geração, transferência e aplicação das tecnologias”. O evento teve também a participação de representantes de agroindústrias convidados para os momentos de interação.
 
Integração pesquisa empresa
A colaboração entre a Epamig e o setor produtivo não é algo inédito. “O Programa Estadual de Pesquisa em Leite e Derivados é o que possui maior interação com a agroindústria, mas isso acontece em diversas outras áreas. Apresentamos aqui alguns exemplos, como a criação de aplicativos e metodologias de gestão; as parcerias com os produtores de azeite e de vinho e as tecnologias para o controle alternativo de pragas e doenças, dentre outros. Esse primeiro encontro já resultou em novas possibilidades, seis grupos temáticos, compostos por profissionais da Epamig, do Centro de Inovação e Tecnologia (CIT Senai) (MG) e do Senai Santa Catarina / Rcbio foram formados e novos encontros entre as equipes já estão sendo preparados”, ressalta o diretor de Operações Técnicas da Epamig, Trazilbo de Paula.

Outro exemplo destacado foi o edital Compete Minas, promovido pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico e pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig) com o objetivo de consolidar parcerias de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) entre instituições de ciência e tecnologia (ICTs) e o setor privado. Na edição de 2022, a Epamig aprovou dois projetos: “Monitoramento remoto do clima e modelagem da dinâmica temporal de doenças e de insetos-pragas em cultivos agrícolas de expressão em Minas Gerais” e “Solução tecnológica composta por sistema web (software) e dispositivo (hardware) para controle e monitoramento na cadeia produtiva de leite em Minas Gerais”.

Os dois projetos serão desenvolvidos em parceria com a Ativa Soluções Tecnológicas Indústria e Comércio S/A, empresa de tecnologia sediada no município de Santa Rita do Sapucaí, que também participou do Workshop na última semana. O pesquisador Hudson Teixeira, coordenador do projeto sobre Monitoramento Remoto do Clima, conta que a ideia é desenvolver uma ferramenta que, abastecida por dados de clima e fitossanitários, permitirá em futuro breve, emitir alertas de risco fitossanitário para diferentes culturas.

“Vamos testar e validar em campo o uso, a aplicabilidade e a eficiência técnica de estações meteorológicas PCD IoT equipadas com um software, desenvolvido pela Ativa, para coletar de forma automática, remota e em tempo real diversos dados climáticos em propriedades agrícolas que cultivam feijão, café, citros, videira e oliveira em Minas Gerais e confrontar tais observações com a incidência natural de doenças e de insetos-pragas nessas culturas em condições reais de cultivo. A partir dessas informações, vamos desenvolver um software baseado em modelos epidemiológicos e específicos para cada cultura e patossistema (interação entre patógeno e hospedeiro)”, explica Hudson.

Kely Correa, coordenadora do projeto sobre a cadeia produtiva do leite, destaca a relevância econômica da atividade no Brasil, e em Minas Gerais, que historicamente é o maior produtor de leite do país. “Em relação a produção brasileira sob inspeção, Minas Gerais lidera com 6,285 bilhões de litros de leite. Contudo, um dos grandes desafios das indústrias de laticínios é o setor de captação de leite com obtenção de dados confiáveis de qualidade da matéria-prima em tempo reduzido. Dessa forma, a proposta visa o desenvolvimento e validação de protótipos com sensores inteligentes acoplados, que vão permitir a rastreabilidade do leite nas etapas de armazenamento, captação, transporte e recebimento na indústria, e que serão monitorados por um software”.
 
Fonte: Epamig

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