10/08/2016 às 11h05min - Atualizada em 10/08/2016 às 11h05min

Quatro indústrias de laticínios da Argentina exportaram leite em pó acima de US$ 3.000/tonelada

Indústrias conseguem exportar leite em pó por mais de US$ 3.000/tonelada, mas a média geral do produto continua sendo baixa.

Primeiro – O preço médio das exportações de leite em pó argentino continua sendo horrível.

Segundo – Algumas poucas empresas conseguiram embarcar com valores rentáveis (superior a US$ 2.700/tonelada).

Terceiro – A dispersão de preços é brutal: 85%.

As exportações argentinas de leite em pó integral a granel, declaradas em julho passado foram de 13.981 toneladas ao valor médio ponderado de US$ 2.334/tonelada, contra 4.471 toneladas a US$ 2.366/tonelada em junho deste ano. O dado em destaque é que: 625 toneladas (4,5% do total) foram declaradas com valor FOB superior a US$ 3.000/tonelada, enquanto que 2.396 toneladas (17%) tiveram preços maiores do que US$ 2.700/tonelada. Os maiores preços declarados em julho passado corresponderam aos lotes: – todos com destino ao Brasil – de 100 toneladas da Noal a US$ 3.350/toneladas; 25 toneladas de La Varense por US$ 3.150/toneladas; e 400 toneladas da LDC Commodities (Dreyfus) por US$ 3.082/tonelada; e 1.000 toneladas da Verónica a US$ 3.000/tonelada.

Os menores valores FOB declarados corresponderam às operações da Mastellone Hnos para a Argélia – 397 toneladas a US$ 1.810/tonelada; 100 toneladas da SanCor para Cuba ao preço de US$ 1.909/toneladas; e 300 toneladas da SanCor para a Argélia por US$ 1.950/tonelada.

A maior parte dos embarques registrados no mês passado se destinaram ao Brasil (5.887 toneladas, equivalente a 42% do volume total declarado), seguido pela Argélia (36%), Rússia (13%), e Chile (6%). O restante foi encaminhado para o Uruguai, Paraguai, Jamaica, Cuba, Colômbia e México. “Os preços internacionais tanto do leite em pó integral como desnatado sugerem que o mercado desse produto pode estar iniciando uma fase de recuperação”, disse o último boletim lácteo mundial publicado pelo USDA [Departamento de Agricultura dos Estados Unidos].

“Os recentes aumentos nos valores globais do leite em pó poderão ser o primeiro sinal de um reajuste progressivo de uma situação de sobre oferta do produto. Ainda que possa haver recuperação neste ano, não deverá ser nada significativo em decorrência dos elevados estoques. Não se pode esperar uma recuperação substancial antes de 2017”, diz o boletim do USDA.

Fonte: Terra Viva


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