Dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) indicam que as exportações de leite brasileiras tiveram uma queda de 25,37% na comparação entre o período de janeiro a julho de 2015 (US$ 150 milhões) e janeiro a julho de 2014 (US$ 201 milhões). A redução deve-se à baixa dos preços do leite no mercado internacional e à menor competitividade das empresas brasileiras, que enfrentam alta carga tributária e custos expressivos para produção.
No mesmo período, as importações se mantiveram praticamente estáveis, com redução de apenas 1,98%, passando de US$ 252 milhões para US$ 247 milhões. “Esse cenário demonstra uma preocupação grande porque significa que não estamos conseguindo tirar produto do mercado interno, o que cria uma forte pressão sobre o preço. Sem solução, não haverá outra forma senão repassar essa perda ao produtor”, indica o presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Alexandre Guerra.
O dirigente pontua o alto impacto da importação de leite em pó no mercado nacional em 2015, fato que vem encolhendo o lucro das indústrias locais. Desta forma, destaca Guerra, "não há espaço para o governo do estado do Rio Grande do Sul realizar qualquer tipo de ampliação na carga tributária do setor, sob pena de reduzir ainda mais a margem de lucro da indústria a níveis insustentáveis e abalar a rentabilidade ao produtor".
Para debater alternativas para o setor, o 1º vice-presidente do Sindilat, Guilherme Portella, estará no dia 12 de agosto (quarta-feira) em Brasília para reunião com a ministra Kátia Abreu.