23/05/2015 às 09h51min - Atualizada em 23/05/2015 às 09h51min

Personalidades do agronegócio debatem os “Desafios e oportunidades do setor lácteo”

MB Comunicação Empresarial/Organizacional

O evento foi promovido pela Câmara Temática do Agronegócio do município, com apoio do SEBRAE/SC, da Prefeitura Municipal, da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional e da Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina (FACISC).

O objetivo foi analisar as práticas na cadeia leiteira da região oeste catarinense e sugerir melhorias para agregar valor e renda na propriedade. Participaram mais de 120 representantes de empresas e entidades, técnicos, engenheiros agrônomos e representantes dos poderes públicos municipais da área de abrangência da Associação dos Municípios do Oeste de Santa Catarina (AMOSC).

Na abertura do evento, o coordenador da Câmara Temática do Agronegócio de Quilombo, Enio Francisco Copatti, ressaltou que a iniciativa será um marco para o desenvolvimento da cadeia produtiva do setor lácteo de toda a região. “Para sermos competitivos no mercado globalizado, precisamos ser competitivos em toda a cadeia produtiva. Para o segundo semestre deste ano, estamos prevendo um seminário local, com a participação dos produtores de leite do município e região para abordar os temas do I workshop”.

O secretário de agricultura e meio ambiente de Quilombo, Leonir Dallssaço, destacou que a principal preocupação é, juntamente com gestores públicos e privados, técnicos e pesquisadores do setor lácteo, criar estratégias que visem o desenvolvimento e o fortalecimento de toda a cadeia produtiva. “O evento contou com palestrantes com vasto conhecimento na área, que contribuíram para a construção de uma proposta fundamentada em princípios teóricos/práticos para melhorar o setor lácteo regional”.

Segundo o coordenador regional oeste do Sebrae/SC, Enio Albérto Parmeggiani, a partir desse momento será possível verificar os desafios que virão pela frente. “Precisamos ter uma leitura clara tanto na área técnica quanto nas políticas públicas do município, bem como do contexto nacional e internacional que permita estabelecer um comparativo com a região, adequando nossos processos produtivos”.

Enfatizou ainda que a iniciativa representa uma oportunidade para entendimento e alinhamento de políticas públicas e ações integradoras que fortaleçam o aumento da competitividade da cadeia produtiva do setor lácteo, sejam amparados por implementação de processos de inovação ou de articulação e de estratégias adotadas pelos municípios em suas políticas de apoio ao segmento de produção primária.

Para o secretário de desenvolvimento regional de Quilombo, Jackson Casteli, o modelo do setor em Santa Catarina é vitorioso. “O Estado é o quinto maior produtor do leite e, em área de produção, é o maior do país. O grande foco de desenvolvimento do oeste é este segmento e, portanto, precisamos apoiar eventos que potencializam ainda mais a cadeia produtiva leiteira”.

O presidente da Associação Comercial e Industrial de Quilombo (ACIQ), Rodrigo Conci, complementou a importância da ação para ampliação de conhecimento de iniciativas que possibilitem o desenvolvimento da cadeira produtiva do leite. “Estamos felizes porque esse evento desenvolvido pela Câmara Técnica do Agronegócio é um dos primeiros frutos do Programa de Desenvolvimento Local de Quilombo, implantado há pouco mais de um ano”.

O prefeito municipal Neuri Brunetto lembrou que mais de 1.300 famílias rurais atuam no segmento em Quilombo e a média de produção é de 60 mil/litros de leite dia. “Observamos que os produtores têm investido em genética, pastagens, instalações e outros quesitos que visam oferecer um produto de qualidade. O evento vem de encontro a essa constante busca por inovações e nos trouxe informações não somente para aumentar o ganho financeiro, mas também para melhoria da gestão, entre outros aspectos. Temos grande equipe técnica e um dos desafios é juntar governo e iniciativa privada para elevar ainda mais a produção no Estado”.

Em seu pronunciamento, o presidente da ACAMOSC, Dianei Fortti, também manifestou apoio às ações que promovem o desenvolvimento do agronegócio no oeste catarinense.

A programação incluiu painel “Cenário do setor lácteo sua governança e sistemas de acompanhamento de desempenho” com Jurandi Teodoro Gugel, do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), com o secretário Adjunto da Secretaria do Estado de Agricultura e Pesca Airton Spies e o presidente do Conseleite/SC, Adelar Maximiliano Zimmer.

Também foi realizado painel com o tema “Desafios da competitividade do setor lácteo do Oeste de Santa Catarina” com Marcelo Hentz Ramos do Laboratório 3R que abordou o tema nutrição; Celso Barbieiro Alves, da TAG Brasil que falou sobre genética e Selvino Giesel, gerente de Política Leiteira da Aurora que aprofundou sobre as novas tecnologias e a realidade do setor. O evento finalizou com a construção e apresentação dos painéis pelos participantes.

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO LOCAL (DEL)

O supervisor estadual da FACISC, Clóvis Consoli, explica que a Câmara Técnica do Agronegócio é uma das cinco Câmaras Técnicas do Programa de Desenvolvimento Econômico Local (DEL), implantado pela FACISC em parceria com a ACIQ e Prefeitura Municipal. Formada por um grupo de profissionais com conhecimento técnico na área, as reuniões ocorrem mensalmente para discutir, sugerir, elaborar e executar projetos que agreguem valor e renda nas propriedades, visando melhorar a qualidade de vida das famílias rurais do município.

Segundo Clóvis, por meio do Programa de Desenvolvimento Econômico Local, foi criado um Conselho de Desenvolvimento Econômico composto de forma tripartite pelo poder público, privado e comunidade. “Todos são voluntários e se reúnem mensalmente para discutir e propor projetos elaborados pelas cinco câmaras técnicas”.

Além da Câmara Técnica do Agronegócio, o Programa de Desenvolvimento Econômico também é formado pelas seguintes áreas: Turismo, Educação, Infraestrutura, Indústria e Comércio.

PANORAMA DO SETOR LÁCTEO

Reconhecido como o quinto produtor nacional de leite, o Estado de Santa Catarina produz 2,8 bilhões de litros/ano. Praticamente, todos os estabelecimentos agropecuários são produtores, o que gera renda mensal às famílias rurais e contribui para o controle do êxodo rural. O oeste catarinense responde por 73,8% da produção. Os 80.000 produtores de leite (dos quais, 60.000 são produtores comerciais) geram 7,4 milhões de litros/dia.

 


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