12/12/2012 às 12h14min - Atualizada em 12/12/2012 às 12h14min

Leite Gaúcho mostra benefícios da pastagem irrigada a produtores de Pejuçara

Emater/RS

Consideradas pela Emater/RS-Ascar uma das fontes mais econômicas para alimentar o gado de leite, as pastagens, em especial as perenes – aquelas que se renovam constantemente pela natureza -, aliadas à irrigação, permitem obter leite com menos custos, mais qualidade e segurança. 

O tema foi discutido no segundo módulo do curso de capacitação, promovido no dia 29 de novembro para 20 produtores de Pejuçara. A iniciativa é uma das ações do Programa Leite Gaúcho, coordenado no Estado pela Secretaria de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo (SDR) e desenvolvido pela Emater/RS-Ascar. 

Conduzido pelos extensionistas da Emater/RS-Ascar, Loiva Mittelstaedt, Paulo Zambra e Carlos Dalla Corte, o grupo visitou duas propriedades rurais de Catuípe, município vizinho, onde o gado leiteiro pasta em área irrigada por sistema de aspersão enterrada. Na propriedade de Geison Bernardi há seis hectares irrigados e cultivados com grama tifton. Satisfeito, Bernardi disse que pretende pagar em dois anos o investimento feito usando parte do dinheiro recebido na venda do leite e do feno. 

O plantel leiteiro de Bernardi é de 50 vacas, das quais 33 estão em lactação. A base da alimentação é grama tifton e ração. O objetivo do produtor de leite de Catuípe é aumentar o plantel para 80 vacas e reflorestar parte da área para garantir sombra aos animais. “Quem tem irrigação faz adubação correta do solo e, tendo boa vontade, é capaz de colocar 15 vacas por hectare de tifton”, projetou Bernardi. 

A segunda propriedade visitada foi a do casal Julciane e Marcos Azolim, de dez hectares, adquirida há uma década através do Programa Nacional de Crédito Fundiário, do Governo Federal. Com recursos próprios, o casal comprou, este ano, mais cinco hectares. O sistema de irrigação que implantaram faz jorrar água em 1,4 hectares. 

Conforme Azolim, os resultados são visíveis. “Mesmo na seca, mantivemos a produção de leite, com média de 16.7 litros vaca/dia”, disse. Para ele, a irrigação é um investimento que “se paga”. Atualmente, a propriedade tem 25 animais, dos quais, 15 vacas leiteiras que se alimentam de grama tifton, silagem e ração. “Para o futuro pretendemos aumentar mais 0,9 hectare de tifton irrigado e chegar a ter 40 animais no nosso plantel”, planejou Azolim. 

Segundo Paulo Zambra, da Emater/RS-Ascar, atualmente o acesso dos agricultores familiares a sistemas de irrigação tem sido facilitado pelo Programa Mais Água Mais Renda, do Governo do Estado. 

A consciência ambiental dos agricultores, em especial, os de Catuípe, foi destacada por Dalla Corte. Os sistemas de irrigação do município, segundo ele, não danificam as Áreas de Preservação Permanente (APPs), isolando e reflorestando os locais previstos no Código Florestal. 

Após ouvir atentamente, o agricultor Otto Kläsener concluiu que a superlotação de animais no pasto e a pouca segurança alimentar em época de estiagem são fatores de risco. “Por isso, devemos ter alimento suficiente e investir na irrigação para obter retorno”, ponderou Kläsener.

 


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