22/06/2024 às 08h18min - Atualizada em 22/06/2024 às 08h18min

Governo estadual declara Queijo Kochkäse e Linguiça Blumenau como patrimônios culturais imateriais de SC

Kochkäse, o queijo patrimônio do Vale Europeu brasileiro

Governo do Estado de Santa Catarina
Foto Divulgação Caixa Colonial SC
Produtos tradicionais das colônias alemãs de Santa Catarina, o Queijo Kochkäse e a Linguiça Blumenau, iguarias típicas de imigrantes alemães, ganharam fama, viralizaram como ingredientes gourmet e receberam o título de patrimônios culturais e imateriais de Santa Catarina, conforme publicado no Diário Oficial do Estado, do dia 3 de junho de 2024. Cabe à Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) orientar as regras que devem ser obedecidas pelos produtores para que estes produtos possam ser comercializados de forma segura, sem perder as características únicas que proporcionaram tão importante título nacional. A presidente da Cidasc, Celles Regina de Matos, comenta sobre essa adesão e parabeniza pelo reconhecimento dos produtos como patrimônio cultural imaterial de Santa Catarina.

A Linguiça Blumenau é produzida em 16 municípios catarinenses do Vale do Itajaí e do Alto Vale do Itajaí há quase cem anos. A história da linguiça de carne suína pura e defumada de Blumenau começa no final do século XIX, quando imigrantes alemães se instalaram no Vale do Itajaí e adaptaram receitas de sua região de origem, a Pomerânia. O produto é fabricado somente com paleta, pernil e toucinho suínos. A Linguiça Blumenau passa pelo menos dois dias dentro de defumadores abastecidos com carvão e serragem, em um processo artesanal essencial para garantir as características únicas do produto e obteve junto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial, o selo de Identificação Geográfica (IG), na espécie Indicação de Procedência (IP).

O Queijo Kochkäse ganha agora normas de qualidade e identidade, um produto tipicamente catarinense, produzido nos municípios originados nas primeiras colônias de imigração alemã de Santa Catarina: Blumenau e Dona Francisca. É um tipo de queijo branco cozido que ainda não tinha regulamentação, que é esfarelado, salgado e fermentado, para depois ser cozido em frigideira ou panela. O queijo derretido vai se transformando lentamente no Kochkäse. Também tem forte identificação com o modelo de agricultura local e guarda saberes culinários históricos deste povo. Este produto foi regulamentado em 2020, ganhando normas para a definição de sua qualidade e identidade, contudo, a comercialização manteve-se regionalizada. A intenção agora é apresentar esse produto para os consumidores mais distantes do estado, levando a cultura aliada ao sabor ao conhecimento de todos.

O Kochkäse é um queijo cozido produzido pelos descendentes dos imigrantes alemães, oriundos da antiga região da Prússia, na maioria Pomeranos. Eram pessoas humildes, servos dos grandes senhores feudais que vieram ao Brasil em busca do seu pedaço de terra. Um grande número desse imigrantes se instalou na região do Vale do Itajaí, zona catarinense chamada de Vale Europeu, que veio a tornar-se a região mais alemã do Brasil. O Kochkäse em alemão significa “queijo cozido”. Essa iguaria é feita a partir do queijo branco, que é esfarelado, salgado e fermentado, para depois ser cozido em frigideira ou panela. O queijo derretido vai se transformando lentamente no Kochkäse. Podem haver particularidades nesse processo conforme os hábitos e ingredientes mais comuns em cada grupo familiar. Esse é um alimento comum na mesa das famílias rurais, mas não é encontrado facilmente no comércio varejista. Sua fabricação e comercialização é feito em pequena escala e quase sempre por meio de venda direta ao consumidor.

Representantes dos municípios da região e da Epagri protocolaram junto ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em Florianópolis, requerimento de abertura do processo de registro “Modo de Saber Fazer do Queijo Kochkäse da Região do Vale do Itajaí – SC” como bem cultural de natureza imaterial. Este é um queijo tradicional da região, ligado à imigração de origem germânica e que tem um modo de fazer todo peculiar a partir do leite cru. Também tem forte identificação com o modelo de agricultura local e guarda saberes culinários históricos deste povo.

Fonte: Governo do Estado de Santa Catarina

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