08/02/2008 às 13h06min - Atualizada em 08/02/2008 às 13h06min

Leite: produtor ganha nos preços

Fonte: Diário do Comércio

O setor de pecuária de leite ainda comemora os resultados obtidos no ano passado. Pesquisas do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP), mostram que o volume de leite captado pelas empresas continua batendo recorde.

De acordo com o Índice de Captação de Leite (Icap-L/Cepea), a produção de janeiro a dezembro de 2007 foi 9,88% superior à de 2006, com destaque para São Paulo, onde o volume aumentou 19,15% no mesmo período.

Em Minas Gerais, principal produtor nacional de leite, o aumento ficou na casa dos 6%, o que é considerado bem expressivo, já que o Estado produz cerca de 28% do total de leite do país, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2006.

De acordo com o Cepea, em dezembro, especificamente, o crescimento da produção nacional - seis estados (Minas Gerais, Rio Grande do Sul, São Paulo, Paraná, Goiás e Bahia) - foi de 2,81% sobre novembro. No último mês do ano passado, a produção foi 19,14% maior que a de dezembro de 2006.

De acordo com o pesquisador do Cepea, Gustavo Beduschi, a tendência de aumento da oferta, porém, tem perdido força, o que é típico desta época do ano. Dezembro normalmente é o mês com maior volume, e a partir de janeiro, a produção começa a diminuir.

Os preços do leite recebidos pelos produtores encerraram janeiro em queda, já é o quarto mês seguido de desvalorização. A média nacional dos sete estados pesquisados pelo Cepea foi de R$ 0,6666/litro (referente às entregas em dezembro), sem descontar impostos e frete, recuo de 2% ou de pouco mais de um centavo por litro em relação à média do mês anterior.

Estabilidade - Apesar da queda, o preço médio de janeiro superou em 33,6% a média obtida com os preços de janeiro dos últimos sete anos - de 2001 a 2007. Desde agosto de 2007, o preço médio tem estado mais de 25% acima das médias dos últimos anos.

Para o professor do Cepea/Esalq, Sergio De Zen, para o pagamento de fevereiro (relativo à produção de janeiro), 61% dos agentes consultados pelo Cepea apostam estabilidade de preços. Trinta e dois por cento já acreditam em aumentos, e 8%, em novas quedas.

Em Minas Gerais, a aposta em estabilidade no próximo pagamento é feita por 89% dos produtores e representantes da indústria consultados pelo Cepea e, em Minas, por 81%. Já para a maioria dos agentes de Goiás (56%), a aposta é de aumentos nos preços.


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