O produtor de leite Carlos Alberto, de Nossa Senhora da Glória, sertão de Sergipe, tem uma verdadeira história de sucessão familiar, e foi com a ajuda da Assistência Técnica e Gerencial do Senar, que ele passou de analista de sistemas, por formação, a produtor de leite. A pedido de seu pai, já idoso na época, Carlos Alberto Bezerra de Souza deixou seu emprego em Salvador, na Bahia, para auxiliá-lo. Ele relembra: “Chegou um momento em que a idade do meu pai pesou e ele me pediu para voltar e cuidar da propriedade.”
Ao retornar a Sergipe, Carlos encontrou uma realidade insustentável. Seu pai estava envolvido na criação de gado de corte, e a renda gerada mal dava para cobrir os custos operacionais, sem foco na produção de leite. Apesar de não ter experiência na área, Carlos gradualmente desenvolveu um interesse pelo trabalho.
Em 2017, ele tomou a decisão de adquirir mais animais, apesar da resistência de seu pai, que originalmente pretendia criar gado para corte. Hoje, Carlos reconhece o leite como sua principal fonte de renda, afirmando: “Valeu a pena mudar de área.” Ele atribui grande parte desse sucesso à Assistência Técnica e Gerencial (ATeG), que desempenhou um papel fundamental em seu crescimento na atividade leiteira. Carlos Alberto relata: “Em 2015, minha produção diária era de apenas 100 litros de leite, mas em 2022, aumentou para 680 litros, com uma média de 20,5 litros de leite por vaca.”
Atualmente, depois de passar por mudanças significativas, Carlos Alberto deu continuidade ao legado de seu pai e não tem arrependimentos em relação à sua mudança de área. Ele expressa sua gratidão ao Senar Sergipe, destacando a importância dos técnicos, dos dias de campo e das palestras que o ajudaram a acreditar ainda mais em seu potencial e a crescer. Agora, com uma produção leiteira ampliada e um controle de qualidade rigoroso, ele vende para grandes laticínios.
Sucesso no leite A técnica de campo e médica veterinária Diana Matos, ao visitar a propriedade de Carlos Alberto, identificou oportunidades de melhorias no manejo de bezerras, vacas e pré-parto. Ela relata: “Durante dois anos, alcançamos resultados incríveis através de um manejo cuidadoso. Conseguimos aumentar significativamente a produção individual das vacas, passando de uma média de 12,7 litros por vaca/dia para 20,5 litros.” Diana elogia a dedicação de Carlos ao projeto e seu comprometimento em buscar o melhor para seu rebanho.
Carlos Alberto seguiu atentamente as orientações, investindo em um melhor manejo alimentar e adotando práticas como o planejamento de silagem. Além disso, modernizou sua operação, introduzindo a ordenha mecânica, acompanhamento do pré-parto e separação das vacas e bezerros. Em 2020, deu um grande passo adiante com a adoção da inseminação artificial, após participar de palestras e treinamentos fornecidos pela assistência técnica. O melhoramento genético trouxe resultados ainda mais positivos. Com a receita adicional, ele realizou investimentos em tecnologias, como o enriquecimento ambiental do bezerreiro, inseminação artificial e ordenha mecânica, visando aumentar a produtividade e garantir um produto de alta qualidade. Além disso, Carlos Alberto conseguiu melhorar sua situação financeira e até adquiriu um novo veículo, desfrutando agora de uma estabilidade financeira ainda mais sólida.
Foto Divulgação Senar
