13/09/2022 às 11h23min - Atualizada em 13/09/2022 às 11h23min

Queijarias gaúchas recebem o selo IG Denominação de Origem para o queijo serrano, diz Seapdr

EMATER/RS

Duas queijarias gaúchas recebem, pela primeira vez, o registro de Indicação Geográfica (IG), na modalidade Denominação de Origem (DO), dos Campos de Cima da Serra, para o Queijo Artesanal Serrano. A Queijaria Pelizzari, de Bom Jesus, e a Queijaria Vovô Manoel, de São José dos Ausentes, receberam este reconhecimento durante a Festa Nacional da Maçã, em São Joaquim, na última semana. O selo indica que este é um produto único no mundo produzido na região. É a primeira vez que um queijo brasileiro recebe este selo nesta modalidade DO.

"Para nós é muito importante, vai valorizar o nosso produto e aumentar a nossa comercialização", comemora Celso Pelizzari, da Queijaria Pelizzari. "Foi uma caminhada muito longa até chegar aqui. Foram 26 anos de produção e neste período teve o processo de regularização do produto", conta. O queijo é uma tradição que passou de geração para geração. Agora, o próximo passo é a conquista do selo arte, afirma Pelizzari.

Tayline Bitencourt, filha de Cladecir Bitencourt e de Joice Oliveira, celebra o reconhecimento do selo, um trabalho dos pais que começou há 18 anos e que pretende seguir com o marido. "Foi uma luta, desde a criação da Associação dos Produtores de Queijo e Derivados do Leite dos Campos de Cima da Serra (Aprocampos), a união dos produtores gaúchos com os de Santa Catarina e que culminou no dia 08 de setembro com o tão esperado e sonhado IG". Segundo ela, o selo vai beneficiar muito o produto e agregar mais valor. Um queijo que é produzido de forma tradicional nos Campos de Cima da Serra desde a época dos avós.

"Esta IG DO foi construída em conjunto pela Emater do Rio Grande do Sul e pela Epagri de Santa Catarina, em conjunto com as associações de produtores de queijo serrano que fundaram a Federação das Associações de Produtores de Queijo Artesanal Serrano dos Campos de Cima da Serra do RS e de SC (Faproqas). O processo começou em 2017 e o selo foi concedido em 2020 para 18 municípios de Santa Catarina e 16 do Rio Grande do Sul", afirma Orlando Júnior Kramer Velho, Coordenador do Projeto do Queijo Artesanal Serrano da Emater no Rio Grande do Sul.

O que a gente espera com esta IG, diz Kramer, é mais um fator agregador de valor de um produto pela sua nobreza, territorialidade e notoriedade, que faz do queijo serrano um produto exclusivo dos Campos de Cima da Serra. É um produto que tem particularidades regionais de cultura, geografia, história, receita, aspectos de campo e de raças de gado, destaca.

Além dos dois produtores gaúchos, um produtor do município de Bom Retiro, em Santa Catarina, também recebeu o selo.

O queijo artesanal serrano é feito com leite cru de vacas de raças de corte ou mista, alimentadas com pastagens nativas, elaborado com maior percentual de gordura. A textura amanteigada, o aroma e o sabor que se acentuam com a maturação, são algumas das características que o diferenciam dos demais queijos artesanais do Brasil.


Municípios que participam da IG dos Campos de Cima da Serra:

Santa Catarina
Anita Garibaldi, Bocaina do Sul, Bom Jardim da Serra, Bom Retiro, Campo Belo do Sul, Capão Alto, Cerro Negro, Correia Pinto, Lages, Otacílio Costa, Painel, Palmeira, Ponte Alta, Rio Rufino, São Joaquim, São José do Cerrito, Urubici e Urupema

Rio Grande do Sul
Vacaria, Bom Jesus, São José dos Ausentes, Cambará do Sul, Campestre da Serra, Caxias do Sul, Ipê, Jaquirana, Monte Alegre dos Campos, Muitos Capões, São Francisco de Paula, Esmeralda, Pinhal da Serra, André da Rocha, Lagoa Vermelha e Capão Bonito do Sul


Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr)
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