02/09/2022 às 10h16min - Atualizada em 02/09/2022 às 10h16min

Expositores de outros estados trazem sabores e sotaques diferentes à Expointer

Tradicional na Expointer, a participação de expositores de outros estados no Pavilhão da Agricultura Familiar representa uma forma de trazer novos sabores para o público gaúcho conhecer. Esta edição, são seis expositores de três estados – Minas Gerais, Santa Catarina e Rio de Janeiro.

A Cooperativa Grande Sertão, de Montes Claros (MG), participa da quarta Expointer, representando 282 cooperados com atuação em 32 municípios. Este ano, a cooperativa trouxe produtos nativos do bioma Cerrado e os cultivados nos quintais agroecológicos. “De nativos a gente trouxe os derivados do pequi e óleo de buriti; dos cultivados, a farinha de mandioca e açúcar mascavo. E trouxemos uma novidade, que é o chope e a cerveja de butiá. O chope já acabou no quarto dia de feira”, conta José Fábio Soares diretor da Grande Sertão.

Soares avalia o desempenho de vendas deste ano como “surpreendente”. “Já batemos todas as metas comerciais. Tanto que nosso estoque já está se finalizando, é possível que no domingo a gente já não tenha produto para vender”, comemora.

A agroindústria familiar Ipanema Bananinha Chips, de Itabirinha (MG), está em sua quinta participação na Expointer. O estande comercializa bananas chips salgada e doce, além de uma novidade: a farofinha de banana. “Ela é bem temperadinha, boa para comer com carne, feijão”, sugere Osvaldo Saturnino de Souza, colaborador do estande. Ele informa que já comercializaram mais de 70% de todo o estoque que trouxeram para a feira.

Café de minas e doce de leite de ovelha
É difícil falar de Minas Gerais sem associar com um bom café quentinho. A Cooperativa de Agricultores Familiares (Coopfam), de Poço Fundo (MG), veio trazer esse sabor à Expointer, com diversas apresentações: torrado e moído, torrado em grãos, cultivados em microlotes, produzido por mulheres, em cultivos orgânicos ou sustentáveis.

“No orgânico não pode ter nenhum tipo de produto químico, nenhuma adubação, nada. E no sustentável a gente tem uma lista de produtos que podem ser usados, sem agredir o meio ambiente”, explica Paula Oliveira dos Santos Alves, da Coopfam.

A cooperativa tem a expectativa de vender o estoque no último fim de semana na Expointer e também conseguir contatos para estabelecer relações comerciais no pós-feira. “A gente tem uma loja online, que vende para todo o Brasil. Em Porto Alegre, temos um revendedor do café da Coopfam no Mercado Público, e agora já veio bastante pessoal nos contatando para pegar nosso café para revenda”, detalha.

Estreante de Expointer, a San Lúcio Laticínios, de Lajeado Grande (SC), chegou causando sensação: especializados em laticínios de ovelha, o doce de leite conquistou o terceiro lugar no 10º Concurso da Agricultura Familiar. O estoque acabou antes do fim da feira, fazendo com que o proprietário, Anderson Bianchi, tivesse que retornar à Santa Catarina para trazer mais produtos para o fim de semana. “Enquanto isso, fiquei só com esse pote para degustação”, brinca Valdir Carlos Gasparrini, colaborador da agroindústria.

O caso da San Lúcio é peculiar na Expointer, pois estão ao mesmo tempo no Pavilhão da Agricultura Familiar e também como expositores de animais: foram convidados a expor indivíduos de seu plantel, da raça Lacaune, que não vinha à Expointer há 16 anos.

Molhos diferentes de Minas e do Rio de Janeiro
De olho em mercados gourmet, algumas agroindústrias estão se especializando na produção de molhos e geleias para uso culinário. É o caso da Sabarabuçu Produtos de Jabuticaba, de Sabará (MG), que está em sua terceira participação na Expointer. A empresa familiar trouxe um portfólio de 16 produtos à base de jabuticaba, composto por linhas de molhos, de geleias e dois lançamentos, que são os doces de jabuticaba em lata.

“A Expointer é uma vitrine imensa para o Rio Grande do Sul, porque a gente tanto consegue vender para o público final quanto para o lojista. Nossos produtos são muito bem aceitos aqui: os molhos e geleias combinam muito com churrasco e carnes, então tem uma saída excelente”, conta a proprietária, Meire Ribeiro.

Já a Cooperativa dos Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais (Coopafer), de São Gonçalo (RJ), retorna para sua segunda participação com ânimos renovados: em sua estreia, a cooperativa tinha apenas 30 dias de fundação.

“A nossa vinda no ano passado foi muito importante para a divulgação da cooperativa. Quando chegamos lá no Rio de Janeiro, todo mundo já tinha visto as entrevistas que a gente fez com a imprensa gaúcha. Isso nos abriu portas para participar de editais em prefeituras para aquisição de alimentos para a merenda escolar”, conta o presidente Marco Antonio da Silveira Coelho. A Coopafer conta com 70 cooperados, a maioria oriundos de assentamentos da reforma agrária.

Este ano, o estande da cooperativa está dando enfoque aos produtos industrializados, como molhos e geleias. “Temos ainda o ketchup de morango e o molho barbecue de goiabada. A mostarda de maracujá acabou e acho que nosso estoque se esgota ainda no sábado”, contabiliza Marco Antonio.

O presidente da Coopafer reflete sobre a importância da feira e seu papel para o setor agropecuário nacional. “A Expointer ajuda a alavancar o agronegócio do Brasil. Quem sabe nossa participação não ajude a alavancar a agricultura familiar no estado do Rio de Janeiro também?”, finaliza.


Fonte: Expointer 2022
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