Apesar das Medidas Provisórias (MPs) publicadas pelo presidente Michel Temer com concessões aos caminhoneiros, diversas cargas seguem retidas nas estradas do Rio Grande do Sul, entre elas caminhões tanque de leite cru e insumos para as indústrias. Diante da grave situação, o Conselho Paritário de Produtores e Indústrias (Conseleite/RS) e seus associados manifestam sua consternação com a continuidade dos bloqueios de cargas.
Apesar do acordo que prevê retomada do transporte de produtos, pouco se viu de efetivo na manhã desta segunda-feira (21/5), o que torna crítica a situação financeira de 65 mil famílias que vivem do leite no Rio Grande do Sul. A cada dia, perde-se cerca de 8 milhões de litros de leite, o que é fonte de sustento para 300 mil pessoas sem contar o efeito cascata da falta desses recursos nas economias municipais.
O Conseleite alerta que a demora na retomada da produção industrial e da coleta de leite no campo pode levar ao colapso financeiro centenas de tambos gaúchos que já enfrentavam, desde antes da greve, a pior rentabilidade da atividade em anos.
Consciente de seu papel pelo desenvolvimento do setor lácteo e de todo o Rio Grande do Sul, o Conseleite conclama os líderes do movimento grevista e os próprios caminhoneiros a se solidarizem com o setor, viabilizando a chegada, o mais rápido possível, de insumos aos laticínios para que, tão logo as plantas fabris estejam reabastecidas, a captação de leite possa ser retomada a pleno.
Pedrinho Signori, presidente do Conseleite e da Fetag
Alexandre Guerra, presidente do Sindilat
Jorge Rodrigues, coordenador da Comissão de Leite da Farsul
Sergio Luiz Feltraco, diretor executivo da Fecoagro