23/03/2017 às 10h31min - Atualizada em 23/03/2017 às 10h31min

Seca afeta a produção de leite e a fabricação de queijo em Afrânio, PE

Muitos pecuaristas já desistiram do rebanho por conta dos efeitos da seca. Cooperativa diz que bacia leiteira pode entrar em colapso se não chover.

A estiagem prolongada está afetando a produção de leite de Afrânio, no Sertão de Pernambuco. A redução na produção de leite afetou a fabricação de queijo e derivados. Muitos pecuaristas já desistiram do rebanho por conta dos efeitos da longa estiagem.

Em Afrânio, choveu pouco entre os meses de janeiro e fevereiro e os reservatórios não ficaram cheios. Segundo a coordenadoria de Defesa Civil de Pernambuco, 36 dos 39 reservatórios estão em colapso.

Em 2016, a produção em Afrânio foi de 5 mil litros de leite para quase 3 mil litros diariamente. Este ano. a fazenda de Lourival Macedo, por exemplo, são sete vacas leiteiras, no período chuvoso, elas conseguem produzir por dia, 45 litros de leite. Hoje, apenas 30 litros diariamente. “Mas se não vier chuva, já tem que pensar em vender o gado, porque aqui a gente não vê a possibilidade de atravessar com os bichinhos, poque a seca prejudica muito”.

Lourival Macedo está preocupado com essa situação. Ele cria poucas cabeças de gado com dificuldades. “É só no resíduo e a ração que vem da usina de Juazeiro. Aqui ao redor não tem solução. Não tem pasto, só tem pasto se chover”.

A cooperativa de produção agropecuária de Afrânio também aguarda chuva. “Pedir a Deus que mande chuva, porque a nossa bacia leiteira aqui na região, era uma bacia leiteira que produzia muito, e, infelizmente a gente pode entrar em um colapso se não ver chuva”, relata o presidente da Cooperativa de Produção Agropecuária de Afrânio, Paulo Assis Coelho.

O leite que é processado na cooperativa de produção agropecuária serve para fazer queijo, bebida láctea e doces. Com a seca, houve queda na produção de queijo, a redução foi de 200 quilos, por dia. Até o ano passado eram feitos aqui todos os dias 500 quilos de queijo. Agora, não passa de 300.

Com essa queda na produtividade, alguns criadores venderam os rebanhos. “Tinha cooperado que produzia 100 litros de leite. Hoje eles venderam suas vacas e não tem mais vaca na roça com a seca. Realmente esse pessoal está dependendo do Bolsa Família para sobreviver”, conta Paulo Assis.

Fonte: Globo.com


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