02/11/2013 às 14h47min - Atualizada em 02/11/2013 às 14h47min

Associativismo fortalece produtores de leite de Mato Queimado

Emater/RS

Os produtores de leite de Mato Queimado estão colhendo os frutos da união de esforços e de resgate dos valores do Associativismo. Implantada há três anos, a Associação de Produtores de Leite do município conta, em seu quadro de associados, com mais de 80% das famílias ligadas à atividade leiteira.

Nos últimos anos, os produtores enfrentavam dificuldades especialmente no que diz respeito à qualidade do leite e à aquisição de insumos e materiais. O alto custo da produção, comparado ao baixo preço recebido pelo produtor, fez com que os próprios agricultores buscassem outras formas de incentivo.

A Associação de Produtores de Leite de Mato Queimado (Aplemaq), entidade sem fins lucrativos, tem a finalidade de defender os interesses dos associados em todos os assuntos relativos à produção leiteira. Melhoramento genético, capacitações, qualidade de vida e menor custo de produção estão entre eles. Para tanto, a Associação conta com diferentes parceiros, entre eles, Emater/RS-Ascar, Prefeitura de Mato Queimado e Conselho de Desenvolvimento Rural.

Organizar-se em grupo resgata valores do trabalho conjunto e da solidariedade, além de gerar resultados mais consistentes. O produtor Luís Antônio Angst comemora a possibilidade de unir esforços e objetivos. “O ponto principal da Associação é que se está resgatando a importância da parceria. É muito bonito ver as pessoas emprestando materiais, novamente ajudando um ao outro, ensinamentos que vem de nossos pais”, lembra.

Diante dos resultados que estão sendo obtidos desde o início de 2010, o extensionista da Emater/RS-Ascar, Elói Vogt, observa que “percebe-se melhoria da autoestima dos produtores, passou-se a ver os vizinhos e aos de mais como parceiros. Ainda há um maior envolvimento com capacitação, os agricultores estão se qualificando cada vez mais na área de leite, além de aproveitar as possibilidades como de compra conjunta e melhoramento genético”.

O jovem casal Darlan Mombach e Maiguele Schneider não teve dúvidas ao escolher o meio rural. A geração de renda e a formação da família foram alicerçadas na atividade leiteira. A possibilidade de contar com uma associação reforça que a escolha foi acertada. “A Associação é o meio mais fácil de obter conhecimento. Até em termos financeiros ajuda, porque por meio da compra conjunta é possível diminuir os custos e sobra mais na renda”, afirma Darlan, que é o atual presidente da Associação.

Com as perspectivas de geração de renda, capacitação, esforços conjuntos, melhoramento do plantel e qualidade de vida, o meio rural torna-se um interessante modo de vida.

“Na propriedade, a gente pode ser dono do próprio negócio. Desde que tinha dois, três meses, nosso filho ficava na sala de ordenha conosco. Até no caso dos brinquedos, sempre gostou da vaquinha e do terneirinho. Assim, ele já vai se acostumando e gostando também”, comenta Maiguele.

Ao lado do filho de um ano, Darlan completa: “é o sonho de toda família que o filho permaneça na propriedade. Para isso tem vários incentivos do Governo. Tem tudo para ele ficar na propriedade e investir”.

 


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