22/01/2011 às 16h05min - Atualizada em 22/01/2011 às 16h05min

Produtores de leite têm capacitação gerencial e técnica

Agência Sebrae de Notícias

Produtores da região central mineira completam dois anos de parceria com o Sebrae no estado por meio do Projeto Educampo e contabilizam bons resultados. Entre eles, o aumento da produtividade e a melhora dos aspectos reprodutivos dos animais a partir da mudança no manejo do rebanho leiteiro. 

Com o projeto, as propriedades rurais reduziram o Custo Operacional Efetivo (COE) do leite de 81,3% para 77,41%, o que proporcionou um incremento de 33% na margem bruta do litro de leite produzido. 

O analista de Agronegócios e responsável pelo projeto no Sebrae em Minas Gerais, Rogério Nunes, explica que atualmente o Educampo trabalha com 1.020 propriedades rurais, espalhadas por 250 municípios do estado. O projeto envolve 26 agroindústrias/cooperativas, como Itambé, Danone, Embaré e Coopa, responsáveis, entre outras, por comprar a matéria-prima produzida pelas propriedades rurais locais. 

O sucesso do projeto fez com que a instituição iniciasse, em 2009, um trabalho de expansão seletiva do Educampo. De acordo com a coordenadora nacional da Carteira de Leite e Derivados do Sebrae, Fátima Lamar, a metodologia está implantada nos estados de Minas Gerais e do Espírito Santo, com projetos em andamento no Ceará e no Rio Grande do Sul. “O projeto tem critérios bem definidos para a seleção do público-alvo. Procuramos atender com análise seletiva e sob demanda da indústria.”, diz. 

Expansão 
No Ceará, a implantação do projeto foi antecipada porque a Danone, representativa empresa do segmento, se instalou no município de Maracanaú, região metropolitana de Fortaleza, e procurou o Sebrae para que a metodologia fosse adotada. “Trabalhamos com um grupo de 20 produtores. Queremos chegar a 2013 com 180 produtores atendidos”, afirma o gerente de Agronegócios do Sebrae no Ceará, Germano Parente. 

A agroindústria adotou a metodologia do Projeto Educampo em 2004, em parceria com o Sebrae em Minas Gerais. “A presença do projeto é imprescindível para o desenvolvimento com qualidade de fornecedores de toda a cadeia leiteira. Queremos um bom produto e o Sebrae trabalha para conseguirmos isso. Na região mineira, são 150 produtores e o Ceará passa pela fase de cadastramento”, explica o supervisor geral de Fomento da Danone, Roberto Caldas. 

No Rio Grande do Sul, o projeto encontra-se, há dois meses, em fase experimental, segundo informa o coordenador da Carteira de Leite e Derivados do Sebrae no Rio Grande do Sul, Ângelo Aguinana. “Queremos verificar a receptividade do grupo, que é formado por 20 produtores da região do Noroeste Gaúcho. A indústria parceira é a Nestlé, responsável por fazer a seleção dos produtores participantes do Educampo”, informa Aguinara. Segundo ele, o projeto já é visto com bons olhos no estado. “Tanto que pretendemos ampliar, em 2011, o número de produtores atendidos e a parceria com outras indústrias”, explica. 

Capacitação permanente 
O Educampo foi criado há 15 anos pelo Sebrae em Minas Gerais. É um projeto de educação voltado ao homem do campo, dinâmico e permanente. Busca, por meio da capacitação gerencial e técnica de grupos de produtores rurais, desenvolver aspectos de gestão na propriedade, tornando-as mais eficientes e competitivas. 

“Uma vez por mês, o produtor recebe a visita de um consultor técnico, treinado pelo Sebrae, que presta oito horas de consultoria tecnológica e gerencial”, destaca Rogério Nunes. O projeto prevê que o produtor pague, em média, 50% do custo da consultoria. A outra parte é paga pela agroindústria/cooperativa, parceira na condução da metodologia. 

Os dados gerenciais coletados nas propriedades pelos técnicos são enviados mensalmente para a Central de Processamento de Dados do Educampo. O banco de informações é monitorado por uma empresa contratada pelo Sebrae. “O monitoramento das informações, a padronização do método de cálculo e o poder de comparação são aspectos que diferenciam o Educampo de outros projetos. Seu método dá mais dinamismo ao projeto”, informa o zootecnista formado pela Universidade Federal de Viçosa (UFV) Christiano Nassif.


 


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