10/10/2010 às 09h35min - Atualizada em 10/10/2010 às 09h35min

Programa aprimora qualidade na cadeia de leite e derivados

Agência Sebrae de Notícias

Tornar a produção leiteira mais competitiva, por meio do aumento da segurança e da qualidade do leite produzido. Esse é o objetivo do Programa PAS Leite, desenvolvido e executado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) com apoio do Sebrae, Senar e Senai. O programa encontra-se em fase de implantação piloto nos estados de Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Alagoas e Ceará, mas será levado a todo o País. Estão sendo capacitados produtores, laticínios e transportadores de leite. 

O PAS Leite envolve todos os segmentos da cadeia produtiva, incluindo produção, processamento, industrialização, armazenamento e distribuição. A ação faz parte do Programa Nacional de Alimentos Seguros, que contemplou, em uma primeira etapa, os setores de processamento e distribuição dos produtos de origem vegetal. 

O leite é o primeiro produto de origem animal a ser trabalhado. “A metodologia do PAS Leite traz a visão de cadeia produtiva. Ou seja, a metodologia trabalha o produtor de leite, a indústria, o transporte e pretende futuramente chegar até o consumidor”, explica a coordenadora nacional da Carteira de Leite e Derivados do Sebrae, Fátima Lamar. 

Para o gerente da Unidade de Agronegócios do Sebrae, Paulo Alvim, o programa pode significar um novo momento na atividade de leite e derivados no País. "A partir da massificação do PAS Leite, a oferta destes produtos terá um novo referencial de qualidade, trazendo ganhos para os produtores, já que o leite é uma atividade que envolve 80% dos empreendimentos rurais brasileiros”, afirmou. A meta do Sebrae é disponibilizar a solução para todos os estados até 2011. 

Implantação 
O Sebrae, por meio das suas unidades de Acesso a Inovação e Tecnologia, e Agronegócios, desenvolveu três cartilhas e um caderno de campo, onde o produtor anota os procedimentos da propriedade relacionados à ordenha. Com o material pronto e consultores capacitados, o programa foi para rua. São organizadas duas turmas em cada estado selecionado. A turma é formada por um representante de laticínio e dez produtores. Participam da implantação piloto estados com projetos finalísticos na Carteira de Leite e Derivados, laticínios que já têm implantado boas práticas e 20 produtores. 

“Com uso de linguagem simples e ilustrações, as cartilhas mostram as boas práticas na produção de leite. Elas irão subsidiar as aulas teóricas dadas pelos consultores, com informações sobre higiene e manutenção de equipamentos, segurança da água, utensílios e instalações, refrigeração e estocagem de leite, manejo da ordenha, manejo sanitário, manejo alimentar e manejo reprodutivo do rebanho. O caderno de campo possibilita que, posteriormente, o produtor rastreie informações do processo de ordenha na propriedade”, explica Hulda Oliveira Giesbrecht, analista técnica da Unidade de Acesso a Inovação e Tecnologia do Sebrae. 

A metodologia do PAS Leite prevê a realização de encontros durante três meses. Os produtores recebem aulas teóricas intercaladas com visitas técnicas semanais nas propriedades. “Durante as visitas, o técnico observa se o produtor está seguindo as orientações dadas e preenchendo o caderno de campo, que, no final, se tornará o Manual de Boas Práticas do produtor. Será o material de consulta do produtor após o fim da aplicação do programa. Na fase piloto, o programa não tem custos para os produtores. Após a ampliação do programa para todo o território nacional, será cobrada do produtor uma contrapartida de 50% dos custos. 

Hulda destaca outra vantagem do programa. "Os laticínios têm sido sensibilizados para reconhecer e a pagar mais pelo leite produzido nas propriedades envolvidas no PAS Leite. No início do programa, o laticínio assina um termo confirmando sua participação e se comprometendo a remunerar esses produtores de forma diferenciada. Afinal, leite com qualidade traz mais rendimento.” Já os transportadores do alimento recebem informações que vão desde a coleta até a recepção do laticínio. “São informações como temperatura adequada do alimento e higienização dos vasilhames”, afirma.

 


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