12/08/2020 às 10h35min - Atualizada em 12/08/2020 às 10h35min

Projeto Campo Futuro avalia custos de produção do leite, diz CNA

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) realizaram um painel online do Projeto Campo Futuro para levantar os custos de produção do leite na região de Itapetininga (SP). O encontro reuniu produtores rurais e técnicos da CNA, do Cepea, da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar).

O intuito do painel é definir um exemplo de propriedade que melhor represente a produção de leite na região, chamada de propriedade modal. No caso de Itapetininga, esse modal retratou a realidade produtiva de 450 litros/dia, ordenhados de 30 vacas em lactação, em média, ao longo do ano.

Segundo o assessor técnico da Comissão Nacional de Pecuária de Leite da CNA, Gabriel Oliveira, os dados levantados apontaram que o custo que mais onera o produtor é o gasto com alimentação do rebanho, comprometendo 48% da receita da atividade. Ao todo, o Custo Operacional Efetivo (COE) da propriedade, que engloba os desembolsos que o produtor tem mensalmente, comprometeu 78% da receita total.

“Quando se adiciona os gastos com depreciação e remuneração da mão de obra familiar, notamos que a receita não é suficiente para cobrir os custos, ou seja, quando se faz necessário realizar alguma troca de máquina, equipamento ou substituir o reprodutor, por exemplo, o produtor é muitas vezes obrigado a vender alguma vaca ou novilha, comprometendo assim seu crescimento na atividade”, afirmou ele.

O diretor-tesoureiro do Sindicato Rural de Itapetininga, Décio Albino de Oliveira Júnior, aprovou o formato online do painel e destacou a importância do apoio técnico da CNA para os produtores visualizarem os custos e fazerem ajustes para aumentar a rentabilidade.

“O painel vem para ajudar o produtor a colocar na ponta do lápis todos os seus custos e enxergar onde pode ajustar mais. A partir do momento que ele começar a fazer, vai enxergar os erros e vai começar a acertar para ganhar mais. É o que a gente quer. Que o produtor ganhe mais e não saia do campo”, disse.


Fonte: Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA)
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