09/05/2019 às 11h59min - Atualizada em 09/05/2019 às 11h59min

Encontro técnico reúne a cadeia produtiva do leite na Universidade de Passo Fundo

As novas normativas que regem a produção leiteira foram o tema que permeou um encontro de produtores, indústrias, fiscais e a comunidade acadêmica nesta quarta-feira (08). Com a intenção de aprofundar conhecimentos e de debater sobre as novas resoluções da instrução normativa 76 e 77 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que entrarão em vigor no mês de junho, a Universidade de Passo Fundo (UPF) realizou uma reunião técnica com representantes da cadeia produtiva do leite.

A atividade, que é realizada em parceria com outras entidades, contou com a presença do diretor da Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária da UPF, Dr. Eraldo Zanella. Conforme o coordenador da atividade, professor da UPF, Dr. Carlos Bondan, a história de regulamentação da qualidade do leite no Brasil iniciou em 2002, quando se pensou em criar um regulamento que previsse que todo leite processado, além de analisado pela indústria, também fosse analisado em amostras por laboratórios credenciados pelo Ministério.

Na UPF, os serviços oferecidos pelo Laboratório de Análises de Rebanhos Leiteiros (Sarle) atendem à demanda de mais de 35 mil amostras por mês. "Analisamos a identidade dos nutrientes como gordura, proteína, lactose e também indicadores da sanidade da vaca, com a quantidade de células somáticas, além de indicadores de higiene na ordenha ou no acondicionamento e armazenamento do leite nas fazendas com a contagem bacteriana", explica ele.

Desde 2002, ele explica, existe a normativa 51, que em 2011 foi parcialmente substituída pelo IR 62 e, com o passar dos anos e com a preocupação com a melhoria, no final de 2018, foi implantada a normativa 76. "A diferença entre elas está nos requisitos para determinar qualidade", comenta Bondan, enfatizando que as duas principais mudanças das normativas implicam um novo ensaio diagnóstico, com  determinação de antibióticos. Além dessa, outra alteração de destaque, segundo Bondan, é que, com a normativa, a indústria passa a ter a responsabilidade de treinar e capacitar os produtores para manter a qualidade do leite.

Reunião técnica
A atividade iniciou com a abordagem sobre o "Fundo de Sanidade do RS" e teve explanação sobre a "Lei do Leite", com a médica-veterinária Karla Pivato. A reunião ainda teve como temas "IN 76 e IN 77 - Aspectos de inspeção do leite", com a médica veterinária Milene Cé; "Plano qualificação de fornecedores", com o Dr. Roberto Lucena do Mapa; além do depoimento de um produtor e da indústria sobre o Programa Mais Leite Saudável. A atividade encerrou com uma mesa redonda, com perguntas e respostas.

A reunião realizada pela UPF tem apoio da Superintendência Federal do Ministério da Agricultura no Estado (Mapa/RS), da Secretaria da Agricultura, do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), além de outras entidades como Apil, Famurs, Sistema Farsul, Fetag, Sistema Ocergs, Emater, Embrapa, Conseleite, Gadolando, Associação dos Criadores de Jersey, Fecoagro, Simvet e Crmv/RS.


Fonte: Universidade de Passo Fundo 
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