Apesar de ser o quarto maior produtor de leite do mundo, o Brasil ainda tem um desafio de ampliar a competitividade e a produtividade no setor. Em geral, o país consegue ampliar a venda de leite cru em estabelecimentos - como no caso do terceiro semestre de 2015, quando foi adquirido 6% a mais do que segundo trimestre do mesmo ano - isso se dá em função da ampliação dos rebanhos e não por conta de uma melhoria significativa da produção.
Esta é uma das conclusões do relatório publicado pelo Sistema de Inteligência Setorial (SIS) do Sebrae que aborda como o Programa Leite Saudável, criado pelo Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e o Sebrae , pode aumentar a competitividade dos produtores. O relatório destaca como os estados da região Sul (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul), Goiás e Minas Gerais - responsáveis por 72,6% da produção nacional - são fundamentais para este avanço no setor, além de apresentar a toda a cadeia - produtores, transportadores, técnicos de laticínios ou qualquer outra MPE do setor - as ações previstas no programa, indicando os resultados esperados.
A produtividade, por exemplo, ainda é uma questão crítica no país:
Para mudar este cenário, o programa pretende investir R$ 386,9 milhões, até 2019, nos seguintes ramos de atuação: assistência técnica e gerencial, melhoramento genético, política agrícola, sanidade animal, qualidade do leite, marco regulatório e ampliação de mercado - no relatório do SIS/Sebre, é possível conhecer em detalhes as metas e cenários em cada uma dessas áreas.
O programa visa a ascensão social de 80 mil pequenos e médios produtores nacionais e, somente em Santa Catarina, serão 78 municípios beneficiados. Os agricultores selecionados precisavam atender alguns requisitos, como: produzir no mínimo 50 litros de leite por dia e ter estrutura suficiente para receber assistência técnica, cursos e algumas tecnologias, como inseminação artificial, por exemplo.
Fonte: Dialetto