06/08/2008 às 15h10min - Atualizada em 06/08/2008 às 15h10min

Água: Elemento Vital da Humanidade

A maioria das pessoas não associa a uma boa alimentação, mas esta é, depois do oxigênio, a substância mais importante para a manutenção da vida. Composta por duas partes de hidrogênio e uma de oxigênio (H2O), a água se destaca como a substância mais abundante no corpo humano, chegando a constituir entre 50 e 65% do peso de um adulto razoavelmente magro.

Apesar de não conter nenhuma caloria ou outros nutrientes, sem água o corpo humano só continuaria funcionando por poucos dias. (Por outro lado, uma pessoa saudável pode sobreviver por 6 a 8 semanas sem comida.) A perda de 5 a 10% de água do corpo resulta em desidratação séria; quando atinge os níveis de 15 a 20% torna-se fatal. Um corpo adulto contém em média 45 litros de água, dos quais 30 circulam dentro das células, constituindo o líquido intracelular. Dos 15 litros restantes, aproximadamente 3 litros circulam como plasma sanguíneo, transportando proteínas e outros nutrientes com capacidade de penetrar nas paredes capilares. Os demais 12 litros integram o líquido intersticial, que envolve as células e produz linfa e várias outras secreções. Com exceção do tecido ósseo, no qual a água é mantida encapsulada, existe um intercâmbio permanente entre líquidos intra e extracelulares através das membranas das células.


FUNÇÕES VITAIS

A água desempenha um papel essencial em quase todas as funções do corpo humano. É utilizada para a digestão, para a absorção e para o transporte de nutrientes; serve de meio para uma série de processos químicos; assume o papel de solvente para os resíduos do corpo e também os dilui para reduzir sua toxicidade, ajudando no processo de excreção do corpo. Ainda ajuda a manter a temperatura do corpo estável. Além disso, a água proporciona uma camada protetora para as células do corpo e, sob a forma de líquido amniótico, protege o feto em desenvolvimento. A água é necessária à formação de todos os tecidos do corpo, fornecendo a base para o sangue e todas as secreções líquidas (lágrimas, saliva, sucos gástricos, líquido sinovial, dentre outros), que lubrificam os diversos órgãos e juntas. Também mantém a pele macia e elástica. Com o envelhecimento, o corpo começa a ressecar cada vez mais. Por exemplo, o corpo de um bebê recém-nascido consiste em 75 a 80% de água, contra apenas 50% no caso de um corpo adulto, depois de atingir a faixa etária de 60 a 70 anos. Este processo de ressecamento se reflete na pele enrugada, no fluxo reduzido de saliva e nas juntas que endurecem naturalmente ao envelhecer.


BENEFÍCIOS

A água é o mais abundante e o mais barato de todos os líquidos existentes para matar a sede. A água é necessária para que o corpo possa exercer praticamente todas as suas funções, inclusive os processos químicos. Nutrientes essenciais são transportados para as células do corpo através da água existente no corpo. A água proporciona uma camada protetora para todas as células do corpo. Através da transpiração, ajuda a manter a temperatura normal do corpo, especialmente quando o tempo está quente e úmido. A água é um lubrificante essencial do corpo. Beber bastante água pode ajudar na prevenção de cálculos renais.

O adulto necessita ingerir em média de 6 a 8 copos de água por dia. A maior parte provém de bebidas, como água pura, café, chá, sucos e refrigerantes, mas uma quantidade substancial está contida nos alimentos. As frutas e os legumes, por exemplo, contêm entre 70 e 95% de água, ao passo que um ovo contém 75%, as carnes, as aves, e os peixes, entre 40 e 60%, e os pães, 35%. O metabolismo de carboidratos, proteínas e gorduras também contribuem com uma pequena quantidade de água. As necessidades diárias variam consideravelmente. É preciso consumir mais água quando está calor, durante exercícios ou febre, resfriados ou outras doenças. É necessário ingerir maior quantidade de água também durante a gravidez, tendo em vista a formação do líquido amiótico e o aumento no volume de sangue, e também para atender às necessidades do feto em desenvolvimento. Da mesma maneira, mães com filhos lactentes precisam aumentar sua ingestão de líquidos para produzir leite, que contém 87% de água.

Via de regra, a quantidade de água consumida deve ser igual àquela que é eliminada pela urina ou pelas fezes, pelo vapor dos pulmões ou pela transpiração da pele. Algum componente da dieta aumenta a necessidade de água para manter esse equilíbrio. O uso de diuréticos ou outros medicamentos o fluxo urinário requer uma ingestão adicional de líquidos. Beber grandes quantidades de chá ou café, porém, tem um efeito igualmente diurético, o que pode anular a ingestão adicional. Comer alimentos salgados também aumenta a necessidade de ingestão de água para manter o correto equilíbrio dos líquidos do corpo.

Qualquer redução no conteúdo de água do corpo resulta em uma redução do volume de sangue, um leve aumento da sua salinidade e uma queda na produção de saliva. Essas mudanças desencadeiam um processo químico e hormonal que resulta em sensação de sede, que pode ser rapidamente satisfeita bebendo-se água ou outro líquido. Nesse meio tempo, os rins conservam a água, retornando-a para o fluxo sanguíneo, o que resulta em uma urina mais concentrada. (A propósito, deve-se notar que o subconsumo crônico de água aumenta o risco de cálculos renais ou cálculos na bexiga).
Com a idade, a sede naturalmente diminui, de forma que pessoas mais idosas devem criar o hábito de beber água periodicamente mesmo sem sentir sede. Da mesma forma, pode surgir uma defasagem entre a sede e a necessidade do corpo de ingerir água, durante exercícios intensos ou quando o tempo estiver extremamente quente e úmido. Neste caso, ao sentir sede, você poderá já estar parcialmente desidratado. Pra impedir uma desidratação nessas circunstâncias, é importante ingerir água ou outros líquidos regularmente. Se você beber mais líquido do que preciso, os rins se livram do excesso, aumentando o volume da urina. Se uma pessoa beber muito mais água do que os rins podem processar, o excesso ficará absorvido nas células. Em casos extremos, isso pode provocar uma intoxicação por água e um sério desequilíbrio da química do corpo, podendo resultar em convulsões e até mesmo em coma e morte. Este consumo excessivo é freqüentemente reflexo de um sério distúrbio psiquiátrico (polidipsia psicogênica), ocorrendo também em pessoas com graves lesões cefálicas ou tumores no pulmão. Este fenômeno também tem sido constatado entre pessoas que praticam dietas da moda que, para perda de peso, requerem a ingestão de grandes quantidades de líquidos.


ÁGUA ENGARRAFADA

Consumida antigamente por viajantes em lugares remotos, a água em garrafa vem se tornando uma alternativa moderna para as bebidas alcoólicas e os refrigerantes. Mesmo assim, há diversas opiniões sobre as fontes e os conteúdos das várias águas engarrafadas. A seguinte lista mostra os tipos mais comuns. A água mineral contém no mínimo 500mg de minerais por litro. Os produtos vendidos como "água natural" não sofrem nenhuma modificação no conteúdo de minerais, enquanto outros produtos podem vir da fábrica com ajustes. A água com gás contém dióxido de carbono para ficar borbulhante. As águas gaseificadas naturais já vêm nesse estado da própria fonte; nos outros casos, a gaseificação é feita na fábrica. A água potável é colocada no mercado em garrafões dos mais diversos tamanhos e marcas. Pode ser retirada de qualquer fonte aprovada: água encanada do município, riachos, reservatórios ou cisternas. Em seguida, é filtrada e desinfetada, e o conteúdo mineral pode ser ajustado.
. A água termal é retirada de fontes naturais. Pode ou não conter gás, seja por processo natural ou artificial de gaseificação. Normalmente, o conteúdo mineral é inalterado.
. A água purificada é aquela que foi esterilizada e filtrada para remover seus minerais naturais.
. A água destilada é purificada por evaporação, o que remove seus minerais. Os vapores são em seguida recondensados para sua forma líquida - a água.


QUANTIDADE DA ÁGUA

Em geral, os sistemas de abastecimento de água são seguros e controlados - mas isso não quer dizer que não ocorram problemas. De acordo com a Agência de produção Ambiental (EPA), um órgão norte-americano, de 500.000 a 1 milhão de pessoas são infectadas anualmente por alguma doença contraída através da água. Estudos recentes indicam que os números verdadeiros podem ser muito mais elevados, e que muitos dos casos de diarréia e infecção intestinal atribuídos a intoxicações alimentares ou outras causas devem-se, na verdade, à água contaminada. Além disso, um número cada vez maior de funcionários de saúde pública vem alertando a população para o fato de que as águas de superfície estão se tornando cada dia mais poluídas por resíduos industriais, restos de fertilizantes, pesticidas e lixos químicos e nucleares.
No Brasil, as normas e o padrão de potabilidade da água são estabelecidos pelo Ministério da Saúde. Em caso de problemas, as secretárias de saúde estaduais e municipais devem alertar os consumidores para o fato de que a água pode não estar pura, e os funcionários públicos do município devem solucionar a questão imediatamente. O impacto criado por estes alertas elevou o grau de interesse da população pela água que consome, levando muitas pessoas a comprar produtos engarrafados como alternativa para a água encanada ou de cisterna.
Vários casos recentes de doenças adquiridas pela água intensificam a desconfiança da população quanto à água que jorra de suas torneiras. Essas doenças que, em geral, atacam o trato intestinal, são provocadas por diversos parasitas presentes nas fezes de pessoas e animais infectados. Desta forma, a água é tratada com cloro e outros agentes purificadores para eliminar esses e outros microorganismos. Apesar de a água contaminada ser responsável por alguns casos de doenças, muitas pessoas as contraem através de práticas pouco higiênicas, como não lavar as mãos depois de usar o banheiro e manusear comida em seguida. Mesmo quando as infecções são provenientes da água da torneira, a maioria das pessoas saudáveis as superam em pouco tempo. Mas essas mesmas doenças colocam em risco a vida das pessoas com baixa resistência imunológica - os muito jovens, os velhos, as pessoas com AIDS ou aquelas que tomam medicamentos que inibem o sistema imunológico. O uso de água fervida ou engarrafada minimiza qualquer risco de infecções transmitidas pela água.


CONTAMINAÇÃO POR CHUMBO

Uma das grandes preocupações da saúde pública é a presença de chumbo na água potável. Quando a água potável contém níveis perigosamente elevados de chumbo ela pode provocar sérios danos aos nervos, ao cérebro, aos rins e a outros órgãos. Uma das razões mais comuns para a contaminação é a corrosão de antigos canos e sistemas de encanamento. As casas antigas possuem canos de chumbo ou soldas no encanamento, o que torna indispensável à análise da água. Deve-se usar a torneira de água fria para toda a água consumida diretamente, seja para beber ou para cozinhar (a água quente carreia mais chumbo do que a água fria). Toda vez que a torneira ficar fechada por algumas horas, ao abri-la, deve-se deixar a água correr até esfriar. Como um menor grau de dureza da água facilita o carregamento de mais chumbo, devem ser usadas substâncias amaciadoras somente na tubulação de água quente. Além disso, é recomendável a instalação de um sistema de filtragem da água.


A ÁGUA ENCONTRADA NOS ALIMENTOS

Aproximadamente um terço do nosso consumo diário de água provêm de alimentos sólidos. É surpreendente a quantidade de água que alguns desses alimentos contêm. As frutas e os legumes fornecem a maior parte, mas as carnes, peixes, pães e laticínios também fornecem quantidades razoáveis.

PÃES, BOLOS E BISCOITOS: A maioria dos pães contém aproximadamente 35% de água. Os biscoitos do tipo cream craker contêm entre 3 a 7% de água; os amanteigados, entre 3 a 6%; e os bolos e as tortas, de 20 a 35%.

LATICÍNIOS: Os queijos brancos contêm cerca de 60% de água. Queijos amarelos, de 35 a 40%. Queijos brancos com casca contêm 50%. Manteiga e margarina contêm 16% de água, enquanto que a margarina dietética de baixo teor de gordura contém em torno de 50%. O leite contém 90% de água. A nata contém de 48 a 80%.

PEIXES E CRUSTÁCEOS: O conteúdo de água de vários peixes é semelhante, sendo que o bacalhau, o haddock, o linguado, o salmão e a truta contêm 75%. A maioria dos crustáceos contém uma quantidade semelhante de água, mas alguns, como, por exemplo, às ostras, chegam a 85% de água.

FRUTAS: As partes comestíveis da maioria das frutas geralmente contêm em torno de 80% de água. O teor de frutas secas é bem mais baixo: os damascos, por exemplo, só chegam a 30% de água e as passas de 15 a 18%.

GELÉIAS E PASTAS: O mel tem 18% de água, enquanto as geléias e doces de frutas normalmente contêm de 20 a 30%. A geléia dietética tem um teor de água maior, em torno de 75%. As compotas cremosas de frutas têm 29% de água.

AVES, CARNES E OVOS: A maioria das carnes bem passadas contêm de 40 a 50% de água; mal passadas e ao ponto, de 50 a 70%; salsichões e similares contêm aproximadamente 50%; salsicha tipo cachorro-quente, 55% e ovos contêm 74% de água.

VEGETAIS: Alguns legumes, como o aipo e o pepino, chegam a Ter 95% de água. O brócolis e o repolho contêm de 90 a 92% de água; as cenouras, 88% e os tomates, 93%. Mesmo assada, uma batata ainda contêm 75% de água.


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Referências bibliográficas: 


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