Foi o que encontraram os 27 produtores de leite da Cotrijal que participaram de viagem técnica promovida em parceria com a Bayer, de 28 a 30 de julho, ao município de Castro, no Paraná. O objetivo do grupo foi conhecer o sistema de produção dos paranaenses, que há cerca de 60 anos trabalham com os animais em confinamento.
A programação incluiu visitas a quatro fazendas, todas com média de produtividade próxima aos 37 litros/vaca/dia e muito eficientes em termos de aproveitamento da área agricultável. Numa delas, com 290 vacas em lactação e rebanho total de 650 animais, o proprietário conta com apenas 110 hectares para produção de alimentos.
Nessa área, ele produz silagem de milho e aveia e pré-secado de azevém. O feno de tífton, que completa a dieta dos animais, é adquirido de produtores da região. E a ração vem da Castrolanda, cooperativa com a qual todos os produtores visitados trabalham, vendendo a produção e comprando os insumos.
Segundo o coordenador técnico do Departamento Veterinário da Cotrijal, Alan Issa Rahman, muitos produtores da região já adotaram e outros estão interessados em implantar o sistema de confinamento, principalmente o compost barn (estábulo com cama de compostagem) em suas propriedades.
“Organizamos a viagem para que esses produtores pudessem trocar informações e ter referências com quem já trabalha com esse tipo de sistema a mais tempo”, explica, informando também participaram da viagem sete técnicos da Cotrijal e dois da Bayer.
O município de Castro, localizado no centro-sul do Paraná, tem hoje a maior bacia leiteira do Brasil. Grande parte dessa evolução aconteceu pela colonização da região pelos holandeses, a partir de 1950, formando a colônia e cooperativa Castrolanda, que teve como base e segue focada na bovinocultura leiteira.