12/05/2013 às 15h02min - Atualizada em 12/05/2013 às 15h02min

Esse queijo é bom demais... Queijo da Canastra e Queijo do Serro

Há quem diga que o queijo de Minas não pode faltar na boa mesa mineira. Um queijo com cafezinho, queijo com goiabada conhecido como Romeu e Julieta, o pão de queijo ou até complementando um prato requintado, já virou receita garantida em Minas Gerais. 

O tradicional alimento do estado não perde em nada para os mais aprimorados queijos importados. Tem o Canastra, o do Serro, o frescal, o meia-cura, o Minas do tipo padrão, o de coalho. São tantas opções que fica até difícil dizer qual é mais gostoso. Não é à toa que essa iguaria faz tanto sucesso e já virou patrimônio cultural brasileiro de Minas Gerais.

Tanto na região da Canastra quanto na do Serro, os produtores utilizam o leite cru de vaca, produzido na própria fazenda, com a adição do “pingo” – fermento láctico natural, recolhido a partir do soro drenado do próprio queijo. A diferença entre os dois está na manipulação do leite, dos coalhos e das massas, além da prensagem e do tempo de cura.

O queijo Canastra é aquele produzido na região da Canastra, que engloba as cidades de São Roque de Minas, Medeiros, Bambuí, Vargem Bonita, Piumhi, Tapiraí e Delfinópolis. De acordo com os dados do Ministério da Agricultura, são produzidos três mil toneladas por ano desse tipo.

Além de ser considerado patrimônio cultural do Brasil, o queijo artesanal do tipo Canastra também recebeu do INPI – Instituto Nacional da Propriedade Industrial – o título de indicação geográfica para as cidades produtoras. Esse título restringe a essas cidades a produção do original queijo Canastra.

Já o queijo do Serro é aquele produzido nas cidades que fazem parte da região do Serro. Além da cidade Serro, estão Alvorada de Minas, Conceição do Mato Dentro, Dom Joaquim, Materlândia, Paulistas, Rio Vermelho, Sabinópolis, Santo Antônio do Itambé e Serra Azul de Minas.

Desde 2008, o modo típico de preparo dos queijos artesanais da região do Serro e da Serra da Canastra, processo de fabricação realizado há 300 anos, foi reconhecido como patrimônio cultural do Brasil, pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

O título apenas comprovou o que os mineiros já sabiam. “O queijo produzido aqui é mesmo o melhor. Eu sou apaixonado por essa delícia. Não existe igual no mundo”, comenta o dono de uma loja de queijos do Mercado Central, Rodrigo Gomes de Oliveira.

Na loja dele, há queijos de vários tipos. Segundo o comerciante, o mais vendido é o da região da Canastra. “O mineiro gosta de queijo de todo jeito, mas o que todos mais gostam e compram aqui na loja é o tradicional da Canastra”, revela.

Além de fazer sucesso entre as famílias mineiras, o queijo produzido em Minas Gerais é desejado por quem não mora no estado. Rodrigo conta que já virou tradição levar na bagagem o queijinho de Minas. “Tenho vários clientes que compram aqui para levar para outros estados do Brasil. Um amigo meu abriu uma loja de vinhos em Vitória, no Espírito Santo, e levou alguns queijos daqui da loja pra vender lá. O sucesso foi tanto, que hoje ele só vende queijos mineiros”, conta. Resumo feito do encarte: Gastronomia em Minas Gerais - Arte e sabor.

Saudações Laticinistas
Equipe técnica do Site Ciência do Leite


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