07/03/2014 às 15h53min - Atualizada em 07/03/2014 às 15h53min

Expectativa de melhora do preço do leite depois de seis meses em baixa, diz Faesc

CNA

Os preços pagos aos produtores rurais catarinenses pelo leite devem baixar mais um pouco – em torno de 0,5% – até o fim de fevereiro, configurando seis meses de queda. Em fevereiro a redução foi de 4,15% e, nos últimos 180 dias, a queda acumula perda de 24%.

O vice-presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de SC (Faesc), Nelton Rogério de Souza, assegura que essa notícia amarga traz uma previsão doce: em março inicia a escalada de recuperação da renda daqueles que se dedicam à pecuária leiteira.

A conjugação de vários fatores resultará, a partir de março, na elevação do preço do leite recolhido nos estabelecimentos rurais. A seca que atinge o oeste provoca queda de 20% na produção catarinense. As pastagens de verão já foram consumidas e o excesso de calor reduz o volume de ingestão das vacas que, comendo menos, produzem menos leite. No Brasil, as perdas já significam 30%.

As exportações de lácteos não cessaram e, por outro lado, as importações baixaram em face da valorização do dólar. Assim, será a redução da oferta de leite que fará o preço subir, assinala Nelton.

Os valores de referência dessa matéria-prima, projetados para este mês de fevereiro pelo Conselho Paritário Produtor/Indústria de Leite do Estado (Conseleite), indicam leve redução de 0,5%. É provável, porém, que o mês se encerre sem variação alguma.

Os preços recuaram fortemente e retiraram a lucratividade do setor, mas, agora, inicia-se um período de recuperação, prevê o vice-presidente da Faesc.

De acordo com projeção do Conseleite, os valores de referência baixam 0,5%, neste mês de fevereiro para o leite-padrão (R$ 0,7351 o litro), para o leite de qualidade acima do padrão (R$ 0,8454) e para o leite abaixo do padrão (R$ 0,6683).

Na segunda quinzena de março, o Conselho volta a se reunir para anunciar os números definitivos de fevereiro e a nova projeção mensal. Embora tenha esses valores como referência negocial, o mercado – como de praxe – está praticando preços levemente superiores, em torno de R$ 0,90/litro.

Santa Catarina é o quinto produtor nacional, o Estado gera 2,7 bilhões de litros/ano. Praticamente, todos os estabelecimentos agropecuários produzem leite, o que gera renda mensal às famílias rurais e contribui para o controle do êxodo rural. O oeste catarinense responde por 73,8% da produção. Os 80.000 produtores de leite (dos quais, 60.000 são produtores comerciais) geram 7,4 milhões de litros/dia.
 


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